O ministro Gilmar Mendes envergonha a classe jurídica desse país, há muito tempo. Porém no recente episódio em que concedeu "habeas corpus", em tempo récorde de 24 horas, ao chefe da máfia dos transportes do Rio, ele se superou. Foram dois habeas corpus à mesma pessoa, ambos em tempo récorde.
O chefe mafioso, Jacob Barata Filho, que foi solto pelo ministro, tinha tido prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, porque se preparava para fugir do país com documentos sigilosos. Mas o grande Gilmar, que foi padrinho de casamento da filha do chefão (apenas uma coincidência), além de não se considerar impedido, foi rápido e rasteiro.
O Supremo fica todo em cheque, até porque seus colegas, mesmo que não concordem com as atitudes do ministro, permanecem em silêncio obsequioso. Essa falta de reação só pode ser explicada, ou pelo corporativismo, ou por conivência, ou por covardia. Nenhuma das explicações engrandece a instituição.
Aliás, historicamente, o Supremo Tribunal Federal sempre falhou com a população, quando mais precisávamos dele. Durante os 15 anos da ditadura de Vargas e, principalmente, durante o Estado Novo, o Supremo conviveu pacificamente com os maiores desmandos e arbitrariedades do Executivo, sem dar um pio. O mesmo se repetiu durante a ditadura militar instaurada em 64. Pessoas foram arbitrariamente presas, torturadas e mortas e não se ouviu uma voz dos senhores ministros em protesto.
Conclui-se que os ministros do Supremo são muito valentes quando não se defrontam com um poder que os ameace. Quando é preciso que a voz dos magistrados se levante, como se levantaram as vozes de Ulysses Guimarães, de Mário Covas, de Teotônio Vilela, nessa hora o Supremo Tribunal se esconde e passa de fininho pela história.
Mesmo assim, com essa história pusilânime, não faz bem ao país que qualquer ministro dessa Corte seja visto com suspeição pela população. Merecemos um Supremo tribunal melhor.
domingo, 20 de agosto de 2017
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Milionária quer dar pro Lula!
Milionária quer dar pro Lula! Ricaça entediada faz gracinha com o dinheiro do vovô. Assim deveriam ser as manchetes da notícia em que uma herdeira milionária, uma tal de Roberta Luchsinger, informa que vai doar 500 mil reais ao Lula. Ela está com peninha de o juiz Sérgio Moro ter bloqueado os 9 milhões da Previdência privada do líder sindical.
A madame pode dar para quem quiser o dinheiro de seu avô. Aliás ela nem sabe quanto custou ganhar esse dinheiro. Por ter nascido em berço esplêndido e fazer parte da elite, parece que essa senhora nunca precisou trabalhar. Pode, portanto, se dar ao luxo de esbanjar à vontade.
Reconhecido seu direito de fazer o que quiser com seu dinheiro, entretanto, essa notícia levanta uma série de questões. Se a madame queria tanto assim ajudar o nordestino retirante, ela podia simplesmente ter feito uma transferência bancária para ele. Uma TED resolveria o problema sem alarde. Por que então veio à mídia expor um assunto particular como esse?
Afinal, essa exposição, indesejada por todos nós, levou até à decisão judicial de embargar a doação até que a dita senhora pague uma dívida de 63 mil reais que está em aberto com uma empresa de decoração.
Tivesse feito a doação sem trombetear, o pobre desvalido do Lula já teria posto a mão na bufunfa e a ricaça entediada não teria que enfrentar essa exposição pública de um assunto pessoal. Mas, como estamos vivendo tempos muito estranhos, tudo isso pode ser considerado normal.
Voltando à questão levantada pela doação em público, o que se pode concluir é que essa senhora tem alguma outra intenção, além da filantropia. Será candidata a alguma coisa em 2018 pelo PT? Tudo é possível. Esperemos e veremos.
A madame pode dar para quem quiser o dinheiro de seu avô. Aliás ela nem sabe quanto custou ganhar esse dinheiro. Por ter nascido em berço esplêndido e fazer parte da elite, parece que essa senhora nunca precisou trabalhar. Pode, portanto, se dar ao luxo de esbanjar à vontade.
Reconhecido seu direito de fazer o que quiser com seu dinheiro, entretanto, essa notícia levanta uma série de questões. Se a madame queria tanto assim ajudar o nordestino retirante, ela podia simplesmente ter feito uma transferência bancária para ele. Uma TED resolveria o problema sem alarde. Por que então veio à mídia expor um assunto particular como esse?
Afinal, essa exposição, indesejada por todos nós, levou até à decisão judicial de embargar a doação até que a dita senhora pague uma dívida de 63 mil reais que está em aberto com uma empresa de decoração.
Tivesse feito a doação sem trombetear, o pobre desvalido do Lula já teria posto a mão na bufunfa e a ricaça entediada não teria que enfrentar essa exposição pública de um assunto pessoal. Mas, como estamos vivendo tempos muito estranhos, tudo isso pode ser considerado normal.
Voltando à questão levantada pela doação em público, o que se pode concluir é que essa senhora tem alguma outra intenção, além da filantropia. Será candidata a alguma coisa em 2018 pelo PT? Tudo é possível. Esperemos e veremos.
sábado, 12 de agosto de 2017
Saco sem fundo
O nobres deputados perguntaram a você e aos demais 100 milhões de eleitores, entre os quais me incluo, se queremos financiar as campanhas de suas excelências?
Não perguntaram, mesmo porque já sabem que a resposta será um grande, vibrante e sonoro NÃO!
Ninguém é obrigado a ser candidato a nada, portanto, cada um que cuide de financiar a própria campanha. Que arrume seus doadores, amigos, parentes e que-tais, que queiram bancar a aventura política. Faça rifas, barraquinhas, venda sanduíche na praia, faça até mesmo programas eróticos, aliás, a prostituição já faz parte da vida política de muitos deles. Qualquer coisa vale, menos receber dinheiro de empresas (que a lei não permite mais) ou botar a mão no nosso bolso.
Sendo tão criativos, os nobres parlamentares hão de encontrar meios de fazer suas campanhas, ou então, desistam da vida pública. Em grande número de casos, seria um benefício que fariam ao país.
Além disso, as campanhas eleitorais ficarão muito mais baratas, mais condizentes com os propósitos elevados de uma verdadeira democracia. E, se alguém argumentar que, assim, candidatos com poucos recursos financeiros seriam alijados da política, é fácil demonstrar que não. As redes sociais estão aí, de graça ou quase, para divulgar a idéias de quem quer que seja. Cria-se uma página no Facebook, no Google+, no Instagram, divulga-se um vídeo no YouTube, mande-se mensagens por email, whatsapp, etc.
Não há desculpa! O Fundão que querem fazer descer pela nossa goela só é mais uma janela para os mesmos de sempre continuarem a enfiar a mão no nosso bolso. Saiamos de novo às ruas! Temos que dizer um basta agora, antes que sejamos roubados mais uma vez.
Não perguntaram, mesmo porque já sabem que a resposta será um grande, vibrante e sonoro NÃO!
Ninguém é obrigado a ser candidato a nada, portanto, cada um que cuide de financiar a própria campanha. Que arrume seus doadores, amigos, parentes e que-tais, que queiram bancar a aventura política. Faça rifas, barraquinhas, venda sanduíche na praia, faça até mesmo programas eróticos, aliás, a prostituição já faz parte da vida política de muitos deles. Qualquer coisa vale, menos receber dinheiro de empresas (que a lei não permite mais) ou botar a mão no nosso bolso.
Sendo tão criativos, os nobres parlamentares hão de encontrar meios de fazer suas campanhas, ou então, desistam da vida pública. Em grande número de casos, seria um benefício que fariam ao país.
Além disso, as campanhas eleitorais ficarão muito mais baratas, mais condizentes com os propósitos elevados de uma verdadeira democracia. E, se alguém argumentar que, assim, candidatos com poucos recursos financeiros seriam alijados da política, é fácil demonstrar que não. As redes sociais estão aí, de graça ou quase, para divulgar a idéias de quem quer que seja. Cria-se uma página no Facebook, no Google+, no Instagram, divulga-se um vídeo no YouTube, mande-se mensagens por email, whatsapp, etc.
Não há desculpa! O Fundão que querem fazer descer pela nossa goela só é mais uma janela para os mesmos de sempre continuarem a enfiar a mão no nosso bolso. Saiamos de novo às ruas! Temos que dizer um basta agora, antes que sejamos roubados mais uma vez.
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