sexta-feira, 9 de junho de 2017

Defender o mandato ou o país?

Qualquer que seja o resultado do julgamento de hoje da chapa Dilma-Temer, no TSE, uma coisa é certa: o ministro Herman Benjamin entrou para a história e para o panteão dos homens dignos dessa sofrida Pátria.
Dentre suas frases lapidares e seu estilo direto e didático destaca-se uma, referindo-se aos colegas que querem enterrar provas: 
"Eu recuso o papel de coveiro de prova viva. Posso até participar de velório, mas não carrego o caixão".
É assim, que, aos poucos, vamos identificando no meio dos escombros de um país arrasado pela corrupção, que ainda existem homens públicos honrados. Isso nos resgata um fio de esperança. Nem tudo está perdido.

Nesse processo doloroso, já pudemos identificar, além do nome mais emblemático, o do juiz Sérgio Moro e dos procuradores de Curitiba, representados por Deltan Dallagnol,  outros, como o juiz federal Marcelo Bretas do Rio, o de Brasília, Valisney Oliveira. Agora, tomamos conhecimento da composição do TSE, e o ministro Herman Benjamin fez um trabalho espetacular, não só no sentido de desmontar a trama urdida por detrás das fachadas de legalidade das campanhas eleitorais, como preparou um voto primoroso e o defendeu com unhas e dentes no plenário, ao ponto de o ministro Admar Gonzaga (que foi indicado com a missão de defender o Temer) confessar seu constrangimento diante do relator.
Como, diante de provas oceânicas de corrupção, como afirmou o ministro Herman, ainda se vai dizer que não houve abuso de poder econômico? tem que ficar constrangido mesmo! 

Oxalá, esse constrangimento seja suficiente para o ministro Admar e o ministro Napoleão mudarem de ideia e resolverem defender o Brasil.

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