sexta-feira, 26 de junho de 2015

MacunaDilma

Uma coisa temos que admitir: há muito tempo não rimos tanto de um governante como agora. Tem gente mal-humorada que diz que enquanto rimos, eles e elas, os homo sapiens e as mulheres sapiens,  continuam a se refestelar nas verbas públicas e nós é que pagamos o pato. Sim, é verdade, mas isso não nos impede de rir. Melhor sofrer rindo, do que sofrer chorando.

Dilma Rousseff vai ser lembrada com a presidenta-piada-pronta. Não há um pronunciamento, sem ser aqueles decorados e preparados por marqueteiros, em que a Pomba-Gira do Planalto não solte o verbo com frases desconexas, sem sentido ou simplemente hilárias.

Quando a gente pensa que já atingiu o ponto mais baixo da estupidez, vem mais uma frase superando todas as outras. Dá pra fazer um dicionário de besteirol. O dicionário do Dilmês primitivo. Agora é a louvação da mandioca! A mulher sapiens esclarecendo ao mundo que a mandioca é a maior conquista brasileira. 
Pobre Brasil! Apesar de ter uma população enorme nunca conseguimos um prêmio Nobel. Não nos destacamos em nada que signifique avanço científico ou tecnológico, nem sequer somos mais o país do futebol; e temos que reconhecer que a nossa maior conquista é a mandioca, que nem é conquista, é apenas um fato natural e não precisa sequer ser plantada. Essa é a mulher sapiens, presidenta dessa pátria educadora!



Macunaíma, o herói sem nenhum caráter tem sido, infelizmente, um símbolo adequado do brasileiro, com sua preguiça, descaramento, falta de compromisso, cupidez, esperteza malandra e outras mazelas que nos definem e nos afundam no charco permanente da ignorância e do atraso. Só para comparar, eis alguns trechos antológicos da fábula de Mário de Andrade: 

"O divertimento dele era decepar cabeça de saúva. Vivia deitado mas se punha os olhos em dinheiro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém."


"Macunaíma ficou muito contrariado. Ter de trabucar, ele, herói. . . Murmurou desolado: — Ai! que preguiça!. . . Resolveu abandonar a empresa, voltando prós pagos de que era imperador."

"Macunaíma passou então uma semana sem comer nem brincar só maquinando nas brigas sem vitória dos filhos da mandioca com a Máquina. A Máquina era que matava os homens porém os homens é que mandavam na Máquina..."

Dona Dilma encarna bem esse conceito e, por isso, até que acertou no diagnóstico: nossa maior conquista foi a mandioca. E olhe lá!



terça-feira, 23 de junho de 2015

Cara de pau

É impressionante a cara-de-pau desse Luiz Inácio. Ele fala agora como se fosse um líder da oposição. "que o PT isso, o PT aquilo, só pensa em cargos... que a Dilma se esconde, não fala, não dá boa notícia..."

Dá vontade de perguntar-lhe: Eminência, não foi Vossa Senhoria mesmo quem escolheu esse poste para ser eleito presidente? Não foi da vossa eminente cachola que saiu essa ideia brilhante e que vossa Eminência, do alto de sua autoridade inconteste, fez o seu partido engolir? E o partido que só almeja cargos (e, principalmente, dinheiro público) foi levado a esse estado por quem, Eminência? Quem foi que aparelhou todas as instâncias de governo com apaniguados, apadrinhados, filiados e cumpanheiros tão logo chegou ao poder? Essa foi a senha para que cada um cuidasse de pegar o seu naco.

Agora que o barco está rapidamente afundando quer pular fora e dizer que não tem nada com isso?! Agora desanca com o partido, como se o partido fosse uma entidade autônoma que avançasse sobre o bens públicos acima do controle de seus líderes, entre os quais se inclui a vossa eminentíssima pessoa?!

Tenha a santa paciência! Poupe-nos! O povo brasileiro é lento para compreender, senão não teria eleito tantas vezes essa camarilha, mas não merece ser tratado como se fosse um idiota completo! Esse povo está agora sofrendo e pagando pelos erros e estratégias furadas e desonestas armadas por Vossa Eminência, o Exu Nove-Dedos e seu poste, portanto não merece ainda por cima ter que aguentar essa sua cara-de-pau mal-lavada a vomitar mais mentiras e espertezas.

Devia sumir, desaparecer da vista de todos, já que nos deu de presente essa situação calamitosa, já que nos fez retroceder 20 anos, já que jogou a credibilidade do Brasil na lama, quebrou a maior empresa do Brasil e implantou o maior esquema de corrupção institucionalizada do mundo. Ainda não chega? Não é suficiente?

Ora, senhor Luiz Inácio, cale a boca e aguarde a sua vez que a hora da verdade está chegando.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Triste fim

Melancólico final esse do Olacyr de Moraes. Julgo à distância, sem conhecer os meandros da sua vida. Julgo apenas pelas aparências, mas as aparências são tudo o que o empresário, o ex-rei da soja, nos deixou de si mesmo.
Quando resolveu aparecer no jet-set sempre acompanhado das "amigas", jovens bonitas, e sempre de duas ou três ao mesmo tempo, Olacyr queria deixar uma mensagem: a de um bon-vivant bem sucedido, rico e feliz, garanhão cercado de mulheres bonitas, curtindo do bom e do melhor. Essa foi a imagem que ele divulgou por um longo tempo. Direito seu, isso não se discute.
O que eu quero ressaltar aqui é uma outra coisa. É o vazio que acompanhou toda essa trajetória. Um homem tão rico, poderia ter feito doações filantrópicas (talvez as tenha feito, mas isso não é de conhecimento público), poderia ter incentivado a educação, o desenvolvimento profissional de tantos jovens carentes. Deixaria uma marca pessoal e seria um exemplo para outros ricaços como ele. Seria lembrado pelo bem que tivesse espalhado em torno de si. Seu fim seria talvez lamentado como uma perda para o seu povo, o seu país.
Mas, não, preferiu se exibir no hall da fama e do glamour até que tudo acabasse, como acabou. Morreu e não deixou nada.

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