segunda-feira, 22 de junho de 2015

Triste fim

Melancólico final esse do Olacyr de Moraes. Julgo à distância, sem conhecer os meandros da sua vida. Julgo apenas pelas aparências, mas as aparências são tudo o que o empresário, o ex-rei da soja, nos deixou de si mesmo.
Quando resolveu aparecer no jet-set sempre acompanhado das "amigas", jovens bonitas, e sempre de duas ou três ao mesmo tempo, Olacyr queria deixar uma mensagem: a de um bon-vivant bem sucedido, rico e feliz, garanhão cercado de mulheres bonitas, curtindo do bom e do melhor. Essa foi a imagem que ele divulgou por um longo tempo. Direito seu, isso não se discute.
O que eu quero ressaltar aqui é uma outra coisa. É o vazio que acompanhou toda essa trajetória. Um homem tão rico, poderia ter feito doações filantrópicas (talvez as tenha feito, mas isso não é de conhecimento público), poderia ter incentivado a educação, o desenvolvimento profissional de tantos jovens carentes. Deixaria uma marca pessoal e seria um exemplo para outros ricaços como ele. Seria lembrado pelo bem que tivesse espalhado em torno de si. Seu fim seria talvez lamentado como uma perda para o seu povo, o seu país.
Mas, não, preferiu se exibir no hall da fama e do glamour até que tudo acabasse, como acabou. Morreu e não deixou nada.

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