quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Falta de decoro

Mais uma vez, um representante do PT mancha o decoro parlamentar. Já devíamos estar acostumados, mas dessa vez o desrespeito foi longe demais.
Dessa vez foi o vice-presidente da Câmara, Sr. André Vargas, que não se deu ao respeito e, diante do Presidente do Supremo, levantou o braço esquerdo em atitude infantil e ridicula de menosprezo à Justiça brasileira.
Que o Sr. André Vargas queira estar lado dos corruptos condenados é uma opção sua, mas exercendo a função de vice-presidente da casa legislativa, ainda mais em cerimônia oficial em que o presidente do Poder Judiciário era um convidado, ele não podia ter se dado o direito de tal atitude.
Seria o mesmo que o presidente de um dos outros dois poderes dar uma banana pra Dilma, em uma cerimônia oficial em que ela fosse convidada. Imaginem o bafafá se uma coisa dessas tivesse acontecido.
Pois, aconteceu o mesmo, exatamente a mesmíssima coisa.
Diante disso, a Associação de Magistrados se manifestou com a seguinte Nota Pública. E não poderia ser de outro modo.

"NOTA PÚBLICA
DESAGRAVO AO EXMO. SR.MINISTRO JOAQUIM BARBOSA
PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTADOS ESTADUAIS – ANAMAGES, vem a público externar sua insatisfação pela falta de decoro e de respeito ao PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, em razão da conduta antiética do Exmo. Sr. Deputado Federal André Vargas (PT-PR) durante a solenidade de abertura do ano legislativo.
A Constituição da República acolheu a tripartição de Poderes, atribuindo aos Chefes do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Poder Judiciário o mesmo status de mandatários da Nação.
Se o ilustre Deputado, como publicamente tem se manifestado, discorda do julgamento da AP 470, popularmente chamada de processo do mensalão, é um direito seu. Mas, o seu entendimento pessoal, não o autoriza a afrontar a honra e dignidade do Presidente da Suprema corte brasileira, em Sessão Solene na Casa Legislativa.
Ao se colocar de punho cerrado, gesto de contestação e insatisfação dos condenados na referida ação penal quando foram presos, S. Exa. não ofendeu apenas e tão só o Sr. Ministro Joaquim Barbosa, um dos julgadores, mas toda a Nação brasileira, eis que o poder de julgar é atribuído aos magistrados pela vontade soberana do povo, através das normas votadas pelas Casas Legislativas.
Não se diga, como o fez o Ilustre Deputado: “O ministro está na nossa Casa. Na verdade, ele é um visitante, tem nosso respeito, mas estamos bastante à vontade para cumprimentar do jeito que a gente achar que deve”.
O Congresso Nacional, o Senado a República e a Câmara dos Deputados não pertencem  a um partido ou a alguma pessoa, mas sim ao povo brasileiro e devem ser tratados como um santuário da democracia, da diversidade de pensamentos e de ideias.
A independência e harmonia entre os Poderes da República somente serão efetivamente respeitados se o protocolo e a fidalguia imperarem.
O Plenário não é palco ou palanque eleitoral, nem pode admitir condutas contrárias ao decoro parlamentar e à regras mínimas de educação e convivência.
Como cidadão e fora dos limites da casa do Povo, o Sr. Deputado pode se manifestar como bem entender, assim como qualquer outro cidadão, arcando, por óbvio, com as responsabilidade por eventuais ofensas à honra. Contudo, enquanto Parlamentar, tem o dever de se haver com lhanura e fidalguia, máxime quando recebe, junto com seu colegiado,  o Chefe de outro Poder.
Ao Ministro Joaquim Barbosa apresentamos nosso desagravo, com a certeza de que S.Exa. não se deixará abalar pelo incidente e que continuará conduzir o julgamento dos recursos com INDEPENDÊNCIA e LIVRE DE PRESSÕES, honrando a toga e a magistratura brasileira. Ao bom Juiz não importa o resultado de um julgamento, pressões de grupos ou a vontade pessoal de quem quer seja, mas sim A REALIZAÇÃO PLENA DA JUSTIÇA.
Brasília, 04 de fevereiro de 2.014
Antonio Sbano"

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Simplesmente um crime

A presidenta, em recente rolezinho por Portugal, conferindo as delícias do capitalismo, e por Cuba, conferindo as delícias do comunismo, declarou alto e bom som: "O Brasil quer se tornar parceiro de primeira ordem de Cuba".
Será que entendi direito? Ao lado do país caribenho está a maior economia do mundo, que já tentou fazer acordos de cooperação comercial conosco (como a Alca) e que Lula desdenhou com a justificativa que tinha de fortalecer o Mercosul, mas queremos ser parceiros comerciais de quem nada produz e nada pode comprar porque não tem recursos!
O governo Dilma já investiu 2 bilhões de reais na ilha. Tenta justificar o injustificável alegando que, na construção do porto de Mariel foram comprados produtos brasileiros, gerando, portanto, emprego aqui. 
Por acaso, se esse dinheiro fosse empregado, por exemplo, na recuperação de estradas, em reformas de aeroportos e portos marítimos brasileiros geraria empregos onde? Na lua?
O pior de tudo é que tanto os empréstimos para Cuba, como para Angola, são classificados como secretos e nem o Congresso sabe do seu conteúdo. Imagine-se um governo alemão, japonês, inglês ou americano que emprestasse dinheiro a terceiros sem que o corpo legislativo do país pudesse ter conhecimento dos termos desse acordo! Dá para imaginar o que ocorreria? Impeachment seria o mínimo!
O que o governo Dilma está fazendo ao priorizar investimentos em ditaduras quebradas, que não terão condições de nos pagar (depois perdoa-se as dívidas, como já fizeram), é simplesmente um crime de lesa-pátria, um crime contra os brasileiros. As estradas estão matando centenas por ano, por falta de condições mínimas de segurança. Os portos, atulhados, estão impedindo a economia de crescer e destruindo qualquer competitividade que os produtos brasileiros poderiam ainda ter no exterior. A cidades carecem de estrutura que permita a mobilidade urbana.
Dilma não está fazendo isso por simples ideologia. Ela não seria tão burra a ponto de dar de bandeja motivos de crítica à oposição em um ano eleitoral. O que ela e seu partido estão visando é outra coisa. É que boa parte desse dinheiro deve retornar aos cofres do partido. O "modus operandi" do PT não muda. Foi assim nas prefeituras com a coleta de lixo (Celso Daniel deve estar se revirando na cova). Foi assim no mensalão. E agora inventaram esse novo meio de enfiar a mão no nosso bolso para financiar a campanha deles. Sai dinheiro do BNDES, volta doação da Odebrecht. Simples assim.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Administração esquizofrênica

Os Estados, em geral, são grandes gastadores e gastam mal. No Brasil essa situação chega às raias do inacreditável, do surreal. O Estado brasileiro, principalmente depois da Constituição de 88, passou a ser um gastador inverterado sem ter os recursos correspondentes. Nossa carga tributária subiu aos píncaros e ainda seguimos produzindo deficit. O tal superavit primário não contabiliza os juros da dívida pública, portanto é uma ficção. É como se uma pessoa estivesse com as contas estouradas, mas desconsiderasse os juros dos empréstimos, do saldo negativo da conta corrente e do cartão de crédito, na hora de fazer as contas.

Com os governos do PT chegamos então à esquizofrenia administrativa. O governo amplificou absurdamente os gastos para a compra de votos, despistada em bolsas-disso, bolsas-daquilo, que não terão nenhum retorno econômico ou social, a não ser o "retorno" eleitoral para eles mesmos.
Além disso, faz doações para ditaduras africanas e investe na infraestrutura de Cuba, como se essas questões estivessem plenamente resolvidas aqui.

Em paralelo, penamos do lado de cá, com a infraestrutura sucateada, elevando nossos custos e diminuindo a nossa produtividade. E ainda se espantam por que o investimento estrangeiro está secando e por que motivo o PIB não cresce.

A especialidade da Mãe do PAC é anunciar, como realidade, obras e projetos mirabolantes, que só estão no papel e dali não sairam.

Só para relembrar alguns itens, a  governanta, junto com o seu antecessor, anunciou com pompa e circunstância a construção de 6.000 creches, 800 aeroportos, o trem-bala, a transposição do S. Francisco. Só para a duplicação do anel rodoviário e o metrô de Belo Horizonte já foram 7 anúncios. Pela quantidade de promessas, o Brasil já seria uma Singapura. Nem mesmo as construções dos estádios, outro desperdício de dinheiro, nem as obras de infraestrutura do entorno, exigidas pela FIFA, estão dentro do cronograma.
Mas quando se olham as estatísticas, vemos o Brasil entre os primeiros lugares nas piores coisas: índice de analfabetismo, índice de corrupção, dificuldade para se fazer negócios, violência urbana, etc.

É o país do faz-de-conta, dos sonhos grandiloquentes que jamais se realizarão.

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