terça-feira, 23 de junho de 2015

Cara de pau

É impressionante a cara-de-pau desse Luiz Inácio. Ele fala agora como se fosse um líder da oposição. "que o PT isso, o PT aquilo, só pensa em cargos... que a Dilma se esconde, não fala, não dá boa notícia..."

Dá vontade de perguntar-lhe: Eminência, não foi Vossa Senhoria mesmo quem escolheu esse poste para ser eleito presidente? Não foi da vossa eminente cachola que saiu essa ideia brilhante e que vossa Eminência, do alto de sua autoridade inconteste, fez o seu partido engolir? E o partido que só almeja cargos (e, principalmente, dinheiro público) foi levado a esse estado por quem, Eminência? Quem foi que aparelhou todas as instâncias de governo com apaniguados, apadrinhados, filiados e cumpanheiros tão logo chegou ao poder? Essa foi a senha para que cada um cuidasse de pegar o seu naco.

Agora que o barco está rapidamente afundando quer pular fora e dizer que não tem nada com isso?! Agora desanca com o partido, como se o partido fosse uma entidade autônoma que avançasse sobre o bens públicos acima do controle de seus líderes, entre os quais se inclui a vossa eminentíssima pessoa?!

Tenha a santa paciência! Poupe-nos! O povo brasileiro é lento para compreender, senão não teria eleito tantas vezes essa camarilha, mas não merece ser tratado como se fosse um idiota completo! Esse povo está agora sofrendo e pagando pelos erros e estratégias furadas e desonestas armadas por Vossa Eminência, o Exu Nove-Dedos e seu poste, portanto não merece ainda por cima ter que aguentar essa sua cara-de-pau mal-lavada a vomitar mais mentiras e espertezas.

Devia sumir, desaparecer da vista de todos, já que nos deu de presente essa situação calamitosa, já que nos fez retroceder 20 anos, já que jogou a credibilidade do Brasil na lama, quebrou a maior empresa do Brasil e implantou o maior esquema de corrupção institucionalizada do mundo. Ainda não chega? Não é suficiente?

Ora, senhor Luiz Inácio, cale a boca e aguarde a sua vez que a hora da verdade está chegando.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Triste fim

Melancólico final esse do Olacyr de Moraes. Julgo à distância, sem conhecer os meandros da sua vida. Julgo apenas pelas aparências, mas as aparências são tudo o que o empresário, o ex-rei da soja, nos deixou de si mesmo.
Quando resolveu aparecer no jet-set sempre acompanhado das "amigas", jovens bonitas, e sempre de duas ou três ao mesmo tempo, Olacyr queria deixar uma mensagem: a de um bon-vivant bem sucedido, rico e feliz, garanhão cercado de mulheres bonitas, curtindo do bom e do melhor. Essa foi a imagem que ele divulgou por um longo tempo. Direito seu, isso não se discute.
O que eu quero ressaltar aqui é uma outra coisa. É o vazio que acompanhou toda essa trajetória. Um homem tão rico, poderia ter feito doações filantrópicas (talvez as tenha feito, mas isso não é de conhecimento público), poderia ter incentivado a educação, o desenvolvimento profissional de tantos jovens carentes. Deixaria uma marca pessoal e seria um exemplo para outros ricaços como ele. Seria lembrado pelo bem que tivesse espalhado em torno de si. Seu fim seria talvez lamentado como uma perda para o seu povo, o seu país.
Mas, não, preferiu se exibir no hall da fama e do glamour até que tudo acabasse, como acabou. Morreu e não deixou nada.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Humor a favor?

É, Jô! Não sei porque mas eu sabia que um dia você ia dar uma bola fora.
O problema não é você apoiar a Dilma e achar que ela seja uma excelenta presidenta. Isso é problema e um direito seus, como um cidadão qualquer. Mas fazer em seu programa de TV a apologia do descalabro, da incompetência e da má-fé, isso não é direito seu.
Apresentar argumentos rasos, como: se foi eleito, temos que aguentar! Não é assim e você sabe disso. Quando o Collor foi defenestrado, de que lado você estava? Defendendo  a legitimidade do então presidente, tão eleito quanto a Dilma? Que você não queira a Dilma fora do Planalto é opção sua, mas não pode querer desmoralizar, com essa argumentação fajuta, quem pensa que ela deva sair.
Fiquei com a pulga atrás da orelha pensando sobre o que é que me teria sempre inspirado uma certa desconfiança em suas atitudes. Sabe o que concluí? O seguinte: durante todos os anos da ditadura militar em que muitos artistas e humoristas (até Moacyr Franco foi censurado!) foram perseguidos, presos e exilados, você passou de liso. Seu programa fez initerruptamente sucesso na TV Globo, aquela que, por apoiar a ditadura (e se apoiar nela), um dia já foi alvo da ira da esquerda.
Enquanto a censura comia solta, você encarnava papéis com o do Gandola, aquele que tinha contatos no Exército, o do Capitão Gay e até mesmo fazia humor com a condição dos exilados, na pele do personagem "Sebá, codinome Pierre",  o último exilado, que telefonava de Paris para a sua mulher Madalena no Brasil e sempre terminava com o bordão: você não quer que eu volte! E a Censura não o incomodava.
Isso não é uma acusação de nada, obviamente, mas também não é um atestado de desassombro e coragem.
Talvez seja isso, essa pulga talvez tenha tido sua origem nessa época. Por isso quando você fez esse papel ridículo achei que você tinha finalmente encontrado o seu verdadeiro personagem.
Como dizia o Guru do Méier: Só existe humor contra. O resto é armazém de secos e molhados.

Seguidores do Blog

No Twitter:

Wikipedia

Resultados da pesquisa