Foi no mínimo deselegante e comprometedora a posição da nova Procuradora-Geral da República ao aceitar se encontrar secretamente com Temer na calada da noite. Diz ela que foi para discutir questões da posse!
Seja por que motivo for, ainda mais um motivo simples como esse, a senhora Procuradora deveria ter se dado ao respeito! Encontrar-se às 10 horas na noite no palácio do Jaburu, residência do presidente, fora da agenda oficial, para tratar de assunto oficial?
A senhora Procuradora dá motivos para a gente pensar o que quiser. Fazer as ilações que quiser fazer. Não há razão alguma para esse encontro fora de hora e fora da agenda! Ainda mais com uma pessoa, seja ou não presidente, suspeita de ter cometido crimes. Há uma denúncia aberta contra ele, que não prosperou porque a câmara o protegeu, mas a denúncia não foi eliminada, portanto o senhor Michel Miguel Elias Temer Lulia é, sim, suspeito de ter cometido uma série de crimes comuns.
A indicação de Raquel Dodge já era vista com certa desconfiança, exatamente por ser indicada pelo próprio suspeito e não ter sido o primeiro nome da lista tríplice! A desconfiança poderia ter ficado por aí, mas, a Procuradora fez questão de aumentá-las exatamente por esse comportamento esdrúxulo.
Nesses tempos, em que a confiança nas instituições e no próprio regime democrático se encontram, talvez, no nível mais baixo de nossa história, precisamos urgentemente de líderes, de reservas morais, para ajudar a nos tirar desse atoleiro. O que não precisamos e dispensamos por inconvenientes são agentes públicos que, antes mesmo de começar a exercer suas funções, já estão se colocando na mesma vala comum em que estão todos os demais. Isso só faz aumentar o descrédito na vida pública, com consequências nefastas para a nação.
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
segunda-feira, 7 de agosto de 2017
Privada brasileira
Engraçado com funcionam as privatizações no Brasil. Privatiza, privatiza, mas tudo continua sendo bancado com o dinheiro público! Querem exemplos? O recente fiasco do aeroporto de Viracopos é um exemplo "interessante". O consórcio, que ganhou a concessão e que agora a está devolvendo, é formado pelas empresas UTC, Triunfo, Egis e ...tchan, tchan, tchan!...Infraero! A devolução acontece quando esse consórcio está devendo 2,16 bilhões diretamente ao BNDES e não aguenta pagar.
Está devendo ainda, outros 423 milhões ao BNDES, mas através de repasse dos bancos Itaú, Bradesco, Haitong e...Banco do Brasil, é claro!
Capitalismo assim é fácil! Na hora do lucro, as boladas são divididas entre os "capitalistas" e os "representantes do povo". Na hora do preju, quem paga somos nós, os otários de sempre.
Exemplos de privatização à brasileira não faltam: a icônica Telemar, por exemplo. A privatização da telefonia foi sempre citada como paradigma das coisas que funcionam quando deixam de ser administradas pelo estado. Entretanto, mesmo nesses casos, encontramos as garras estatais fincadas em algo que o estado brasileiro parece incapaz de largar: a atividade empresarial. No caso da Telemar, o BNDES ainda é sócio com quase 5%.
Outro exemplo da sombra estatal influenciando e deturpando decisões que deveriam ser privadas é o caso da Vale. Para se livrar do fantasma do estado a Vale está recorrendo a uma manobra saneadora de modo a pulverizar o controle acionário da empresa. Isso ocorre 20 anos depois de sua suposta privatização!
Há duas explicações para esse fenômeno: 1) o capital público (estado) não quer largar o osso; 2) O capital privado quer um capitalismo sem riscos.
No primeiro caso, é fácil concluir porque não interessa aos que detém o poder político desfazer-se de "patrimônio público". É que de público esse patrimônio não tem nada, uma vez que está privatizado aos interesses dessa oligarquia. Essa vaca leiteira já lhes rendeu e ainda rende, muitas vantagens indevidas, e é isso o que o político médio brasileiro quer: usufruir de vantagens indevidas. Está aí a Lava Jato para desnudar e confirmar todo esse velho esquema.
No segundo caso, interessa aos empresários que são amigos do rei, a manutenção do status quo das estatais. Quando são públicas, estão privatizadas aos interesses deles, como foi o caso da Petrobras. Quando se tornam privadas (à brasileira) é sempre bom ter um sócio graúdo para pagar as contas, como está sendo o caso do aeroporto de Viracopos.
Está devendo ainda, outros 423 milhões ao BNDES, mas através de repasse dos bancos Itaú, Bradesco, Haitong e...Banco do Brasil, é claro!
Capitalismo assim é fácil! Na hora do lucro, as boladas são divididas entre os "capitalistas" e os "representantes do povo". Na hora do preju, quem paga somos nós, os otários de sempre.
Exemplos de privatização à brasileira não faltam: a icônica Telemar, por exemplo. A privatização da telefonia foi sempre citada como paradigma das coisas que funcionam quando deixam de ser administradas pelo estado. Entretanto, mesmo nesses casos, encontramos as garras estatais fincadas em algo que o estado brasileiro parece incapaz de largar: a atividade empresarial. No caso da Telemar, o BNDES ainda é sócio com quase 5%.
Outro exemplo da sombra estatal influenciando e deturpando decisões que deveriam ser privadas é o caso da Vale. Para se livrar do fantasma do estado a Vale está recorrendo a uma manobra saneadora de modo a pulverizar o controle acionário da empresa. Isso ocorre 20 anos depois de sua suposta privatização!
Há duas explicações para esse fenômeno: 1) o capital público (estado) não quer largar o osso; 2) O capital privado quer um capitalismo sem riscos.
No primeiro caso, é fácil concluir porque não interessa aos que detém o poder político desfazer-se de "patrimônio público". É que de público esse patrimônio não tem nada, uma vez que está privatizado aos interesses dessa oligarquia. Essa vaca leiteira já lhes rendeu e ainda rende, muitas vantagens indevidas, e é isso o que o político médio brasileiro quer: usufruir de vantagens indevidas. Está aí a Lava Jato para desnudar e confirmar todo esse velho esquema.
No segundo caso, interessa aos empresários que são amigos do rei, a manutenção do status quo das estatais. Quando são públicas, estão privatizadas aos interesses deles, como foi o caso da Petrobras. Quando se tornam privadas (à brasileira) é sempre bom ter um sócio graúdo para pagar as contas, como está sendo o caso do aeroporto de Viracopos.
sexta-feira, 4 de agosto de 2017
Que país é esse!?
Anteontem assistimos ao pior espetáculo da história do parlamento brasileiro. Vimos um Congresso, não só subserviente ao poder executivo, mas pura e simplesmente comprado. Não que o resultado da votação, se tivesse sido diferente, iria mudar muita coisa. A questão não é se Temer, herança maldita do PT, é melhor ou pior que Rodrigo Maia, ou quem quer que esse mesmo Congresso viesse a eleger indiretamente.
Temer não é melhor, nem pior que a média dos congressistas brasileiros, ele é simplesmente igual. Assustadoramente igual!
O Congresso que vimos anteontem foi um ajuntamento de nulidades. O PT com seu discurso fora de hora, vociferando contra a crise econômica e o desemprego como se não tivesse nada a ver com isso, chegou a ser patético. Aliás, o PT quer ver o Temer fora da presidência, não porque discorde do programa de governo. mas porque o PT quer vingança. Afinal, Temer foi capaz de deixar cair o governo petista sem esboçar nada em sua defesa. O PT, conforme o exemplo stalinista, jamais perdoará Michel Temer! Mas isso não tem nada a ver conosco, cidadãos brasileiros, lutando para sobreviver nesse caos.
Como dizia, o Congresso que vimos anteontem foi apenas um ajuntamento de nulidades. Nenhum discurso digno de nota. Nenhuma inteligência sobressaindo-se dentre os bovinos. Deu vergonha! deu vergonha de saber que esses são os representantes da nação! E, é lógico, tivemos algumas pérolas para a posteridade. Em primeiro lugar, o deputado tatuado foi flagrado mandando a seguinte mensagem pelo Whatsapp:"Mostra a tua bunda! Afinal não são as tuas profissões que a destacam como mulher. Vai lá, põe aí, garota."
Outro deputado, um tal de Júlio Lopes, declamou: "somos a elite legislativa desse país";e ainda, "Lula é uma das maiores biografias desse país".
A bancada do PSDB deu um show de tucanagem: ficou em cima do muro até na hora de votar. Foram 22 votos a favor de Temer, 21 contra e 4 ausências. Aliás, o PSDB de Minas deu um vexame maior ainda. Deu 6 votos a favor de Temer e nenhum contra.
A gente se pergunta: de onde será que saíram essas pessoas, esses congressistas? E quem foi que votou neles? É assustador imaginar a resposta.
Temer não é melhor, nem pior que a média dos congressistas brasileiros, ele é simplesmente igual. Assustadoramente igual!
O Congresso que vimos anteontem foi um ajuntamento de nulidades. O PT com seu discurso fora de hora, vociferando contra a crise econômica e o desemprego como se não tivesse nada a ver com isso, chegou a ser patético. Aliás, o PT quer ver o Temer fora da presidência, não porque discorde do programa de governo. mas porque o PT quer vingança. Afinal, Temer foi capaz de deixar cair o governo petista sem esboçar nada em sua defesa. O PT, conforme o exemplo stalinista, jamais perdoará Michel Temer! Mas isso não tem nada a ver conosco, cidadãos brasileiros, lutando para sobreviver nesse caos.
Como dizia, o Congresso que vimos anteontem foi apenas um ajuntamento de nulidades. Nenhum discurso digno de nota. Nenhuma inteligência sobressaindo-se dentre os bovinos. Deu vergonha! deu vergonha de saber que esses são os representantes da nação! E, é lógico, tivemos algumas pérolas para a posteridade. Em primeiro lugar, o deputado tatuado foi flagrado mandando a seguinte mensagem pelo Whatsapp:"Mostra a tua bunda! Afinal não são as tuas profissões que a destacam como mulher. Vai lá, põe aí, garota."
Outro deputado, um tal de Júlio Lopes, declamou: "somos a elite legislativa desse país";e ainda, "Lula é uma das maiores biografias desse país".
A bancada do PSDB deu um show de tucanagem: ficou em cima do muro até na hora de votar. Foram 22 votos a favor de Temer, 21 contra e 4 ausências. Aliás, o PSDB de Minas deu um vexame maior ainda. Deu 6 votos a favor de Temer e nenhum contra.
A gente se pergunta: de onde será que saíram essas pessoas, esses congressistas? E quem foi que votou neles? É assustador imaginar a resposta.
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