domingo, 5 de maio de 2013

Paraíso da bandidagem

Uma americana foi seviciada e estuprada durante horas em uma van no Rio. Uma dentista foi queimada viva dentro de seu consultório em S.Bernardo. Um jovem de 19 anos foi assassinado por um delinquente de quase dezoito anos apesar de não ter reagido ao assalto e ter entregue o celular. Na sexta passada, outra mulher foi estuprada no Rio, dentro de um ônibus.
Em nenhum desses casos, se viu a cara compungida da presidenta, nem mesmo de mentirinha, lamentando o fato, nem mesmo por empatia com a "classe" das mulheres, as vítimas mais frequentes. 
Em nenhum desses casos, se viu autoridade alguma se manifestar, nem se compadecer com os familiares.
O que se vê são os iluminados de sempre a vociferar que alterar a maioridade penal não vai resolver, que as causas é que tem que ser atacadas, que isso, que aquilo. Ninguém se abala em dizer que:

  1. as leis valem para todos, maiores ou menores.
  2. os incapazes tem que ter alguém que responda por eles, até mesmo criminalmente.
  3. se incapazes não tiverem quem os tutore, o tutor passa a ser automaticamente o Estado, que tem que recolhê-los das ruas, dar-lhes educação, impedir que se tornem reféns do tráfego, etc. 
O que não pode acontecer é não se fazer nada e permanecermos todos à mercê do terror que a delinquência de maior ou menoridade estão nos impondo. A punição da lei não é vingança. Aliás a punição da lei veio, no processo civilizatório, exatamente para substituir a vingança, que era a justiça feita com as próprias mãos. Repito: a punição legal não é vingança, mas tem que ter o efeito de dissuasão para ser efetiva. A punição tem que ser tal que os indivíduos, dentro de um grupo,  se conformem em controlar sua animalidade, seus instintos, e agir conforme as regras.
No próprio crime organizado existem leis e elas são cumpridas. Poucos desafiam um traficante, por exemplo, porque sabem quais serão as consequências. No entanto desafia-se diariamente a polícia, a Justiça e o estado de Direito, exatamente porque sabem que nada lhe acontece. Ninguém teme uma lei que não pune.
Mas, no Brasil, de repente, viramos uma sociedade que tem horror à punição. Essa palavra, junto com a repressão, foi banida do nosso vocabulário. Tornamo-nos um paraíso dos delinquentes onde ninguém jamais é punido. Só que esse paraíso, para alguns, é um inferno para outros. É um inferno para as vítimas e seus parentes e amigos, que tem que continuar sua saga de sofrimento sem reparação e sem solidariedade alguma do Estado ou das ONG's que se dizem protetoras de Direitos Humanos. E os demais cidadãos honrados, tem que seguir desarmados, desprotegidos e também sujeitos à mesma violência a qualquer momento; e não podem sequer reclamar pois são taxados de fascistas, direitistas, repressores e outros pejorativos.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

País zumbi

No Brasil, a cultura da impunidade e de as pessoas não terem responsabilidade pelos seus atos está beirando a patologia. A continuar assim o país inteiro vai ter que se deitar no divã para descobrir os motivos dessa infantilidade coletiva. Aqui ninguém é responsável por nada. O indivíduo dirige embriagado e mata, mas nada lhe acontece a não ser um aborrecimentozinho de ter que responder a um inquérito. Há alguns anos, um irresponsável, dirigindo muito provavelmente bêbado, pois saia de uma boate pela manhã, em Belo Horizonte, veio dirigindo por uma avenida movimentada na contra-mão, atingiu o veículo de um pai que levava as criançãs pro colégio e matou esse pai de família. O que lhe aconteceu? Até agora, nada.
Estamos assistindo estarrecidos ao espetáculo macabro de "menores de idade" de quase dezoito anos assaltando, atirando, mesmo tendo obtido o objeto do desejo, ateando fogo às pessoas, estuprando, sabendo de antemão que nada vai lhes acontecer (aos "menores" é claro). Toda criança de sete anos sabe o que é certo e o que é errado. Sabe o que pode e o que não pode ser feito em sociedade. Entretando, aos adultos de 16/17 anos é concedido um indulto prévio.
A pobreza e a desigualdade são um crime constante que se comete neste país contra uma grande parcela do nosso povo, mas não explicam e não podem justificar essa violência. Até porque nada pode justificar a perda de uma vida. O que explica essa violência é a cultura da impunidade que anda solta e que propicia a corrupção, o tráfico de drogas, o contrabando de armas. A culpa da violência pode e deve ser debitada a essa classe política nojenta que só assume as funções públicas para se locupletar, que nada faz para propiciar uma educação de qualidade ao povo, que quer enganar a todos fingindo que sair da miséria é ganhar mais de 70 reais por mês, fingindo que que bolsa-disso e bolsa-daquilo vai resgatar alguém da desigualdade, fingindo que o incentivo ao endividamento e à  gastança descontrolada com bugigangas inúteis é meio de ascenção social.
É nesse caldo de cultura que proliferam os vírus e as bactérias da violência, do desrespeito à vida e aos outros seres humanos e animais. Uma nação não é um hino, uma bandeira colorida, um nome, um time de futebol. Uma nação é apenas a expansão de uma comunidade de famílias, de seres interligados por um parentesco de sangue, de língua e de cultura. Estamos deixando de ser tudo isso. Estamos nos desmanchando como nação. Estamos nos tornando um país zumbi, cheio de mortos-vivos andando por aí, sem sentido, sem coesão e sem objetivo.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

A segunda dama

A segunda-dama anda furiosa. Rosemary Nóvoa não quer pagar o pato sozinha, afinal tudo o que ela fez foi com o conhecimento e consentimento da maior autoridade da República de então. Ela não tinha, nunca teve, poder próprio. Aliás, seu poder estava escondido debaixo da saia. O deslumbrado presidente de então é quem lhe proporcionava, além das mordomias, claro, o poderio do qual ela fez uso e abuso à vontade.
Abandonada à própria sorte, tendo de enfrentar acusação atrás de acusação, a segunda-dama acusou o golpe e promete...tchan, tchan, tchan,...vingança! Quer melar o jogo jogando a lama no ventilador. Seria bom que o fizesse. A nação penhorada agradeceria. Nada melhor pra tirar os podres para fora do que uma "ex" irada.
Desde que a PF começou a operação, Lula desapareceu da vida da Rose, coitada. Nem para dar um telefonema de apoio. Nada.  Ele, que não é bobo,  sabe muito bem que alguém pode gravar sua conversa, a começar da própria Rose. E Lula não é de dar apoio a ninguém. Não fez isso com Dirceu, não fará com Rosemary. Caiu? Se vire. Lula é antes de tudo um sindicalista.

Aliás, só para registro, Lula, o falastrão, mantém um silêncio muito significativo há 160 dias. Vai até "escrever" no The New York Times, mas não fala nada sobre a Rose. Os tempos mudam. Na época de Cartola eram as Roses que não falavam.

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