domingo, 15 de setembro de 2013

O buraco da fechadura é mais embaixo.

Dilma está de mal com Obama. Fez beicinho, bateu o pé e agora vai cancelar a visita aos States. Bem feito, Obama, quem mandou espionar os emails dela! Agora ela não brinca mais.

Até parece que a novata não sabia que na política internacional a espionagem é uma ferramenta de trabalho. Aliás, espionar é uma das atividades humanas mais praticadas desde que se inventou o buraco da fechadura.
Todo mundo espiona todo mundo. Só a Dilma, novata que é, repito, no mundo da grande política, pensava estar imune a isso. Ou fingia pensar.
O que não se entende é o grau exagerado de indignação. Uma nota diplomática de repúdio bastaria para encerrar o assunto, não? Será preciso transformar esse fato num caso de Estado, a ponto de cancelar a visita presidencial? Quando o governo Evo Morales mandou inspecionar o avião onde estava o chanceler brasileiro não se viu um pio nem da presidenta, nem do Itamaraty e isso parece ser um problema muito mais grave que a tal espionagem da NSA pela internet, que acontece todos os dias, no mundo inteiro e todos sabem disso.
Além de ser uma criação de caso desproporcional, essa atitude não levará a efeito prático algum, pois os Estados Unidos e outros países vão continuar a fazer o que sempre fizeram.  O buraco dessa fechadura é muito mais em baixo do que pensa esse governo calouro do Brasil.
O efeito prático que poderá ter o cancelamento da visita é até contrário aos nossos interesses, ou alguém, em sã consciência pensa que romper relações com os Estados Unidos é bom para o Brasil?
O que se vê nesse triste governo Dilma é que a cada passo, caímos mais no terceiro-mundismo ressentido e com complexo de vira-latas. Quem muito tem que reafirmar sua autonomia e soberania é porque no fundo, no fundo, não acredita nelas. Quando é que o Brasil vai crescer?

sábado, 14 de setembro de 2013

Que responsabilidade!

Marco Aurélio, um filósofo estóico, virtuoso, ético,  é considerado um dos melhores imperadores que Roma já teve. Ontem o ministro Marco Aurélio também foi brilhante. Talvez nos seus 34 anos de judicatura não lhe tenha sido dado um momento histórico mais relevante que aquele. No final de seu voto, que não levou por escrito e que sustentou oralmente sem nem consultar seu computador, fechou-o com chave de ouro ao dizer que "o Supremo cresceu em um momento de descrédito das instituições e está agora também a um passo, a um voto, do descrédito. Que responsabilidade, hein, ministro Celso de Mello! "
Não foi preciso dizer mais nada. Com essa frase, o nosso Marco Aurélio sintetizou o que estará nas mãos, no coração e na mente do ministro Celso de Mello. Seu voto, decisivo, dirá ao Brasil em que direção vamos caminhar, se em direção ao futuro, começando por terminar de vez com o assalto ao Estado, ou em direção ao passado, do qual tentamos, mas não conseguimos, nos afastar. Um passado que é de atraso, de coronelismo, de apropriação indevida do Estado por uma elite arcaica, de falta de cidadania, de falta de liberdades democráticas. Estamos vivendo nesse passado desde os tempos da colônia. Tivemos alguns espasmos de modernidade que foram logo sufocados por uma elite que só pensa na manutenção dos seus privilégios. É essa a elite que está, mais uma vez, encastoada no poder com o beneplácito de quem dizia lutar contra ela. É a elite contra a qual Lula vociferava, mas da qual se aproximou como um cãozinho abanando o rabo tão logo teve a oportunidade de receber uns afagos. É essa elite, representada por José Sarney e  sua filha Roseana, por Renan Calheiros, por Fernando Collor, por Paulo Maluf, e por muitos outros que nem convém nomear, que sairá vitoriosa, dependendo do voto do ministro Celso de Mello.
Esse ministro já deu votos memoráveis e históricos, no decorrer do julgamento do mensalão. Não creio que nos decepcionará.
E o ministro Marco Aurélio, teve a chance da grandeza e não a desperdiçou, ao contrário, soube se valer do momento para entrar definitivamente para a história do Supremo e da nação brasileira. 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

A Vaca Sagrada

Uma nova religião foi criada no Brasil. É baseada na crença e na adoração a uma deusa representada por uma Vaca Sagrada. Os sacerdotes dessa religião são membros de uma casta de militantes de um certo partido político e usam a cor vermelha nos seus trajes para distingui-los dos vis mortai e como símbolo de sua religião. 
É uma religião que faz muito proselitismo e acha que tem por missão catequizar todos os povos ignorantes, que ainda não receberam a Revelação. Essa catequese se faz nas universidades, nas repartições públicas, nas redes sociais, na mídia comprada a peso de ouro, enfim por qualquer meio de divulgação da mensagem sagrada.
Essa mensagem não pode ser contestada ou sequer discutida. Membros dessa religião que ousaram contestar os métodos empregados pelos altos sacerdotes foram sumariamente excomungados e alguns até mortos em circunstâncias nunca esclarecidas.
Os altos sacerdotes julgam se inimputáveis. Estão acima das leis e podem fazer o que quiserem.
Os jovens são cooptados a se filiar a esse partido. Lá eles fazem um curso intensivo para aprender como tirar leite dessa vaca. Lá, a  eles é ensinado que o leite dessa vaca (um leite dourado, sólido, metálico) é infinito. Esse leite não acaba enquanto houver oferendas e se fizerenm sacrifícios à deusa.
Claro que essa deusa exige sempre cada vez mais sacrifícios e oferendas. Essas oferendas, chamadas de impostos, contribuições, taxas e emolumentos são feitas pela população ignara e pelas empresas, mesmo que nenhuma delas pertença a essa religião. O objetivo é manter a Vaca Sagrada satisfeita e com as tetas cheias para alimentar os seus adeptos.
As tetas dessa Vaca estão por toda parte e tem nomes diversos: BNDES, Bolsa-isso e Bolsa-aquilo, Petrobrás, Banco do Brasil, e por aí vai. Quem quiser mamar tem apenas que aderir de corpo e alma a essa religião e mostrar serviço adorando e defendendo com unhas e dentes o seu guru máximo, seu sumo pontífice, Lula da Silva e os demais membros da Cúria: suas eminências, José Dirceu, José Genoíno, João Paulo, Delúbio Soares e outros sacerdotes de menor casta. Ah, essa nova religião, "muderna" que é, tem também sacerdotisas importantes tais como Dilma Roussef, Erenice Guerra, Rosemary Póvoa e outras mais.

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