segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

O vampirismo de Lula

O que deve fazer um país com uma entidade deletéria, mas com influência sobre grande parte dos cidadãos e que prega a dissolução do Estado tal como concebido pela sociedade e o extermínio das instituições, em benefício de um projeto pessoal de poder?

Imagine-se um Hitler, ou um Stalin, diante de seus respectivos povos, pregando o que pregaram, mas de antemão esses povos sabendo a qual desastre essa pregação os levaria. O que deveriam fazer? Deixá-los livremente continuar seus planos diabólicos e chorar depois do leite derramado?

Apesar de não ser uma figura comparável a Hitler ou Stálin, o que Lula está fazendo é, guardadas as devidas proporções, a mesma coisa. Ele já demonstrou que não respeita as leis do seu país. Ele acha, ou quer nos fazer crer, que seria uma pessoa excepcional por causa  da sua origem e por isso mesmo estaria acima das leis e das convenções. O que vale para os demais não pode valer para ele, senão é preconceito.

Na verdade, Lula é apenas mais um ladrão que se enfiou na política e a usa para seu benefício próprio. Nem sequer do partido Lula está a serviço. Ao contrário, é o partido que o serve e do partido ele se serve.

Quando isso acabar (e um dia acabará) é que os autênticos e honestos (ainda acredito que haja) partidários da esquerda vão se dar conta do mal que Lula e seu grupo fizeram para o próprio PT. O lulismo destruiu o PT destruindo-lhe a alma. Como é que  depois de tudo o que já veio à tona, até mesmo depois de condenado por corrupção, Lula ainda tem a coragem de subir em um caminhão e dizer as coisas que disse, no Rio, sobre a Petrobras, sobre a Lava Jato e sobre o próprio e sofrido estado do Rio de Janeiro?

Devia ter pudor e vergonha de pisar lá. Devia ter pudor e vergonha de aparecer em público até mesmo em eventos do PT. Devia fazer como Mercadante, que sumiu depois do que se revelou sobre ele. Mas, Lula é esperto demais para isso. A estratégia dele é se manter na mídia, falando pelos cotovelos, lançando-se cada vez mais candidato, para emparedar a decisão dos juízes que irão julgar sua participação nas próximas eleições.

Se a Justiça ceder, Lula será candidato para se blindar. Se a Justiça funcionar, pelo menos, Lula, mais uma vez, posará de vítima (seu papel preferido) das classes dominantes. E azar do seu partido, azar da esquerda que confiou nele. A Lula só importam seus próprios e personalíssimos interesses.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Golpe no foro

O que se podia esperar de Dias Tóffoli? Nada diferente do que se viu ontem na sessão plenária do Supremo.  Dias Tóffoli está apenas sendo o lacaio que sempre foi.
O pedido de vistas a essa altura do julgamento foi golpe no próprio Supremo! Foi uma ação de obstrução ao processo e um golpe na decisão já tomada de reduzir o foro privilegiado aos crimes relacionados ao mandato parlamentar.

Mas o papel de Dias Tóffoli nesse golpe, me parece ser apenas o de menino de recados. Foi escalado para dar a cara a tapa, enquanto os verdadeiros artífices do golpe ficam à sorrelfa (para usar um antiquado termo, bem ao gosto dos homens da capa preta). Esse golpe foi articulado no Planalto, dias antes da sessão. Lá estiveram  Aécio, Gilmar Mendes e o próprio Dias Tóffoli, a convite do vampiro-mor, mas tudo foi apenas uma coincidência, é claro!

A intenção do golpe é que, enquanto dura o pedido de vistas e o resultado final da votação não pode ser proclamado, a Câmara articule a salvação de Temer e dos demais ex-presidentes, indo na direção contrária à decisão do STF. Segurar o processo para que não possa ter aplicação imediata é a moeda com que Temer paga aos parlamentares o favor que lhe fazem, concedendo-lhe o foro especial para depois que sair da presidência. Isso agrada muitíssimo também a um outro ex-presidente, não é? Vamos ver então como votará o PT, paladino da moralidade dos outros, nessa matéria.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Eles contra nós

Nós, brasileiros, estamos exauridos, enojados, cansados dessa atividade pútrida a que dão o nome de política. E, pior, estamos sem esperança, sem expectativas sobre o que ocorrerá daqui pra frente. A classe política foi nos encurralando em um beco sem saída, quando só o que fizeram foi tramar, contra nós, uma escapatória, para eles continuarem impunes e exercendo os seus podres poderes.

A população brasileira está descrente de que as eleições de 2018 irão resolver nossos problemas. Na verdade, a população está descrente de que eleições, quaisquer que sejam, resolvam os nossos problemas. Isso equivale a dizer que a população brasileira já não mais acredita no regime democrático representativo, porque representativo é que esse sistema não é. Portanto, eleições realizadas dentro do mesmo processo viciado irão fatalmente  conduzir ao mesmo resultado desastroso. Está aí a bastante provável reeleição de Renan Calheiros para mais 8 anos de foro privilegiado a demonstrar que o sistema não funciona a nosso favor. Está aí a possível candidatura de Aécio a deputado federal, com boas possibilidades de ser eleito simplesmente por causa do sistema proporcional, com votos dados ao partido e a outros candidatos, os chamados "puxadores de voto". Está aí a candidatura Lula, apesar da condenação - um acinte às leis e à decência - que pode até não ganhar, mas vai provocar agitação e polarização contra a candidatura Bolsonaro. 

Será ótimo para Lula que Bolsonaro se torne seu principal adversário. Bater nele é fácil e assim as mazelas e os crimes de Lula saem do foco da discussão. Afinal, pode-se recriar o mito da candidatura do "bem" contra o "mal", do "progressista" contra o "retrógrado", do "tolerante" contra o "homofóbico", etc, etc.

 É por isso que não sai a reforma política. É por isso que não sai o voto distrital. Do jeito que está, está muito bom para eles.

Agora, já não bastam remendos. O Brasil precisa de uma refundação, que tem que ser feita sem a participação dos bandidos e das organizações criminosas que usurparam o poder. Como é que se faz isso é que é o problema. É por isso que tanta gente hoje clama por uma intervenção militar. É porque sabe que, dentro da classe política tradicional, não se encontra a solução. E sabe ainda que a classe política tradicional vai continuar manobrando pela impunidade e pela continuidade da roubalheira. Sabe que os nossos problemas de segurança, saúde  e educação, desigualdade e desemprego, vão continuar sendo os mesmos, ou - mais provavelmente - vão piorar. O Rio de Janeiro e sua ALERJ estão a nos mostrar aonde chegaremos.

Cada vez fica mais claro que a solução não passa pela repetição do que já não deu certo. Alguma coisa terá que ser feita, fora do sistema atual. Não estou vendo outra saída que não seja a intervenção militar, a não ser a intervenção divina, mas essa está mais difícil.


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