sábado, 21 de março de 2015

Ares de março

Dilma não sabe se corre pra direita ou para esquerda. Em um momento convida um diretor do Bradesco, engenheiro naval com phD em Economia, o Sr. Joaquim Levy, para o ministério da Fazenda; em outro comparece a reunião do MST e tem de ouvir quieta o Sr. Stédile passar-lhe um pito por ter nomeado o Joaquim Levy ministro da Fazenda. Tá difícil, né?
Dilma já tem idade suficiente para saber que não se pode agradar a gregos e troianos. Há que escolher. Não vai dar para ficar pulando de um lado por outro o tempo todo e querendo colher só as benesses de cada lado. Acaba colhendo só as piores coisas dos dois.
Quando pula pra direita quer satisfazer o mercado, o grande vilão do capitalismo, na visão histórica dos trotskistas dos quais Dilma fez parte em tempos longevos. Quando pula para a esquerda quer ganhar um apoio popularesco que no passado já lhe foi suficiente, mas não é mais.
O que fazer? O povo, inclusive muitos entre os quais que ela conseguiu votos por causa do terrorismo psicológico de seu marqueteiro, está nas ruas pedindo a sua cabeça. O guru, ao qual recorria sempre, parece que, ou não está mais disposto a ajudá-la, ou também já esgotou a sua caixinha de truques. O seu partido perdeu a embocadura do discurso e está perdendo também o pique. Muitos já estão em debandada, procurando outros meios de sobrevivência política, como a Marta Suplicy que está praticamente fora do PT.
Se dentro do PT Dilma não encontra solo firme onde pisar, fora do PT então... Nem ela em toda a sua antice, acha que pode contar com  o PMDB ou qualquer outro partido da sua base ex-aliada!
É patético ver a presidente assim, mendigando apoio político aqui e ali, e tendo que se submeter a essa humilhação pública que é levar pito do Stédile!
Por quanto tempo vai aguentar essa situação? Essa é uma pergunta que fica no ar, ou melhor, nos ares de março.

sexta-feira, 20 de março de 2015

O governo Dilma acabou

Menos de 3 meses depois da posse, o segundo governo Dilma acabou. Melancolicamente. 
Ainda resta lá uma sombra. Como um zumbi, Dilma ainda segue no Planalto, morta-viva, se arrastando entre os cacos das ruínas provocadas por ela mesma e soprando aqui e ali as brasas ainda acesas depois do incêndio.
Ao curvar-se à chantagem do PMDB, denunciada como achaque pelo ex-ministro Cid Gomes (que também não é flor que se cheire, diga-se de passagem), 
Dilma decretou o próprio impeachment.
Quem governa agora é o PMDB! 
Daqui por diante, quando quiser que a zumbi faça isso ou aquilo, o caminho já está traçado. E, o melhor para eles é que quem vai continuar levando pancada é o PT!
Nem nos momentos mais delirantes o PMDB poderia sonhar uma situação como essa: governar e ser oposição ao mesmo tempo! Quem propiciou isso foram os gênios políticos do PT.
Quando se sentava no colo do PMDB, o PT pensava que poderia dominar a cena, que todos iriam "comer na sua mão" e que, aos poucos, ganharia hegemonia suficiente para engolir os aliados e reinar sozinho. Ledo engano!
É isso que dá, subestimar a inteligência dos outros. A prepotência e  a megalomania, aliada à burrice e à falta de contato com a realidade, cedo ou tarde cobra seu troco.
O PMDB é um partido "velho", constituído de profissionais da velha e da nova política. Acostumado a vergar para não ter que ceder. Consciente de que o que faz é só política comum (da boa e da ruim), não pretende ser a salvação nacional, muito menos a salvação da espécie humana! Um partido que consegue abrigar um Pedro Simon e um Sarney, um Jarbas Vasconcelos e um Renan Calheiros, sem maiores conflitos, não pode ser constituído por amadores.
O PT confiou demais na mística e enfiou o pé na jaca. Agora não tem retorno. Toda a esperteza foi por água abaixo. Saiu a esperteza de cena e ficou patente que só existia a velhacaria.
Agora resta a Dilma, para não fazer esse papel, renunciar ao governo e deixar pelo menos o ônus também nas costas do PMDB. Para quem já perdeu o comando, a renúncia traz pouca alteração. O problema continua sendo nosso, cidadãos brasileiros.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Sem noção

O PT não tem, e não quer ter, noção do que é o público e o que é privado. Agora, para espanto de quem ainda pensa no país como uma república, pode se ler no site do ministério da Comunicação   
          "As responsabilidades da comunicação oficial do governo federal e as do PT/Instituto Lula/bancada/blogueiros são distintas. As ações das páginas do governo e das forças políticas que apoiam Dilma precisam ser muito melhor coordenadas e com missões claras. É natural que o governo (este ou qualquer outro) tenha uma comunicação mais conservadora, centrada na divulgação de conteúdos e dados oficiais. A guerrilha política precisa ter munição vinda de dentro do governo, mas ser disparada por soldados fora dele.
O PT se considera dono do governo, ou melhor, dono do Estado brasileiro. Não consegue distinguir, e não distingue, os interesses do partido (que são necessariamente privados) dos interesses da nação, que são públicos. Nesse documento, o ministério diz claramente que o governo tem que fornecer a munição para a "guerrilha política", que deve se travada pelos "soldados" de fora, ou seja, pelos blogueiros contratados a peso de ouro. Ou seja, o PT quer fazer uma guerilha política nas redes e contrata blogueiros mercenários para essa função, mas os paga com dinheiro público.
Diante de tamanha cara-de-pau, pergunta-se: onde anda o ministério público? Ocupado demais com a Lava Jato? Esse ministro tem que ser demitido de imediato! Usar o meu dinheiro para financiar blog sujo? Usar informações de governo em favor de uma entidade privada? 
Por essa e por outras é que cada vez mais pessoas pedem a extinção do PT. Essa organização criminosa, disfarçada de partido, perde cada vez mais o senso das coisas. É desespero, sim, mas o que é que a nação tem a ver com isso? Por que a nação ainda terá que suportar esses estertores, como se fosse a responsável pelos erros que essa organização cometeu? Deviam sair de fininho, mas a prepotência não deixa. O auto-engano não se desgruda dessa turma que sempre achou que tudo podia, que eram enviados dos deuses para redenção da humanidade, que a roda da história sempre giraria a seu favor. Não será agora que vão admitir que tudo foi uma ilusão. Para alguns, os espertos, uma ilusão bem cultivada e lucrativa. Para os demais, idiotas úteis, apenas a dura realidade, mas é isso que eles não querem enfrentar.

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