sábado, 25 de outubro de 2014

Cuidado com o vice

Quem votar na Dilma no próximo domingo corre o risco de eleger Michel Temer. A delação do doleiro, informada pela revista Veja, não vai poder ficar por isso mesmo. Ou seja, a investigação terá que ser feita "duela a quién duela" como dizia o amigão do PT, Fernando Collor.
E, sendo feita, sendo quebrados certos sigilos bancários, a "coisa" vai aparecer. E aí, senhoras e senhores, deve se escancarar ao Brasil o maior de todos os escândalos de corrupção como nunca-antes-nesse-país se terá visto. Dilma e Lula terão que explicar como foram parar nas relações de um contraventor confesso, um doleiro, uma figura do submundo do crime. Podem dizer que é mentira do doleiro. Mas ele mentiria em um acordo de delação premiada por que cargas d'água? O que ele ganha com isso? Se mentir perde as "vantagens" da delação! Pura e simplesmente! Portanto não é de seu interesse de forma alguma mentir numa situação dessas.
Ao contrário, as revelações do doleiro fazem sentido. Estranho e improvável seria todo esse lamaçal estar acontecendo dentro da Petrobras e a presidente do Conselho, Dilma, e o presidente da República, Lula, depois Dilma, não terem ouvido nem um boatozinho. E, pior, desde 2008 quando o escândalo de Pasadena veio à tona, Lula e Dilma simplesmente descartaram o assunto, como se fosse invenção. Isso foi crime de prevaricação. Como funcionários públicos de alto escalão teriam a obrigação de ter investigado e punido os responsáveis.
Não o fizeram, ou foi por negligência ou por conivência. Não há terceira hipótese. Por isso, perca ou ganhe as eleições (o que não acredito) Dilma terá que prestar contas à Justiça. E isso é impeachment à vista. Cuidado com o vice!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Homenagem ao Malandro (Quem te viu, quem te vê)

Foi patético ver Chico Buarque desfilando seu bloco a favor da reeleição da Dilma e cantando loas ao PT. Tem gente que tem dificuldade de abandonar os erros da juventude. É compreensível. Mas não deixa de ser patético, ver aquele senhor de mais de setenta anos, fingindo que acredita com ardor juvenil naquela patacoada toda.
Afinal Chico foi um símbolo para toda uma geração. Chegou a ser considerado unanimidade nacional. Dizem as más línguas que até a filha do Geisel, Amália Lucy, solteirona, gostava dele. E para muita gente dessa geração que lutou contra a ditadura  Chico era um ícone. Daí a decepção ao vê-lo tão pequeno, tão constrangido, cantando sem a menor convicção.
Talvez seja por isso que Chico não compõe mais ou que suas ultimas obras não tenham tido, nem de longe, a força das obras daquele tempo em que eram, ou pareciam ser, mais verdadeiras.
As Musas já o abandonaram há muito, envergonhadas daquilo em que ele se tornou: um garoto propaganda de quadrilheiros e malandros. Mas como o inconsciente nos prega peças (haja vista os inúmeros atos falhos do PT) algumas letras de Chico já prenunciavam o que viria. Em "Homenagem ao Malando" ele nos disse: 

"..agora já não é normal, o que dá de malandro regular, profissional
malandro com aparato de malandro oficial,
malandro candidato a malandro federal,
malandro com retrato na coluna social,
malandro com contrato, com gravata e capital,
que nunca se dá mal"

Nada mais parecido com esse escândalo da Petrobras, a maior roubalheira que já houve no Brasil. É a esse malandro que Chico presta essa deprimente homenagem.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Sem manipulação!

Cansativa essa repetição dos institutos de pesquisa que jogam fora sua credibilidade a serviço de outras "causas". Tive um professor de estatística que dizia em sua primeira aula: "A Estatística é a ciência (ou arte) de mentir com os números". Bem lúcido da parte dele, que colocava as coisas na perspectiva correta que devem ter. Ou com disse o nosso filósofo do futebol: treino é treino, jogo é jogo.
A amostragem não substitui a realidade. Quando bem feita (e isenta) pode até nos dar uma aproximação mais ou menos confiável. Já se disse também que a amostragem por cotas (como são feitas as pesquisas de voto no Brasil) não permitem estimativas de margens de erro, portanto, conforme a piada que circula na internet, pela margem de erro do Ibope, a mulher mais bonita do mundo tanto pode ser a Giselle Bündchen, como a Graça Foster.
Entretanto, a divulgação dos dados de pesquisa, com maior ou menor grau de certeza, acaba por influenciar muita gente. Isso não é de modo algum benéfico à democracia, sem falar na possibilidade de ajudar a mascarar qualquer tipo de fraude. Não sejamos ingênuos em pensar que as urnas eletrônicas são à prova de adulteração. No mundo virtual não há nada que seja imune à fraude, à invasão e à espionagem. Por isso, penso que o TSE deveria proibir a divulgação de pesquisas de voto a menos de 30 dias da data das eleições.
Qual é a utilidade dessa divulgação ao país? Em que isso ajuda o processo democrático? O importante na escolha do candidato não é o seu programa de governo e o que ele representa?
Portanto as pesquisas só interessam aos candidatos e a seus partidos e a ninguém mais. Cada um que faça a sua, se balize por ela e pronto. Que o povo e, principalmente, as pessoas menos informadas possam decidir por conta própria, sem manipulação.

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