segunda-feira, 18 de julho de 2016

Cara de pau dos políticos

A cara-de-pau dos políticos brasileiros não tem limites. Com tantos problemas a resolver, com a nação em frangalhos, necessitando de ações firmes para sua recuperação, o que fazem os senhores senadores, liderados por Renan Calheiros? Resolvem votar em regime de urgência uma lei contra o "abuso de autoridade", ou seja, uma lei para domar a Lava Jato e demais operações presentes e futuras.

Quando se reclama do número absurdo de partidos, que impede o exercício pura e simples da representação democrática, todos reconhecem a situação esdrúxula, mas não movem uma palha para resolvê-la.
Quando se fala do cipoal de leis e decretos que impedem o funcionamento normal das instituições, quando as empresas se afogam em uma legislação fiscal kafkiana, espera-se que o Congresso vote, em regime de urgência, uma reforma tributária e uma reforma política. Mas há quantos anos se fala disso e o Congresso finge que não é com ele?

Mas na hora em que se sentem ameaçados pelo simples cumprimento da Lei, resolvem votar uma outra lei que lhes reforce a impunidade. Não basta o foro privilegiado. Não basta a leniência do Supremo. Não basta a chicana dos advogados pagos com o mesmo dinheiro que roubaram. Querem ainda mais. Querem estar imunes à lei. Querem continuar, como sempre, vivendo em um país de privilégios, bancados por nós, os idiotas.

No próximo dia 31, temos que ir de novo às ruas para fazer a nossa voz ser ouvida. Mais uma vez, vamos dizer a esses canalhas, que o poder não é deles. O poder é nosso. E nós o exerceremos, quer eles queiram ou não.
Eles insistem, mas nós insistiremos também. Não queremos Dilma, não queremos Lula, não queremos PT, mas não queremos também Renan Calheiros, nem Eduardo Cunha, nem Gleisi Hoffman, nem Waldir Maranhão, nem Romero Jucá, nem..., nem..., nem... A lista é grande, mas sabemos todos os nomes desses canalhas, que tentam se esconder sob o manto do mandato parlamentar.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Queda da Bastilha (2)

Falando ontem sobre a Bastilha, não podia prever o que aconteceria mais tarde, em plena celebração, em Nice. O mundo está ficando um lugar muito perigoso! A qualquer momento, uma pessoa, aparentemente sem motivo real, resolve dar cabo da própria vida levando consigo o maior número possível de outros seres humanos. Não interessa a identidade desses outros, nem o que eles fizeram ou deixaram de fazer. Nem o que sejam, velhos, adultos ou crianças, homens ou mulheres, a que grupo social ou etnia pertençam, que religião sigam, que partido político ou ideologia apoiem. Basta que estejam em um certo lugar, a uma certa hora, e estão condenados "a priori".

A falta de lógica, de racionalidade, a determinar esses atos terroristas deixa a todos atônitos. Não há a menor possibilidade de se prever e, consequentemente, de se prevenir. Essa aleatoriedade deixa-nos perplexos, a correr riscos em todo canto, e a identificar suspeitos em qualquer um que se aproxime. Cada desconhecido representa um risco. A máxima de Sartre se converte em realidade física palpável: o inferno são os outros.

É esse o objetivo do Terror? Deixar a "civilização ocidental" insegura, com medo? O que se consegue com isso? 
Há um perigo maior à espreita. Pessoas com medo procuram a segurança, e estão dispostas a pagar o preço, qualquer preço, para obtê-la. Esse é o terreno fértil onde vicejam ideias xenófobas e anti-libertárias como as de um Donald Trump. Se essa corrente vencer, aquilo que conhecemos como "civilização ocidental" fundada na liberdade e na democracia, terá desaparecido.

A extrema direita está cada vez mais confortável para expor seus programas e suas ideias, baseadas na exclusão e no ódio. A esquerda, ou o que resta dela, também não ajuda, ao defender outro tipo de ditadura e dar ensejo à corrupção desenfreada. O desencanto com a democracia representativa é geral e a frustração das pessoas dá lugar a todo tipo de atitude, até as mais extremas como essa que aconteceu em Nice. Esse rapaz, de origem tunisiana, não tinha vínculos com nenhuma organização terrorista, sequer era muçulmano praticante. Era apenas mais um frustrado, que saiu de seu país de nascimento em busca de um sonho, que não se concretizou e não se concretizará jamais para nenhum dos outros, que ainda não se mataram, mas que já estão à espreita.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Queda da Bastilha

O cabeleireiro de François Hollande ganha o equivalente a mais de 35 mil reais por mês! Um escândalo se escancara na França.
Hollande devia ter em conta que, no mesmo dia de hoje, há 300 anos, fez se uma Revolução em seu país, após a qual, o que se cortava não eram propriamente os cabelos, mas a cabeça inteira dos governantes.

Os tempos e os lugares mudam, mas a cupidez humana permanece intacta. Basta ter uma pequena chance, e o bicho homem está lá, aprontando das suas, puxando um vantagenzinha daqui, um privilegiozinho dali. Isso quando não roubam descaradamente como fez outro presidente francês, Giscard D"Estaigne, ao receber diamantes, em propina, de um ditador africano, o Bokassa.

Para nós, brasileiros, quase que é um pequeno alívio. Afinal se até eles, os desenvolvidos europeus, se envolvem em falcatruas! Por que não, nós, tupiniquins?

Na verdade, o salário do Kamura de lá, é um absurdo em termos éticos, mas não é ilegal, nem se compara ao que se fez e se faz por aqui, mas o problema é a mensagem. Estamos entrando em uma era em que a política tradicional está caindo no descrédito. É isso o que explica a ascensão de um Donald Trump, por exemplo. O Brexit pertence à mesma categoria de fenômeno: os eleitores não se sentem representados pelos políticos.

Quando isso acontece só há um modo de se resolver a situação: os representantes acabam por ter suas cabeças cortadas, fisica ou metaforicamente.

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