quarta-feira, 8 de junho de 2016

Vá assombrar outro

Mas essa mulher enche o saco, hein? Desculpem, mas não há outra forma de dizer isso. Êta, morrinha! Já está com uma mordomia danada, mas não satisfeita, quer ter um avião da FAB à sua disposição, para viajar quando quiser e para onde quiser.
Isso é mais um exemplo de desprezo petista pelo dinheiro público. Não há compromissos oficiais para quem está afastada do cargo. Ponto. Ela devia ficar quieta no Alvorada e já estaria de bom tamanho o "staff" de empregados e assessores à sua disposição.
Seu advogado (que, a propósito, está sendo pago por quem?) fez carta ao governo dizendo que ela viajaria em aviões de carreira e o risco daí decorrente seria de responsabilidade do governo. Balela!
Não viaja em aviões de carreira! Ou ela vai ser louca de se expor ao escárnio público? Pode até ser louca, mas não rasga dinheiro! Vai viajar, sim, com o dinheiro do PT, que aliás tem muito, considerando o tanto que roubou.

O pior de tudo é que Dima insiste em querer voltar. A pergunta é: para quê? Teve 6 anos ininterruptos para fazer todas as besteiras que fez, com toda prepotência e sem ouvir ninguém. Agora quer mais 2 anos, para quê exatamente? Para afundar ainda mais o país na recessão? Para encher os ministérios de gente incompetente e venal?
Alguém vai dizer que o ministério do Temer não é lá também grande coisa. Em grande parte pode até não ser uma maravilha, e de fato não é, mas há uma diferença fundamental, não só no ministério como nos demais escalões.
A primeira é: se alguém fala bobagem, cai. A segunda: não demora para cair. A terceira: é inegável o nível de seriedade e competência, por exemplo, das pessoas escolhidas para a presidir a Petrobras, o ministério da Fazenda e o Banco Central. Só para ficar entre esses três.
Ainda mais, Temer se mostra antenado e sensível às críticas, sendo capaz de voltar atrás e se corrigir, muito ao contrário daquela senhora, que deve ter algum problema psicológico grave, pois é incapaz de admitir que errou, apesar da evidência ululante dos fatos.

Ficamos livres dela e ela devia se dar por feliz por ter ficado livre de nós e por tão pouco.
Ou talvez, tudo isso seja apenas marola, jogo de aparências, para fugir à responsabilidade de ser chamada a explicar o inexplicável. Ela deve isso ao Brasil e o Brasil tem de lhe cobrar isso: sentadinha no banco do réus a explicar Pasadena, Belo Monte, Abreu e Lima, porto de Mariel em Cuba, dinheiro para Angola.

domingo, 5 de junho de 2016

Desimposto

A Suíça, ou Confederção Helvética,  sempre esteve à frente nas revoluções culturais e políticas. Enquanto a Europa inteira era quase toda dividida em reinos e impérios absolutistas, duas exceções se destacavam: a Inglaterra, com sua Carta Magna e  seu primeiro esboço de um Parlamento, e a Confederação Helvética, que já era uma república federativa e democrática em 1291.
A Suíça é um país neutro e, por causa disso, não faz parte da União Europeia, e tem um sistema de democracia direta que é unico no mundo.

Agora, dá mais um passo à frente. O povo vai decidir em plebiscito se quer adotar um programa de Renda Básica (que nada tem a ver com o que prega o Eduardo Suplicy) em que o Estado pagará, a cada cidadão, o equivalente a 9.000 reais por mês por adulto e 2.100 reais mensais para cada criança. Sem que tenha que fazer coisa alguma, em vez de o cidadão pagar, receberá um imposto do Estado.

A idéia por trás dessa proposta é sensacional. O ser humano, desde sempre, vem desenvolvendo a tecnologia para facilitar o seu trabalho. Da roda e  das ferramentas primitivas, até os robôs e a internet, passando pelos teares mecânicos e as máquinas a vapor da Revolução Industrial, tudo, enfim, visa aliviar a carga de trabalho das pessoas.

Entretanto, o que se viu foi que, ao produzir mais em menos tempo, a carga horária teve que diminuir, mas o conceito social não mudou. Explico melhor: a carga de trabalho, nas indústrias, no início do século XX, era de 16 horas por dia, mas foi nesse mesmo momento que vimos pela primeira vez o fenômeno do desemprego em massa. A sociedade aceitou uma redução até as atuais 8 horas por dia, ou 40/44 horas semanais, mas isso ainda é muito, pelo que se observa. 
Para diminuir o desemprego, alguns países, como a França, reduziram a carga horária ainda mais. Mas com a  continuidade da evolução tecnológica, as máquinas (antes dominarem o Homem, como crêem alguns cientistas e escritores de ficção) o substituirão no trabalho. 

Os suíços estão sainda na frente na mudança conceitual. Já que as máquinas podem fazer o trabalho humano, que se liberem as pessoas para fazer outras coisas: arte, lazer, cultura e "trabalho" intelectual para os que quiserem. 

Abolindo o trabalho humano, a sua subsistência será garantida pelo Estado, por meio dessa renda distribuída a partir da riqueza nacional gerada pelas máquinas, o que eles estão chamando de "riqueza digital". É claro que, nesse estágio, alguém ainda terá que tomar as decisões nas empresas e no governo, mas isso não vai requerer tempo integral das pessoas. Uma vez por ano vão para um referendo e decidem, como já estão fazedno há alguns séculos em sua democracia direta.

sábado, 4 de junho de 2016

Carta fora do baralho

Dilma já é carta fora do baralho, como ela mesma reconheceu em raro momento de lucidez e honestidade. Essa história toda de que alguns senadores podem mudar seu voto é tudo balela e manobra política para pressionar o Temer a fazer o que eles querem. Dane-se o Brasil, políticos só pensam nos próprios interesses.

Ninguém dá mais nem um tostão furado pelo futuro político da mais atroz figura que já passou pela política no Brasil. O problema, que temos que enfrentar, será essa barganha toda durante o período em que o Temer vai depender do Congresso e em especial do Senado.

Uma vez selado o impeachment e como ele pretende encerrar sua carreira política e não disputará reeleição, poderá fazer o que mais interessa ao país, sem que ninguém mais tenha poder de pressioná-lo. Ou seja, esse período de transição é um atraso de vida para o país. Esse é mais um motivo para adotarmos logo o parlamentarismo. 

O presidencialismo, já ficou demonstrado, é um sistema que não funciona no Brasil. Foi assim desde o primeiro presidente, Deodoro da Fonseca, que acabou por renunciar. A República Velha foi apenas uma crise continuada: Afonso Pena morreu no exercício do mandato, em plena agitação política, que continuou no governo de seu sucessor Nilo Peçanha. Durante o governo de Hermes da Fonseca ocorreu a famosa Revolta da Chibata. Para controlá-la, o presidente teve que mandar bombardear os portos do Rio de Janeiro e governou sob estado de sítio. Venceslau Brás enfrentou a Revolta dos Sargentos. No governo de Epitácio Pessoa eclodiu o Movimento Tenentista (com a Revolta do Forte de Copacabana em 1922). Artur Bernardes, em seguida, continuou enfrentando o tenentismo e a Revolução de 1924, quando mandou bombardear S.Paulo. Governou sob estado de sítio. Depois veio a Revolução de 30 e  ditadura Vargas, entremeada de crises como a Revolução Constitucionalista de 32, a Intentona Comunista em 35, o golpe do Estado Novo em 37 e o Levante Integralista em 38. Depois o trauma do suicídio de Getúlio em 54, com golpes e contragolpes, a renúncia de Jânio, o parlamentarismo forçado, a deposição de Jango e a ditadura militar em 64, com um golpe interno em 68.

Depois da redemocratização a situação não melhorou. Dos 5 vice-presidentes, só 2 não assumiram: Marco Maciel (vice de FHC) e José Alencar (vice de Lula). É um índice muito alto: 60%!!!
Está na hora de escolhermos um regime melhor, que permita superação mais suave das crises e dê, ao país, mais estabilidade institucional. Mas não se vê ainda nenhum movimento político expressivo nessa direção.

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