sábado, 14 de outubro de 2017

Horário de verão (2)

Tem gente que adora o horário de verão. Deve ter. Eu não conheço ninguém, mas deve ter. Em compensação, há muito mais gente que detesta essa mudança estúpida no ritmo biológico das pessoas.

O horário comercial, com intervalo de almoço, ao qual nos adaptamos, já é por si só uma violência contra a natureza. Foi implantado, por interesse das empresas, na era da Revolução Industrial, para as quais era importante uniformizar os horários de trabalho, e daí por diante fomos obrigados a ter fome e sono nos horários predeterminados. O horário escolar, como consequência, seguiu o mesmo padrão, para obviamente coincidir com o horário dos pais das crianças.
Antes disso, as pessoas paravam o trabalho para comer quando sentiam cansaço ou fome, não o contrário.

O horário de verão é ainda uma agressão maior ao ciclo circadiano, que é o relógio biológico de todos os seres vivos. De repente, temos que fazer tudo uma hora mais cedo. Deitar-se sem ter sono, acordar capengando, almoçar sem estar com fome, etc., etc. Não há dúvida alguma que isso faz um estrago no organismo, aumenta a secreção de cortisol e, consequentemente, a pressão sanguínea, a irritabilidade, o número de acidentes no trânsito e o número de acidentes de trabalho.
O custo disso ninguém computa e mesmo a propalada economia de energia já se verificou que praticamente inexiste.

Esse horário esdrúxulo, portanto, não traz benefício algum. Então, no balanço geral o que há é prejuízo certo. Tanto é assim, que o governo Temer disse que vai fazer uma enquete sobre a continuidade desse famigerado horário de verão. Esperemos que o bom senso prevaleça a partir do próximo ano.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Os bancos recebem o troco

Durante décadas, os bancos, especialmente no Brasil, ignoraram seus clientes. Como sempre mamaram nas tetas dos juros da dívida pública, os clientes do chamado "varejo" eram apenas tolerados por causa da obrigação legal.

Se não fosse isso, não passariam da porta. As empresas privadas de médio e pequeno porte  também nunca receberam tratamento melhor.
E tome juros estratosféricos por um cheque especial e por um empréstimo pessoal ou corporativo. Enquanto isso, os aplicadores (chamados investidores) sempre foram pessimamente remunerados, recebendo por seu dinheiro parado na instituição, taxas 7 a 10 vezes menores que os juros cobrados dos tomadores de empréstimo.

Com o plano real, que interrompeu um ciclo hiperinflacionário, os bancos, até então acostumados a ganhar 40, 50% ao ano de juros reais, para não terem seus lucros diminuídos, passaram a cobrar as taxas de manutenção que incidem sobre qualquer espirro que o cliente dê na agência.

E os famosos consultores de investimento, cuja função é direcionar o dinheiro dos depositantes para as aplicações mais rentáveis...para o banco, também assumiram o papel de vendedores ambulantes de quinquilharias, pegando os incautos com os títulos de capitalização, apólices de seguro, etc.

Pois, finalmente, chegou a hora da verdade. As corretoras independentes e as moedas digitais vieram para ficar e isso decreta o fim da instituição medieval chamada banco. É apenas uma questão de tempo. Quem não respeita o cliente, mais cedo ou mais tarde, fecha as portas. Essa é uma lei tão inexorável como a da oferta e da procura, ou a lei da gravidade.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

A Cesare o que é de Cesare

Cesare Battisti não é um problema nosso. É um problema da República Italiana, que o julgou e condenou à prisão perpétua por assassinato e terrorismo.
Cesare Battisti só se tornou um problema brasileiro por causa de Lula e seu falso esquerdismo, jogando para a platéia de intelectualóides e militantes. Fazendo uma gracinha a esse público com a mão esquerda, enquanto, escondido, enfiava dólares do grande capital no próprio bolso com a direita.
Pois, Cesare não deixou de ser Cesare e aprontou mais uma: tentou fugir para a Bolívia evadindo divisas. Por que Bolívia? Porque ele se sente mais seguro no eterno governo de Evo Morales, do que num governo que já não é mais do PT.
Agora, preso, aguarda uma decisão do Temer, pois a do STF já foi dada, apesar de ter sido uma nas exdrúxulas decisões da nossa vergonhosa Suprema Corte: para os que não se lembram, o STF decidiu que Battisti deveria ser extraditado, mas... a última palavra seria a do presidente da República, que no último dia do mandato, decidiu a extradição não ocorreria.
Isso foi, no mínimo, uma ofensa ao estado italiano. Vamos ver agora o que Temer vai fazer.
Deveria, até por esperteza, entregar logo esse bandido ao governo de seu país natal. Cesare não é um problema do Brasil.
A Cesare o que é de Cesare e a Roma o que é de Roma.

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