terça-feira, 11 de junho de 2019

Qual é o crime?

De todas as tentativas de desestabilizar o governo Bolsonaro, a mais ridícula até agora foi essa de hackeamento do celular do ministro Moro.

Parecia que se armava um vendaval, um furacão de escândalos a invalidar os processos e a criar um ambiente insustentável para o ministro e para o governo como um todo.

A esquerda junto com a Orcrim - se bem que é difícil separar uma da outra- exultaram! Pensaram que tinham, afinal, a bala de prata para acabar com o governo Bolsonaro e, ao mesmo tempo, desmontar a operação Lava Jato, a única que, na história deste país, conseguiu levar políticos corruptos pra cadeia.

Durou pouco. Afinal, a lógica elementar diz que quando há crime, pode ser que não se consiga provar, mas quando não há, é impossível provar o contrário. É a imposição da realidade.
O ministro e os Procuradores não cometeram crime algum e isto está explícito em suas conversas, essas, sim, criminosamente invadidas.

O que a OAB deveria estar pedindo agora é que se descubra e se puna rapidamente, e com rigor, esse atendado às instituições. Gravar as conversas privadas de um ministro da Justiça é um atentado à própria segurança institucional do país.

Os Estados Unidos não deram folga pro Assange. E nós, o que faremos?

quinta-feira, 16 de maio de 2019

À procura de Dana de Teffé

Há muita gente que não sabe quem foi Dana de Teffé. Reproduzi abaixo um texto do Carlos Heitor Cony, a respeito dela:
Dana de Teffé 
Em cordial resenha ao meu último romance, Marcelo Coelho diz que estou preso a meus fantasmas, o que é uma verdade. E inclui entre esses fantasmas o de Dana de Teffé, uma estranha mulher que foi assassinada pelo amante e cujo cadáver nunca apareceu. Por isso, o amante não foi condenado: sem a existência do corpo delito, a justiça não admite a existência de um crime de morte.
Foi um caso que ocupou e preocupou a imprensa durante anos, todos procuraram a ossada de Dana: polícia, nobreza, clero, povo e demais interessados. Até hoje seus ossos não foram encontrados.
E olha que muita coisa aconteceu no mundo. Frank Sinatra veio ao Brasil e o homem foi à Lua - coisas que pareciam impossíveis. O papa ouviu Fafá de Belém, o juiz Nicolau entrou numa fria, eu entrei na Academia. Coisas absurdas aconteceram mas a ossada de Dana de Teffé nunca apareceu.

Tenho motivos para incluí-la entre meus fantasmas. Era uma judia tcheca ( ou uma cigana também tcheca) que traiu parentes e amigos durante o nazismo, ganhando muito dinheiro com isso. Casou com um conde e dançou no balé de Monte Carlo. Casou depois com um diplomata brasileiro, que era também automobilista. Viúva, veio para o Brasil coberta de jóias e dinheiro.

Caiu na asneira de arranjar um amante que era advogado e esperto. Sumiu misteriosamente e como o corpo dela nunca apareceu, o assassino não foi condenado.

Uma história macabra, fantasmagórica, que realmente incluo entre os meus fantasmas pessoais. E não é dos piores. Tenho outros mais cruéis e devastadores.

Foi o Cony quem atribuiu os sucessivos fracassos brasileiros a essa fantasmagoria. Disse ele que "enquanto não se achar o corpo de Dana de Teffé o Brasil não terá conserto."

Ao invés de ficarmos discutindo Reforma da Previdência e outros projetos que não vão passar nesse Congresso vagabundo, vamos então criar uma força-tarefa com representantes de cada um dos 3 poderes, fiscalizados pelo Ministério Público, para cavucar os barrancos ao longo da rodovia Dutra, do Rio até S.Paulo, para ver se lhe encontramos o corpo.

Ou talvez o astrólogo Olavo de Carvalho, ocultista que é, possa fazer uma mandinga que nos revele logo o local onde está enterrada a ossada. É a única salvação à vista.

Saiba mais em: https://noticias.r7.com/prisma/arquivo-vivo/carlos-heitor-cony-e-o-fantasma-dos-ossos-de-dana-de-teffe-26012018

terça-feira, 14 de maio de 2019

Inimigos internos

Se Bolsonaro exonerar o gen. Santos Cruz estará dando um tiro no pé do seu governo. A partir daí ficará refém da turma do Olavo de Carvalho, o que não será boa coisa, nem para sua governança, nem para o Brasil.

O autodenominado filósofo, que acredita em terra plana, não tem compromisso nenhum com o país. Mora fora daqui, não tem cargo algum no governo e as consequências de um eventual fracasso vão nos atingir muito mais que a ele (se é que o atingirão de algum modo).

Não dá pra entender porque os Bolsonaros criam tantas crises do nada. Até parece que estamos navegando em um mar de tranquilidade, que não temos problemas reais e urgentes para resolver; problemas que requerem atenção, tempo, mobilização. Mas ficam eles, todo santo dia, criando  e recriando novas crises absolutamente sem necessidade, ou melhor, aparentemente sem objetivo.

O que querem? Até parece que sua intenção é sabotar o próprio governo. Ou é deslumbramento com o poder? Um poder que não esperavam viesse a cair em suas mãos tão rapidamente e agora que acham que o têm, não querem dividi-lo com ninguém, sendo os militares, por óbvio, os que mais cabem nesse devaneio de "inimigos" internos.

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