sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Cega, surda e muda.

Como é que um diretor de uma estatal, a maior empresa da América Latina, pode roubar dessa empresa 70 milhões de reais e ficar lá por 12 anos sem que ninguém perceba? Como ele não roubava só para si, a roubalheira não foi "só" de 70 milhões de reais. Agora, com as confissões do doleiro, ficaremos sabendo de quantas e quais pessoas estavam no mesmo "projeto". 
Em qualquer país sério o governo inteiro teria caído só por conta da existência desse diretor! Entretanto, dona Dilma ontem participou do debate na rede Globo e referiu-se a esse assunto com a maior tranquilidade, ainda se louvando de ter sido ela quem o demitiu. Como se fosse possível diante disso tudo ainda não tê-lo demitido. Na verdade, oficialmente ele teria pedido demissão e ainda acaboiu por receber elogios por escrito do governo que o demitia.
Dona Dilma nem se abala diante dessa constatação. "É assim mesmo, diz ela, é costume no governo dar-se a "chance" de o funcionário a ser demitido, fingir que pede demissão". Sabemos que há casos em que há uma demissão, digamos, "elegante", mas isso só vale para as demissões normais. Casos de crime continuado contra o patrimônio público deveriam merecer algemas e não elogios.
Se o PC da Dilma, ou melhor, Paulinho do Lula, não saiu da Petrobrás algemado é porque ele fazia parte de um grupo cujo "projeto" era surrupiar dinheiro de empresas públicas. E esse grupo o protegeu enquanto foi possível, pois protege-lo equivalia a proteger a si mesmos.
Outra dedução lógica é que os membros desse grupo, dessa quadrilha, necessariamente teriam ser ainda mais poderosos que o Paulo Costa, o diretor, senão como protegê-lo?
Aí vem a pergunta que não quer calar: quem era mais poderoso que o Paulo Roberto Costa, quando exercia a função de diretor de Abastecimento da estatal?
Resposta: José Gabrielli, ex-presidente; Dilma Rousseff, ministra das Minas e Energia e presidente do Conselho; Lula da Silva, presidente da República. Esses três e mais ninguém. Elementar, meu caro Watson! Só não vê quem não quer ver, ou então a Justiça brasileira que é cega, surda, muda e paralítica!

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