quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ruptura com a democracia (Guerra do Paraguai II)

Anteontem o embaixador do Paraguai na OEA afirmou quase que exatamente o que se disse neste blog na postagem anterior: "Se querem [Brasil, Argentina e Uruguai] formar uma Tríplice Aliança, não será a primeira vez"
Disse mais: "Aqui há 500 mil brasileiros e, quando as terras dos brasileiros eram invadidas, a embaixada respondia que este é um país autônomo e que eles não podiam fazer nada."
Nada mais precisa ser dito. Até o próprio deposto já se resignou e prepara-se agora para concorrer ao Senado, nas próximas eleições. Veja bem: próximas eleições. É isso que D. Dilma chama de "ruptura com a democracia" esquecendo-se convenientemente de que eleições em Cuba, só quando o morto-vivo e seu irmão forem enterrados.


O governo brasileiro deveria é se envergonhar da "mancada", voltar atrás e pedir desculpas.
Mas não fará isso. A política externa do Brasil é ditada pela ideologia que está na cabeça do ministro da "Defesa", Celso Amorim e o ministro de Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia (aquele do top-top). Para eles, não importa o interesse da nação, importa sim o seu canhestro objetivo de fazer da nossa política externa uma extensão de sua subserviência aos ditames do partido.


A partidarização do Estado brasileiro foi um dos piores males que o governo petista trouxe para nós, sem falar na institucionalização da corrupção "do bem".  Pena que a classe política brasileira seja tão ruim, mas tão ruim, que nem oposição verdadeira temos. Assim fica difícil, pois não há o que contrapor a essa política deletéria de destruição progressiva das nossas instituições.
Vamos seguir assim até o caos ou mais uma "ruptura com a democracia".

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Dilma vai começar uma outra guerra do Paraguai?

Argentina, Brasil e outros bocós do Mercosul estão aplicando sanções ao Paraguai por sua suposta "ruptura com a ordem democrática". Não imaginava que o Brasil pudesse adotar uma postura internacional tão ridícula, apesar de saber que da cabeça das "sumidades" Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia tudo se pode esperar. Desdenhando que a decisão do Congresso paraguaio fora tomada em absoluta concordância com a sua própria Constituição e por maioria quase unânime de votos (39 contra 4), ratificado pela Suprema Corte, e que o povo paraguaio apoiou majoritariamente, o Brasil e Argentina querem determinar o que é certo e o que é errado para a população do país vizinho. Ou seja, vamos legislar para o Paraguai, vamos reformar a Constituição deles e, se eles não nos obedecerem, tomem sanções. Nada mais imperialista do que essa atitude. Nada mais parecido com a política de Ronald Reagan quando invadiu o Panamá. 
E os mentores e conselheiros de tal atitude, os "gênios" Garcia e Amorim disseram à Dilma que havia risco de uma guerra civil no Paraguai! Só por isso deviam ser sumariamente demitidos dos seus cargos. A atitude do governo brasileiro, além de ridícula, além de imperialista, despropositada e desrespeitosa com a soberania do país vizinho, expõe os brasileiros que lá vivem e cultivam a terra, os brasiguaios, a um risco desnecessário. 
Ontem um grupo de 200 brasiguaios entregou no consulado brasileiro de Ciudad del Este um documento manifestando apoio ao novo presidente e pedindo que o Brasil também o apoie. "Essa decisão é sumamente necessária para dar tranquilidade ao povo paraguaio e a esta grande comunidade brasileira" diz o documento.
O governo Lugo era considerado pela comunidade brasileira como um fator de risco de instabilidade no campo porque incentivava invasões de terra e pressionava para mudanças na legislação dificultando a defesa judicial das propriedades. E foi por causa disso que caiu.


Nada, absolutamente nada, justifica essa atitude beligerante do governo brasileiro contra o Paraguai. Já temos uma dívida histórica com eles e não há razão de queremos começar uma outra guerra, mesmo que seja mediante sanções.
Eu, cá, na minha insignificância, começo é a ficar com muita inveja desse congresso paraguaio. Poderia  nos servir de exemplo.

sábado, 23 de junho de 2012

Democracia para todos!

O Brasil agora resolveu ser juiz da democracia dos outros. A República do Paraguai, conforme suas leis e sua Constituição, defenestrou um presidente inepto. Foram 39 votos de senadores a favor do impeachment e somente 4 votos contrários. E o Brasil, mediante declarações da "presidenta" e manifestações do Itamarati, protesta e ameaça "retaliar" o Paraguai com "sanções"!!! É um espanto!
Em primeiro lugar: o que temos nós com isso? Trata-se de um assunto político interno de um país soberano!
Segundo: recusamo-nos a protestar contra graves violações de direitos humanos no Irã e na Síria e vamos protestar porque o povo do Paraguai, por seus representantes, resolveu que o ex-bispo, mentiroso e demagogo, não deveria mais continuar no poder? 
Terceiro: o Itamarati diz que o processo contra Lugo foi anti-democrático, foi um golpe. Onde estão, porém, as manifestações contra os seguidos golpes e mudanças nas regras do jogo impostas por Chávez ao povo venezuelano? Sem falar na "democracia" cubana apoiada firmemente pelo Brasil.
Quarto: quando o governo paraguaio resolveu unilateralmente triplicar o preço da energia que vende ao Brasil em descumprimento de um contrato internacional assinado entre os dois países, recebeu aplausos de Lula! O mesmo aconteceu quando Evo Morales invadiu as instalações da Petrobrás na Bolívia. No momento em que deveríamos protestar, aplaudimos. No momento em que não temos nada com isso, protestamos.


Essa reação se explica como? O ex-bispo Lugo é uma peça importante na engrenagem esquerdista-demagógica que quer monopolizar a política na América do Sul? Só pode ser isso. Defesa de um correligionário. Ou medo de que isso também possa acontecer nas bandas de cá.


Fiquem tranquilos, com a qualidade da maioria dos políticos que temos por aqui, o máximo que pode acontecer é CPI's acabando em pizzas.
Vamos combinar D.Dilma? Defendamos a democracia no Paraguai, mas também na Venezuela, em Cuba, no Irã e na Síria. Todos esses povos são igualmente merecedores do nosso apoio.

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