domingo, 5 de outubro de 2014

A voz da urnas

Está aí o resultado das urnas, a única pesquisa que vale. O Ibope errou! Que novidade! Já na sexta e no sábado o Ibope começou a mudar os números para o vexame não ficar muito grande, mas não dava para mudar tanto assim, apesar do enorme salto que teria dado a candidatura do Aécio, passando de 19 para 27%.
Na pesquisa de boca de urna, o Ibope "detectou" as intenções de voto no Aécio em torno de 30%. Ainda assim errou feio. Qual será sua posição agora no segundo turno? Vai continuar errando? Se continuar assim, de erro em erro, daqui a pouco ninguém mais vai encomendar seus serviços, pois não servem para nada. Ou melhor, desservem porque desinformam.
O eleitor brasileiro, em que pese boa parte da população ser mal informada, manipulável, presa fácil da demagogia, está claramente dizendo que não aguënta mais, que quer uma mudança na maneira de governar e de fazer política nesse país.
E o grande derrotado dessa eleição foi Lula e o PT. Em S.Paulo estado onde o PT foi fundado, seu candidato-poste perdeu de lavada, junto com o senador Eduardo Suplicy; e a bancada de deputados federais encolheu de 15 para 10. No seu estado natal, Pernambuco, o PT não elegeu ninguém, nem governador, nem senador, nem mesmo um deputado federal, enquanto o PSDB que não tem tradição de boa votação no nordeste, fez 3 deputados federais.
O eleitorado está claramente dizendo que se cansou do PT e seu discurso vazio; que deu ao PT uma chance por 12 anos de trasnformar o país, um país que tinha todas as condições para avançar, que contava com uma moeda estável e com as finanças equilibradas. Bastava a vontade política para fazer as reformas necessárias, mas o PT preferiu montar a estratégia de se manter no poder para sempre ao invés de investir nas reformas, e deixou, mais uma vez, a oportunidade passar à nossa porta.
O país entretanto não desistiu. Quer avançar, como ficou explícito nas manifestações de junho de 2013. Quer acabar com a corrupção endêmica, com a violência urbana, com a falta de perspectiva de uma parcela de seu povo. O Brasil quer realizar o seu destino manifesto de grande nação. Isso ficou claro na eleição de hoje. Vamos conseguir!

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Cega, surda e muda.

Como é que um diretor de uma estatal, a maior empresa da América Latina, pode roubar dessa empresa 70 milhões de reais e ficar lá por 12 anos sem que ninguém perceba? Como ele não roubava só para si, a roubalheira não foi "só" de 70 milhões de reais. Agora, com as confissões do doleiro, ficaremos sabendo de quantas e quais pessoas estavam no mesmo "projeto". 
Em qualquer país sério o governo inteiro teria caído só por conta da existência desse diretor! Entretanto, dona Dilma ontem participou do debate na rede Globo e referiu-se a esse assunto com a maior tranquilidade, ainda se louvando de ter sido ela quem o demitiu. Como se fosse possível diante disso tudo ainda não tê-lo demitido. Na verdade, oficialmente ele teria pedido demissão e ainda acaboiu por receber elogios por escrito do governo que o demitia.
Dona Dilma nem se abala diante dessa constatação. "É assim mesmo, diz ela, é costume no governo dar-se a "chance" de o funcionário a ser demitido, fingir que pede demissão". Sabemos que há casos em que há uma demissão, digamos, "elegante", mas isso só vale para as demissões normais. Casos de crime continuado contra o patrimônio público deveriam merecer algemas e não elogios.
Se o PC da Dilma, ou melhor, Paulinho do Lula, não saiu da Petrobrás algemado é porque ele fazia parte de um grupo cujo "projeto" era surrupiar dinheiro de empresas públicas. E esse grupo o protegeu enquanto foi possível, pois protege-lo equivalia a proteger a si mesmos.
Outra dedução lógica é que os membros desse grupo, dessa quadrilha, necessariamente teriam ser ainda mais poderosos que o Paulo Costa, o diretor, senão como protegê-lo?
Aí vem a pergunta que não quer calar: quem era mais poderoso que o Paulo Roberto Costa, quando exercia a função de diretor de Abastecimento da estatal?
Resposta: José Gabrielli, ex-presidente; Dilma Rousseff, ministra das Minas e Energia e presidente do Conselho; Lula da Silva, presidente da República. Esses três e mais ninguém. Elementar, meu caro Watson! Só não vê quem não quer ver, ou então a Justiça brasileira que é cega, surda, muda e paralítica!

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Que vergonha, OAB!

O Brasil é mesmo um país ao avesso. A OAB, entidade que um dia já foi respeitada pela sua posição libertária, agora veste uma capa inquisitorial e nega ao ex-presidente do Supremo Tribunal o direito de exercer sua profissão de advogado! O motivo, reles e fútil, é que a postura do magistrado Joaquim Barbosa teria ofendido os pruridos dos nossos bacharéis. O ministro Barbosa, ao dizer que haveria uma relação incestuosa entre certos advogados e certos juízes, teria, segundo a OAB, ofendido a toda uma classe.
Seria o mesmo que, se alguém dissesse que há médicos ruins, professores incompetentes, ou políticos ladrões, estivesse a ofender a todos os bons médicos, professores competentes e políticos honestos. Ninguém veste a carapuça daquilo que não lhe diz respeito.
Se a OAB se ofendeu com a a afirmação de Joaquim Barbosa, isso deixa-nos a pensar até que ponto essa Ordem compactua com as mazelas que atingem a Justiça no Brasil e que são uma das maiores razões da impunidade e de não se acabar com os crimes de colarinho branco.
Estranho que, do mesmo modo que a Justiça só é severa com os pobres e bastante tolerante com os ricos, a OAB só se ofende quando se trata de advogados medalhões de gente mais que abastada, aqueles advogados especialistas em livrar corruptos e corruptores da cadeia, aqueles advogados com doutorado e PHD em chicanas e procrastinações.
E o ex-ministro e ex-presidente do Supremo, homem honrado, decente e corajoso, que soube ganhar o respeito e a admiração da maioria do povo brasileiro, é quem está sendo "punido"pela OAB. O Brasil é mesmo um país ao avesso.

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