domingo, 18 de março de 2018

Fábrica de Mitos

A esquerda deve estar em festa! Afinal, caiu-lhe ao colo, de graça,  um mito perfeito, exatamente em uma hora que estavam a lhe faltar os mitos tradicionais.

Com os deuses-de-pés-de-barro se esboroando nos inquéritos e condenações da Lava Jato, eis que surge um candidato perfeito a tomar-lhes o lugar. Esse candidato, ou melhor, essa candidata ainda surge com a melhor vestimenta possível para o Mito: a da mulher desvalida, pobre, negra, homossexual e, ainda por cima, sob a  forma de cadáver, uma mártir.

Um mito morto tem a grande vantagem sobre os mitos vivos de ser um mito com a história encerrada. Só tem passado. Imagine-se se Lula tivesse sido assassinado no período da ditadura militar! Seria eternamente o Mito do operário massacrado pela Direita, pelas Classes Dominantes. Para o Mito Lula, infelizmente, ele sobreviveu tempo suficiente até para se aliar às Classes Dominantes e amealhar uma fortuna para si e para seus filhos, o que - convenhamos - não fica muito bem para mitos que se prezem.

Então, mesmo que os fanáticos continuem a gritar, o Mito Lula perdeu a força. Por isso, nesse momento, a esquerda precisava desesperadamente de um novo Mito, especialmente em ano de eleição; e não havia melhor figurino do que essa vereadora para encarnar a decantada bandeira das minorias das quais a esquerda se apropriou, como se defendê-las fosse um privilégio só seu.

A vereadora Marielle não tem futuro, mas seu mito tem e há que limpar também o seu passado de quaisquer manchas que porventura tenha havido. Nesse quesito, o de reescrever a história, a esquerda tem muita prática e 'know-how', assim como no da censura às vozes discordantes.

Qualquer um que levantar a hipótese que Marielle teria conexões com o crime organizado, ou que teria sido apoiada pelo Comando Vermelho, ou que isso ou aquilo, será imediatamente processado por um grupo auto-intitulado Advogados Voluntários, por supostamente atacar a honra de um ser impoluto. De mortuis nil nisi bonum (*), dizem os latinistas e os hipócritas. O texto que estão encaminhando pelas redes sociais é:

"Se você vir alguma difamação ou atentado à memória de nossa companheira Marielle Franco, encaminhe o print ou link do posts para o email tal"

É assim que funciona a fábrica de mitos.

(*) Dos mortos se diz apenas o bem.


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

O peso da realidade

Até os petistas estão começando a cair na real. Já admitem que, com Lula preso,  não há possibilidade de ele ser candidato a nada.
O julgamento dos tais embargos de declaração (uma simples manobra protelatória) deve acontecer em março, portanto daqui a um mês e pouco começa a execução da pena e o antes todo-poderoso líder sindical vai pra cadeia como qualquer outro reles mortal que infringiu a Lei.

A pirotecnia petista, entretanto, continua. Estão dizendo que vão montar barraca na frente do apartamento de S.Bernardo, que farão caravanas para visitar o dito-cujo na cadeia, que Lula vai se rebelar e dar trabalho aos agentes penitenciários, etc. Mas isso é apenas pirotecnia, jogo de cena, para manter a militância militante, já que está clara a crescente falta de entusiasmo do petismo tradicional.

Muitos estão abandonando o barco de fininho, outros continuam o discurso lulo-chavista, mas cada vez mais sem empolgação. E aqueles, que só iam às manifestações a poder de mortadela, nem isso fazem mais. Portanto, a pirotecnia visa apenas manter o petismo ainda dentro do jogo político, mesmo que perdendo de 7 a 0 e tentando sair da zona de rebaixamento.

A realidade, mais cedo ou mais tarde, impõe o seu peso. A corda já foi esticada ao máximo, agora está na hora de enfrentar a opinião pública da única maneira democrática que existe: tentar conseguir os votos. Essa é a hora da verdade. Sem votos não há partido político e as eleições de 2016 foram emblemáticas para o PT  em termos de perda de prefeituras em todo o país.

Agora, que a situação do PT está consolidada como um partido corrupto, líder de uma aglomeração organizada de partidos criminosos, vamos ver qual será a resposta do eleitor.


sábado, 17 de fevereiro de 2018

Em que estado deixaram o Rio?

Todo mundo concorda que o Rio é uma das cidades mais belas do mundo, o cartão postal do Brasil. Mas todo mundo concordará também que esse cartão postal vem sendo sistematicamente destruído há décadas.

E, na minha opinião, o que destruiu o Rio foi a carioquice; foi a carioquice echperta (sic) dos seus habitantes, a malandragem cantada em prosa e verso como uma característica vantajosa do seu povo, a capacidade de burlar, enganar e passar pra trás os "otários", de não obedecer à lei e safar-se sempre impune, de ter sempre à mão um jeitinho para escapar dos controles, de conhecer as pessoas "certas" no aparato estatal para resolver os próprios problemas por debaixo do pano.
E houve um momento em que essa malandragem foi posta em comparação superior com a seriedade dos paulistas. O paulista só pensaria em trabalho e o carioca era o que saberia viver bem. Deu no que deu. Não que S.Paulo seja o paraíso (longe disso) mas não há termo de comparação com o atual estado do Rio.

Seria injusto dizer que essa seja uma característica só do Rio, mas que foi ali que ela se manifestou com todo vigor e pujança foi e, além disso, de tão exaltada, a malandragem carioca foi exportada e copiada em quase todo o restante do território nacional. O modelo carioca, o padrão carioca de ser e viver, foi exportado pela rede Globo e tornou-se um modelo admirado e invejado em todo o país.

O que colhemos agora são os frutos desse comportamento deletério. Aquilo que a classe politica infligiu ao país é uma consequência do nosso modelo de vida, dos nossos valores. Essa classe política não surgiu do nada, não veio de Marte, ela surgiu no meio da sociedade brasileira e foi por essa sociedade escolhida para os cargos públicos.

No Rio a situação está só mais crítica e mais avantajada, mas é assim mesmo, o Rio sempre foi a caixa de ressonância do país. Tudo o que o Brasil tem, de melhor ou de pior, aparece no Rio em escala monumental. Ali está agora escancarada a falência desse modelo, a falência total do Estado Brasileiro. O Rio está há muito tempo loteado e dominado por gangues de todo tipo. Lá não se sabe mais quem é bandido e quem é polícia.

A corda foi esticada tanto e há tanto tempo que não será uma simples intervenção federal de um ano que resolverá essa situação. Mas, há que começar em algum ponto e de alguma maneira, ou então, fechar as fronteiras, declarar o Rio um Estado fora da União e rezar para que o resto do Brasil ainda possa ser salvo.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Prostituição Republicana

A atividade política nessa república de bananas é realmente uma prostituição. O último áudio da deputada Cristiane Brasil nos mostra como as coisas são dentro desse bordel. A dita cuja, que quer, porque quer, ser ministra do Trabalho, foi gravada ameaçando seus subordinados quando exercia a função de Secretária do Envelhecimento Saudável da Prefeitura do Rio.

As pérolas da então Secretária foram:
"Se eu perder a eleição de deputada federal...No dia seguinte, eu perco a secretaria. No outro dia, vocês perdem o emprego. Só tem importância na política quem tem mandato. Só tem mandato quem tem voto. Só tem voto quem tem pessoas como vocês que estão na ponta ajudando a gente pedir e propagar o voto. Do contrário, não funciona"

É assim, com esse pragmatismo,  que o bordel funciona. E como a única coisa que interessa à prostituta e ao prostituto é o dinheiro, haja dinheiro público para satisfazer os apetites de Suas Excelências.

Isso vale para quase todos os partidos e espectros ideológicos, se é que existe tal coisa no Brasil. Vale para quem está no governo e para quem está na oposição, ou seja, a prostituição política no Brasil é republicana.

Enquanto isso, o país real, aquele que gera riqueza e sustenta a putaria, continua sua luta aos trancos e barrancos. Até quando?

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

A maldição da Presidência

Desde a proclamação, essa famigerada república vem, de convulsão em convulsão, mal e porcamente se sustentando. Disso todos sabemos e qualquer livro de história nos mostrará os trancos e as interrupções do processo democrático.

Em paralelo, o cargo mais elevado dessa mesma república, não tem feito muito bem aos seus ocupantes, de modo que chega até a ser espantoso que, diante de tais estatísticas, alguém ainda se disponha a concorrer a esse cargo.

Começando pelo primeiro, Deodoro da Fonseca, que renunciou e morreu logo depois, passando por Rodrigues Alves que morreu de gripe espanhola antes de assumir um segundo do mandato e por Afonso Pena que morreu em pleno mandato, de pneumonia. Delfim Moreira ficou demente, Júlio Prestes foi eleito, mas não assumiu por causa da Revolução de 30. Washington Luis foi preso e exilado. Café Filho, licenciou-se por problemas cardíacos. Jânio renunciou. Jango foi deposto. Castelo Branco  morreu em acidente aéreo logo depois de deixar a presidência. Costa e Silva sofreu um AVC e morreu durante o mandato. Figueiredo teve que se operar às pressas em Cleveland. Tancredo morreu antes de assumir. Collor foi deposto. JK concluiu o mandato, mas foi cassado, preso e morreu em trágico acidente de carro. Dilma perdeu o mandato e de Getúlio não é preciso dizer mais nada.

Quanto a Lula, bem, esse já está condenado, será preso e ainda tem muitos processos pela frente.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

O candidato honesto

A que ponto chegamos! A qualidade mais apreciada dos possíveis candidatos às próximas eleições - se não a única exigência, que faz o coitado do eleitor - é a honestidade!

Como se isso não fosse a condição básica, sobre a qual deveriam se erigir todas as outras, para que alguém se dispusesse a pleitear o voto do seu concidadão. A palavra candidato, não custa repetir, vem do latim "candidus" que significa branco, imaculado. Na República romana, os postulantes aos cargos públicos, se vestiam de branco, a cor da pureza, a indicar que, se não fossem cidadãos sem máculas, sequer poderiam disputar aqueles cargos.

Já que estamos falando de Roma antiga, vale exclamar como Cícero, no primeiro discurso contra Catilina: "O tempora, o mores" (Ó tempos, ó costumes). Nessa mesma catilinária, Cícero pergunta: Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?

Essa é a pergunta que devemos fazer àqueles que insistem em se candidatar depois de terem conspurcado o cargo público. Já que eles mesmos não se envergonham de voltar ao púlpito a pedir votos, já que os tempos e os costumes permitem que um condenado faça caravanas pelo país, antecipando-se ilegalmente à campanha eleitoral e nada lhe acontece, cabe ao cidadão comum expressar o seu repúdio, o seu horror, a sua intolerância a essa situação da maneira que puder.

Por isso, todos devemos nos juntar, pelas redes sociais, em caravana cívica, em vigília permanente até o dia 24 de janeiro, quando a justiça - esperamos - dará um fim a esse Catilina de Garanhuns.




Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?
Nem a guarda do Palatino,
nem a ronda noturna da cidade,
nem o temor do povo,
nem a afluência de todos os homens de bem,
nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado,
nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te?
Não te dás conta que os teus planos foram descobertos?
Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem?
Quem, dentre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com quem te encontraste, que decisão tomaste?
Oh tempos, oh costumes!

                                                                          Marco Túlio Cícero

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Lula pode?

Lula, em vídeo gravado em 2006,  ainda presidente, se preparando para uma visita ao Rio Grande do Sul faz uma "brincadeirinha" com a cidade de Pelotas, chamando-a de "exportadora de veado" (sic). Nunca ouvi um petista reclamar disso! Se fosse o Bolsonaro que tivesse dito essa frase estaria sendo crucificado em praça pública pelas Gleisis, Marias do Rosário e Jeans Willis. Como foi Lula quem disse, não tem problema. Lula pode fazer tudo o que quiser. Pode roubar, pode mentir, pode enganar o eleitor, pode ser amigo dos ricaços, chefe de gangue mafiosa, pode até ser homofóbico, machista ou qualquer outra coisa. A religião petista o absolve de todos os pecados.

Quem não pode e não deve absolvê-lo é a Justiça do Brasil. No dia 24 estaremos todos de olho em Porto Alegre, quando o TRF terá o papel histórico de mandar esse farsante para o lugar que ele merece: atrás das grades.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

E agora, Justiça?

E então, começamos 2018! Ano de Copa e ano de eleição! Será que o Brasil anda? A classe política não fará outra coisa que não seja tratar de garantir mandatos para simplesmente preservar seus privilégios. Vários buscarão, além do interesse na manutenção desses privilégios, a óbvia proteção do foro privilegiado, uma das excrescências jurídicas desse país tropical.
O banditismo que assola o poder político no Brasil fará o possível e o impossível para garantir a própria impunidade e a continuidade do sistema.
O grande teste do povo brasileiro serão as urnas de 2018. Se esses bandidos forem reconduzidos aos cargos, então podemos jogar a toalha e salve-se quem puder!

E, pairando sobre toda esses excrementos políticos, desponta a figura do inefável Molusco de nove dedos. O partido ao qual pertence, há  muito deixou de ser um partido político e converteu-se em uma organização mafiosa. Se o Brasil tivesse instituições sérias, esse "partido" já teria sido banido do mapa político. Já está mais que claro, que o PT é uma organização nefasta para a nação, é uma entidade assombrosa e assombrada, definitivamente corrupta e corruptora. Não que outras organizações com nome de partido não o sejam, mas o PT é a pior delas, porque o PT ainda insiste, apesar dos fatos, em querer se apresentar como um partido íntegro. Os outros partidos, como o PMDB  e o PSDB não fingem ser o que não são. Mas o PT, apesar da corroboração assustadoramente farta dos fatos, insiste em se proclamar legítimo e honesto, assim como insiste na mesma tecla o seu líder máximo, a sua deidade maior e absoluta.

O país está à deriva e não há timoneiro à vista. De qualquer modo, não podemos correr o mínimo risco de um povo ignorante, como o nosso, acabar elegendo de novo esse demagogo farsante. Mecanismos para impedir isso já estão previstos na Lei, basta que a Justiça não se furte ao seu papel.




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