segunda-feira, 25 de junho de 2012

Dilma vai começar uma outra guerra do Paraguai?

Argentina, Brasil e outros bocós do Mercosul estão aplicando sanções ao Paraguai por sua suposta "ruptura com a ordem democrática". Não imaginava que o Brasil pudesse adotar uma postura internacional tão ridícula, apesar de saber que da cabeça das "sumidades" Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia tudo se pode esperar. Desdenhando que a decisão do Congresso paraguaio fora tomada em absoluta concordância com a sua própria Constituição e por maioria quase unânime de votos (39 contra 4), ratificado pela Suprema Corte, e que o povo paraguaio apoiou majoritariamente, o Brasil e Argentina querem determinar o que é certo e o que é errado para a população do país vizinho. Ou seja, vamos legislar para o Paraguai, vamos reformar a Constituição deles e, se eles não nos obedecerem, tomem sanções. Nada mais imperialista do que essa atitude. Nada mais parecido com a política de Ronald Reagan quando invadiu o Panamá. 
E os mentores e conselheiros de tal atitude, os "gênios" Garcia e Amorim disseram à Dilma que havia risco de uma guerra civil no Paraguai! Só por isso deviam ser sumariamente demitidos dos seus cargos. A atitude do governo brasileiro, além de ridícula, além de imperialista, despropositada e desrespeitosa com a soberania do país vizinho, expõe os brasileiros que lá vivem e cultivam a terra, os brasiguaios, a um risco desnecessário. 
Ontem um grupo de 200 brasiguaios entregou no consulado brasileiro de Ciudad del Este um documento manifestando apoio ao novo presidente e pedindo que o Brasil também o apoie. "Essa decisão é sumamente necessária para dar tranquilidade ao povo paraguaio e a esta grande comunidade brasileira" diz o documento.
O governo Lugo era considerado pela comunidade brasileira como um fator de risco de instabilidade no campo porque incentivava invasões de terra e pressionava para mudanças na legislação dificultando a defesa judicial das propriedades. E foi por causa disso que caiu.


Nada, absolutamente nada, justifica essa atitude beligerante do governo brasileiro contra o Paraguai. Já temos uma dívida histórica com eles e não há razão de queremos começar uma outra guerra, mesmo que seja mediante sanções.
Eu, cá, na minha insignificância, começo é a ficar com muita inveja desse congresso paraguaio. Poderia  nos servir de exemplo.

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