sábado, 14 de março de 2015

Bolsa-protesto

O PT é um partido criativo. Depois de inventar uma classe trabalhadora, que não trabalha, e uma elite, que dá duro pra pagar os impostos que sustentam os que não trabalham, inventou também o protesto-a-favor. Aliás, uma pergunta ociosa, o que se viu nas ruas ontem é que era o Exército do Stédile? Isso é o máximo que eles conseguem por na rua, mesmo oferecendo lanchinho, dando camisetas, bonés e bandeiras, disponibilizando ônibus e pagando a bolsa-protesto de 65 reais por cabeça? Como o DNA do PT só permite o protesto - eles não sabem, ou não querem,  construir nada - fica difícil fazer outra coisa, então tem que ser criado o protesto-a-favor.
São os estertores de um partido que acaba melancolicamente enlameado até o pescoço e cujos líderes, ou estão enfiados na corrupção e tem motivos para se agarrar às últimas possibilidades de defesa, ou se recusam a enfrentar a realidade.
Houve uma época em que ainda se podia creditar às esquerdas a boa fé. Erravam, matavam, destruiam, mas tudo era "justificado" em nome da boa fé, da boa vontade, da vontade de "libertar" os mais desfavorecidos.
Agora esse discurso não cola mais. Sabemos que, por trás dessa "bondosa" fachada pseudo-socialista, o que há é um egoísmo dos mais ferrenhos e desconcertantes, o que querem é tão somente manipular as massas pobres e ignorantes para criar uma estrutura de poder e nele se instalar com todas as benesses e mordomias, que sempre atribuiram ou imaginaram ser o modus vivendi das elites.
Até o ódio, que sempre manifestaram contra o que chamam de elite, era, nada mais, nada menos, que inveja e despeito. Nos anos 60 havia um personagem de HQ que se chamava Isnogud e seu lema era: "eu quero ser califa, no lugar do califa". A chamada esquerda pode ser comparada a esse personagem. A diferença entre eles é que Isnogud nunca chegou a ser califa, coisa bem diferente que aconteceu com a esquerda brasileira, que agora tem pavor de perder o califado. Como disse o Exu de Garanhuns: "somos capazes de fazer o diabo". São mesmo!

quinta-feira, 12 de março de 2015

Vamos pra rua!

Na verdade, Dilma não tem tanta culpa. Ela é o que é, nasceu assim, não pode fazer nada. A culpa maior é do Exu de Garanhuns, que inventou esse poste do nada, que sabia de sua incompetência, mas, para servir aos seus propósitos de retornar ao poder, a escolheu e impôs ao partido, pouco se lixando para as consequências nefastas ao país.
Nada me tira da cabeça que Lula escolheu a dedo essa anta, exatamente porque sabia que era uma anta. Só errou porque pensou que ela seria uma anta manipulável. O problema é que ela se revelou uma estúpida arrogante. Lula é ignorante, mas é esperto. Dilma porém é uma anta arrogante.
Ela ainda não se deu conta do tamanho do problema em que estamos todos enfiados. Estamos há apenas 2 meses e meio do início do seu mandato e ninguém aguenta mais, nem mesmo os que votaram nela. E agora? O que fazer? Será que o Exu é quem tem a resposta? Foi a ele que Dilma recorreu afobada, mais uma vez, depois de levar vaia sobre vaia dos trabalhadores de uma feira da construção civil. Que vexame! Dessa vez não dá nem para culpar a zelite.
Só Dilma ainda não entendeu que, para Lula, ela já é carta fora do baralho. Já serviu aos propósitos dele e agora é só um contrapeso, que está cada vez mais difícil de carregar. Marta Suplicy, a porta-voz do Exu, tem deixado isso bem claro em suas recentes manifestações. 
Ainda por cima, a gerentona promove o bocó do Mercadante a articulador político, o que a afasta ainda mais de Lula e piora a articulação política. Ou seja, Dilma está no mato sem cachorro. Não tem o apoio do PT porque nunca o teve; não tem mais o apoio do padim-padre-ciço, porque o padim tem outros objetivos; não tem mais o apoio do PMDB, porque o PMDB já traiu políticos muito mais hábeis, não seria dessa vez e com essa dona que iria demonstrar lealdade. Quase que quem acaba por lhe dar apoio foi, pasmem, FHC!!! Ainda bem que recuou!
O PSDB, ao invés de empurrar ladeira abaixo um governo sem credibilidade e sem sustentação, quer ainda fazer uma oposição light, de primeiro mundo, como se estivéssemos na Suécia! 
Resumo da ópera: essa dona não se sustenta por 4 anos e quanto mais tempo demorar para cair, pior para a nação. É um gesto até patriótico tirá-la de lá rapidamente. Vamos pra rua no dia 15!

domingo, 8 de março de 2015

País do faz-de-conta (Cadê o Lula na lista?)

Essa nova revelação, a de que o ministro da Justiça terá se encontrado, secretamente na Argentina, com o Procurador Geral ainda na fase da elaboração dos pedidos de investigação, é bombástica!
Em qualquer país sério, o ministro cairia de imediato e o Procurador também. Nenhum dos dois é mais confiável para prosseguir nessas funções! So vão continuar nos cargos porque estamos no Brasil um país de faz-de-conta.
O presidente do Senado acusa o executivo de ter influenciado a lista! Diz que a presidenta queria, porque queria, que o nome de Aécio estivesse na lista! Isso só não aconteceu porque não havia a mínima possibilidade de acusá-lo. Mas manteve-se o Anastasia simplesmente porque um policial corrupto disse que entregou dinheiro em uma casa (que não sabe qual, nem tem o endereço) e que a pessoa que recebeu o dinheiro era parecida com o ex-governador!
Já sabíamos que o PT é capaz de "fazer o diabo", mas dessa vez eles se superaram.

Então o Procurador quer que a gente concorde, que nesse esquema de roubalheira na Petrobras durante o governo Lula e o governo Dilma, nem Lula, nem Dilma devem ser investigados? Não há indícios? Como não, cara-pálida! Há mais que indícios! Quem afinal nomeou o Paulo Roberto Costa, quem nomeou o Renato Duque? Quem aprovou a compra de Pasadena? O ex-diretor disse que Dilma sabia, que Lula sabia! Nada disso vale? Nada é indício suficiente para se iniciar uma investigação? Mas vale a declaração de um corrupto de quinta escalão, que achou o senador Anastasia parecido com o receptador do dinheiro desviado? A troco de quê o PT, que organizou esse esquema na Petrobras, iria doar propina para um membro de um partido que lhe faz oposição? É crível?

Um sistema em que o chefe do Exectivo, que deve ser o mais vigiado, é quem nomeia os seus possíveis vigilantes, o Procurador Geral da República e os ministros do Supremo, é um sistema desenhado para não funcionar. É mais uma ficção nesse país do faz-de-conta.

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