quarta-feira, 13 de julho de 2016

A ameaça de Lula

Na hora em que percebe que a tempestade amainou, Lula dá as caras de novo. Agora volta a ameaçar a nação com sua eventual candidatura em 2018. Disse ele: se existir um risco de retrocesso das nossas políticas sociais, vou me candidatar.

É uma mentira atrás da outra. Em primeiro lugar, Lula e seus cúmplices nunca estiveram preocupados com as "políticas sociais" a não ser naquilo em que elas serviam para lhes dar votos e eventualmente encher as burras do partido e deles próprios com dinheiro público.
O caso de Paulo Bernardo, maridão da Gleisi Hoffman, deixa isso muito claro. A "política social" do empréstimo consignado a aposentados serviu muito bem como um aparato que permitiu que ele embolsasse alguns milhões.

Quantos milhões a mais foram embolsados também em outros "programas sociais"? Ainda não sabemos, mas o Ministério Público já aponta fraudes de 2,5 bilhões no Bolsa Família. Entre beneficiários do programa encontram-se defuntos, pessoas sem CPF, pessoas com múltiplos CPF's, servidores públicos, doadores de campanhas, empresários e por aí vai.

E qualquer atitude no sentido de corrigir ou redimensionar o programa será chamada de "retrocesso". Só não acredito que Lula se candidate. Isso é só balela, que, ele pensa, irá nos aterrorizar. Em primeiro lugar, até 2018, essa múmia deverá estar é na cadeia pelos crimes que cometeu e coordenou, como grande capo da Orcrim. Em segundo lugar, se houvesse a possibilidade e ele se candidatasse, sofreria uma derrota fragorosa, para ficar na história, e ele sabe muito bem disso e não vai se arriscar a carregar isso na biografia.

Então, por quê ele faz isso? Porque não tem mais nada a fazer. Seu partido está no fundo do poço. Seu poste, desalojado do poder. Seus "aliados" querendo evitar a proximidade. Essa é portanto uma tentativa de se manter na mídia, de não ser enterrado politicamente. É o que lhe resta, pateticamente, a fazer.













quinta-feira, 7 de julho de 2016

O velho jogo não acabou (ainda)

Na última postagem, com meu otimismo renitente, escrevi que o velho jogo tinha acabado. 
Fui desmentido logo em seguida por ninguém menos que a figura jurídica do Supremo Tribunal. Eis que o Tribunal mandou a PF averiguar e, eventualmente punir, os autores dos bonecos infláveis que representam o ministro Lewandowski e o procurador Janot. Diz o despacho do Tribunal da Inquisição, oops, STF: 
"Tais condutas, no entender desta secretaria, que atua no estrito exercício de suas atribuições funcionais, representaram grave ameaça à ordem pública e inaceitável atentado à credibilidade de uma das principais instituições que dão suporte ao Estado Democrático de Direito, qual seja, o Poder Judiciário, com o potencial de colocar em risco –sobretudo se foram reiteradas– o seu regular funcionamento", diz o texto.
"Configuram, ademais, intolerável atentado à honra do Chefe desse Poder e, em consequência, à própria dignidade da Justiça Brasileira, extrapolando, em muito, a liberdade de expressão que o texto constitucional garante a todos os cidadãos, quando mais não seja, por consubstanciarem em tese, incitação à prática de crimes e à insubordinação em face de duas das mais altas autoridades do país."

Grave ameaça à ordem pública?  Inaceitável atentado à credibilidade do poder judiciário? Data venia, como gostam de ouvir os senhores ministros, inaceitável atentado à credibilidade desse Egrégio Tribunal são decisões estapafúrdias, como a que prolatou esta semana o ministro Celso de Melo, voltando atrás, monocraticamente, à decisão do colegiado que mandara cumprir mandado de prisão aos condenados em segunda instância. Isso, sim, é grave atentado à ordem, pois ninguém mais sabe se será preso ou não, após segunda condenação, o que vai depender do entendimento do juiz a quem for designado o caso. É a justiça imponderável. A justiça casual. O que mais poderia atentar à credibilidade desse poder?
Incitação à prática de crimes? Não é a impunidade, quase garantida pelas procrastinações que o Supremo apoia, a maior incitação à prática de crimes? Quando um ministro, como Tóffoli, manda soltar um alto suspeito de lesar aposentados, que mensagem está passando à sociedade? Com certeza não é uma mensagem de credibilidade. Com certeza não é uma mensagem de respeito à ordem pública.
Por último, a mensagem fala em insubordinação às altas autoridades? Aí está o foco do nosso problema: servidores úblicos são considerados autoridades, altas autoridades. Não estão lá para servir, mas para serem servidos.
Essas chamadas altas autoridades são servidores públicos!!! São pagas com o nosso dinheiro e devem satisfações a todos os brasileiros!!! Não é o contrário!

Quanto ao argumento de extrapolação da liberdade de expressão, não nem para discutir. Liberdade de expressão é como virgindade. Ou há ou não há. Só faltava agora o nosso Egrégio e Sacrossanto Tribunal querer restaurar a censura no país.

Finalmente: só dói quando é no calo deles? O sacripanta e seu poste foram mais do que caracterizados em pixulecos por mais de um ano e ninguém pensou em atentado, ameaça à ordem pública, ou extrapolação da liberdade de expressão. Quando agora, o alvo das críticas, são as figuras impolutas de toga preta, aí ocorre essa reação absolutamente desproporcional! Assim não dá, senhores ministros. A regra tem que ser a mesma e valer para todos.

terça-feira, 5 de julho de 2016

O velho jogo acabou

Apesar de todas as evidências de que vivemos hoje em um novo país,  que a sociedade internalizou as mudanças de paradigma, que as redes sociais deram voz e vez a quem só podia sussurrar nos breus das tocas, a classe política ainda não se convenceu disso e insiste em nos oferecer mais do mesmo.

Seja o Cunha, seja o Renan, sejam magistrados como esse desembargador Ivan Athiê, todos pretendem continuar jogando  o mesmo velho jogo que muito bem conhecem e muito bem manipulam, mas não dá mais. O jogo agora é outro e outras são as regras.

O jogo agora que vale é o que está sendo proposto pela força-tarefa de Curitiba, pelo juiz Sérgio Moro, pelos jovens membros do Ministério Público, pela Polícia Federal. Essas são as novas regras, não adianta espernear na tentativa de reverter à situação anterior. Isso só demonstra que a classe política tem dificuldade de entender o país, de entender o que querem os seus "representados", e que se afasta cada vez mais da população. As consequências podem ser desastrosas.

Quando a classe política tradicional perde contato com o povo que deveria representar,  abre-se um vácuo de representatividade. Como na natureza não existe vácuo permanente, essa função será logo preenchida por um grupo, ou mesmo uma pessoa, que se apresente ao povo como um novo e legítimo representante. Aventureiros com carisma se prestam logo a esse papel, especialmente aqueles que, por não fazerem parte de "tudo isso que aí está" chegam com um discurso "novo" e afinado com os medos, os anseios e as frustrações nacionais.
Medos, anseios e frustrações é o que não falta ao Brasil de hoje e a manipulação dessas emoções pode levar o país a embarcar em mais uma experiência totalitária. Os Jaires Bolsonaros por aí estão arrebanhando cada vez mais adeptos. Podem ainda ser poucos. Podem muitos não declararem envergonhadamente esse apoio, mas isso já ocorreu em outros países, não custa lembrar e uma vez presentes as condições, forma-se uma avalanche cujo efeito manada fica impossível de ser controlado.

Em outras palavras, a democracia é um sistema frágil, que exige muito compromisso e responsabilidade dos agentes políticos, o que, infelizmente, tem faltado reiteradas vezes no Brasil. O velho jogo acabou. É preciso que esses agentes políticos se convençam disso o mais rápido possível para que a sociedade possa ser ver representada na liderança deles. Caso contrário a sociedade vai procurar por outro tipo de liderança.

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