quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Prostituição Republicana

A atividade política nessa república de bananas é realmente uma prostituição. O último áudio da deputada Cristiane Brasil nos mostra como as coisas são dentro desse bordel. A dita cuja, que quer, porque quer, ser ministra do Trabalho, foi gravada ameaçando seus subordinados quando exercia a função de Secretária do Envelhecimento Saudável da Prefeitura do Rio.

As pérolas da então Secretária foram:
"Se eu perder a eleição de deputada federal...No dia seguinte, eu perco a secretaria. No outro dia, vocês perdem o emprego. Só tem importância na política quem tem mandato. Só tem mandato quem tem voto. Só tem voto quem tem pessoas como vocês que estão na ponta ajudando a gente pedir e propagar o voto. Do contrário, não funciona"

É assim, com esse pragmatismo,  que o bordel funciona. E como a única coisa que interessa à prostituta e ao prostituto é o dinheiro, haja dinheiro público para satisfazer os apetites de Suas Excelências.

Isso vale para quase todos os partidos e espectros ideológicos, se é que existe tal coisa no Brasil. Vale para quem está no governo e para quem está na oposição, ou seja, a prostituição política no Brasil é republicana.

Enquanto isso, o país real, aquele que gera riqueza e sustenta a putaria, continua sua luta aos trancos e barrancos. Até quando?

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

A maldição da Presidência

Desde a proclamação, essa famigerada república vem, de convulsão em convulsão, mal e porcamente se sustentando. Disso todos sabemos e qualquer livro de história nos mostrará os trancos e as interrupções do processo democrático.

Em paralelo, o cargo mais elevado dessa mesma república, não tem feito muito bem aos seus ocupantes, de modo que chega até a ser espantoso que, diante de tais estatísticas, alguém ainda se disponha a concorrer a esse cargo.

Começando pelo primeiro, Deodoro da Fonseca, que renunciou e morreu logo depois, passando por Rodrigues Alves que morreu de gripe espanhola antes de assumir um segundo do mandato e por Afonso Pena que morreu em pleno mandato, de pneumonia. Delfim Moreira ficou demente, Júlio Prestes foi eleito, mas não assumiu por causa da Revolução de 30. Washington Luis foi preso e exilado. Café Filho, licenciou-se por problemas cardíacos. Jânio renunciou. Jango foi deposto. Castelo Branco  morreu em acidente aéreo logo depois de deixar a presidência. Costa e Silva sofreu um AVC e morreu durante o mandato. Figueiredo teve que se operar às pressas em Cleveland. Tancredo morreu antes de assumir. Collor foi deposto. JK concluiu o mandato, mas foi cassado, preso e morreu em trágico acidente de carro. Dilma perdeu o mandato e de Getúlio não é preciso dizer mais nada.

Quanto a Lula, bem, esse já está condenado, será preso e ainda tem muitos processos pela frente.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

O candidato honesto

A que ponto chegamos! A qualidade mais apreciada dos possíveis candidatos às próximas eleições - se não a única exigência, que faz o coitado do eleitor - é a honestidade!

Como se isso não fosse a condição básica, sobre a qual deveriam se erigir todas as outras, para que alguém se dispusesse a pleitear o voto do seu concidadão. A palavra candidato, não custa repetir, vem do latim "candidus" que significa branco, imaculado. Na República romana, os postulantes aos cargos públicos, se vestiam de branco, a cor da pureza, a indicar que, se não fossem cidadãos sem máculas, sequer poderiam disputar aqueles cargos.

Já que estamos falando de Roma antiga, vale exclamar como Cícero, no primeiro discurso contra Catilina: "O tempora, o mores" (Ó tempos, ó costumes). Nessa mesma catilinária, Cícero pergunta: Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?

Essa é a pergunta que devemos fazer àqueles que insistem em se candidatar depois de terem conspurcado o cargo público. Já que eles mesmos não se envergonham de voltar ao púlpito a pedir votos, já que os tempos e os costumes permitem que um condenado faça caravanas pelo país, antecipando-se ilegalmente à campanha eleitoral e nada lhe acontece, cabe ao cidadão comum expressar o seu repúdio, o seu horror, a sua intolerância a essa situação da maneira que puder.

Por isso, todos devemos nos juntar, pelas redes sociais, em caravana cívica, em vigília permanente até o dia 24 de janeiro, quando a justiça - esperamos - dará um fim a esse Catilina de Garanhuns.




Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?
Nem a guarda do Palatino,
nem a ronda noturna da cidade,
nem o temor do povo,
nem a afluência de todos os homens de bem,
nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado,
nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te?
Não te dás conta que os teus planos foram descobertos?
Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem?
Quem, dentre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com quem te encontraste, que decisão tomaste?
Oh tempos, oh costumes!

                                                                          Marco Túlio Cícero

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