quarta-feira, 30 de março de 2016

Caê acha feio o que não é espelho

Caetano Veloso e outros artistas e intelectuais de esquerda - se é que é possível ser intelectual e de esquerda ao mesmo tempo - deitaram falação, nessa semana, sobre o processo de impedimento da Madame Satânica. Claro que todos eles "protestam a favor" de Madame e contra os que são contra. Ou seja, é o avesso do avesso do avesso.

Caê deitou falação com toda aquela sua conhecida baianice e maneira barroca e alegórica, elaborada com o propósito de ninguém entender nada, ou melhor, com o propósito de realmente não dizer nada. Ainda assim, dá para interpretar alguma coisa.

Caetano considerou as manifestações do dia 13, como "não suficientemente diferentes da 'Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade' de 64". Caê!!! Que que é isso, mano véio?
Alguma coisa aconteceu com o seu coração, quando cruzou a Ipiranga com a Avenida S.João, Caê! E quando chegou na Paulista, acho que você nada entendeu. Não viu que ali estava uma juventude diferente daquela do seu difícil começo.  Estava ali uma juventude que não se deixou levar por gurus de espécie alguma e não se deixa enganar pelo mito de uma esquerda decrépita, que só se esqueceu de cair e cujo maior representante é aquele morto-vivo lá de Cuba.

Caetano provavelmente não gostou das manifestações porque não viu ali o seu rosto, nem o de Gil, nem o de Chico. Chamou de mau gosto o que viu porque, como ele mesmo explica, Narciso acha feio o que não é espelho e a mente apavora o que não é mesmo velho, não é, Caê? Nada do que não era antes, quando não somos mutantes.

Pois é, tudo o que agora quer esse povo que foi às ruas no dia 13 é novidade para essa geração ultrapassada. Esse povo não quer guias iluminados! Não quer timoneiros geniais! Esse povo quer ser dono de seu próprio destino. Esse povo quer respeito, Caê! Respeito dos políticos e de artistas como você, que antes até puderam liderar corações e mentes (mas você preferiu fugir para Londres), mas agora não conseguem sequer se colocar politicamente dentro de uma situação inusitada e desconhecida para vocês.

É por isso que você afasta o que não conhece e jamais vai falar ao coração do povo oprimido nas filas do SUS, nas vilas, favelas. Porque o que realmente interessa a você, a Gil, a Chico e a outros artistas e intelectuais, é a força da grana que ergue e destrói coisas belas.



terça-feira, 29 de março de 2016

PT, o marido traído.

O partido bonzinho, que até ontem estava pregando paz e amor para o PMDB, agora vai partir com tudo em cima de Michel Temer. Ele que se cuide e se prepare para a guerra, pois vai valer tudo. Afinal - Temer deve saber disso - Lula e Dilma são capazes de fazer o diabo.
Como Temer agora é inimigo, a estratégia do Planalto é deslegitimar a posição de Temer na vice-presidência. Chegaram até a dizer que, saindo o PMDB do governo, Temer deveria renunciar e entregar a vice-presidência ao PT.
A que ponto chegam! Acham que são donos do país, dos cargos, das instituições! Já passa da hora de pôr essa gente em seu lugar. Já passa da hora de fazê-los compreender que o país é muito maior que o PT e que nenhum partido é dono de coisa alguma. O cargo de vice-presidente não é propriedade do PT, que teria magnânimamente aceitado emprestá-lo a Michel Temer.
O PMDB definitivamente não é flor que se cheire e seus correligionários podem ser tudo, menos beatos de altar; mas o PMDB nunca pretendeu ser algo diferente do que é. É um partido governista, fisiológico, que representa muito mais o passado, que o presente e menos ainda o futuro da política no Brasil.

Entretanto, o PT, sabendo muito bem quem era o PMDB, o abraçou por 13 anos. O PT não só aceitou a coalizão como tirou partido dela. O PMDB dava ao PT a tal governabilidade e o PT dava ao PMDB os cargos e as verbas cobiçados. Foi uma relaçao simbiótica, ou melhor, um casamento que agora se rompeu por culpa e inabilidade da Anta, que Lula quis pôr sentada na cadeira de presidente. Foi ela quem pôs tudo a perder para o PT. Felizmente para nós, diga-se de passagem.
Se Lula tivesse escolhido um sucessor mais inteligente e mais hábil, talvez demorássemos muito mais para expulsá-lo do poder. Ou seja, a roubalheira ia ser a mesma, ou até pior, e seria mais difícil contê-la. Como a Anta é quem é, seria quase um milagre que ela chegasse incólume a 2018.

Mas, voltando ao assunto: o PT se casou com uma prostituta, sabendo que era uma prostituta, querendo até prostituí-la mais, e, agora que descobriu que a prostituta é infiel, não dá para reclamar. Nenhum dos dois é inocente nessa história. Só que o PMDB é muito, muito, muito mais esperto. Ao PT agora só resta o choro de marido traído.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Petismo Paz e Amor

Como estão bonzinhos os petralhas! Todos querendo paz e reclamando do acirramento da polarização política! Logo eles, que derramaram palavras de ódio enquanto puderam, que tentaram jogar uma classe social contra a outra, que acusaram uma suposta elite de ser responsável por todos os males do país, até pelos erros que eles mesmos cometeram, e que não foram poucos.
Foram eles que ameaçaram seus concidadãos com o exército do Srédile, foram eles, via presidente da CUT, que disseram, na presença da presidente da República, que iriam de armas na mão se entrincheirar para defender-lhe o mandato.
E, mesmo diante da exposição de todos os crimes cometidos por essa organização criminosa, continuaram a vociferar contra aqueles cidadãos, pacatos, que lutavam para acabar com esse estado lastimável da administração pública. Chamaram-nos e ainda nos chamam de golpistas. Mesmo depois de investigado, o seu líder instigava a "militância" a sair à rua para defendê-lo e para "bater" nos coxinhas.
Eles só entendem essa linguagem. Para eles, a política se resolve na força bruta, em bater nos adversários, ou então em mandá-los enfiar os processos.

Uma expoente do pensamento petralha, uma múmia do stalinismo, que se diz filósofa, Marilena Chauí, resumiu tudo em uma frase: "eu odeio a classe média!". Foram essas as suas palavras: "eu odeio...". 

Portanto seria de se espantar, se não os conhecêssemos, que de repente desfraldem a bandeira branca e comecem a pregar paz e amor. Agora não dá, meus queridos! para dizer como a presidanta. Agora não dá mais!
Agora é a hora do confronto mesmo  (da nossa parte, civilizado, usando os mecanimos institucionais, não batendo nos outros).
É o momento em que as trincheiras já estão definidas e se não querem o confronto, então convençam a sua presidanta a renunciar. Se o acirramento das posições vai se manter ou não, só depende de vocês.


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