domingo, 17 de setembro de 2023

Egito

Não é novidade para ninguém que o Egito é um país fantástico. Local onde se  desenvolveu o mais antigo Estado que se tem notícia, passou por domínios diversos, foram gregos, romanos pagãos, romanos cristãos, árabes e turcos muçulmanos, franceses, ingleses até que finalmente, aos trancos e barrancos, vem mantendo governo autóctone. 
Hoje o Egito tem uma significativa população cristã copta ortodoxa, mas inegavelmente o domínio social e cultural é do Islã sunita.
Com isso, apesar dos sorrisos cordiais e até mesmo dos salamaleques e rapapés, o Egito nos apresenta uma cultura retrógrada; machista, homofóbica e carola. 
A religião é onipresente na vida das pessoas: desde o modo de vestir ao tratamento discriminatório contra as mulheres. A religião é uma força opressora, esmagadora, incontestável, tirânica e absolutista. Afinal, não há como discordar ou argumentar contra o texto sagrado. Se foi ditado pelo próprio Deus é a fala final e ponto. E não muda jamais. Onde se diz “olho por olho” será olho por olho para sempre. 
Outras religiões, entre elas destacando-se o cristianismo, também fizeram isso. É só voltarmos no tempo e nos lembrarmos das fogueiras inquisitoriais. 
Mas o Islã destaca-se por duas razões: é anacrônico e tem uma ligação simbiótica com o poder político desde o seu nascimento. 
Dá pena ver essas mulheres cobertas da cabeça aos pés. E, acredito, que grande parte delas sequer tem consciência de sua própria opressão. Outra questão que é quase um tabu é a questão dos gays. Eles não existem para o Islã e, se existirem, devem ser eliminados o mais rápido possível. Podemos imaginar o conflito, o medo e a insegurança da população gay que jamais poderá assumir sua orientação e fará de tudo para escondê-la, em muitos casos, até de si mesmo.
E não se vê no Ocidente, especialmente nos ambientes universitários, nenhuma campanha ou denúncia contra essa agressão permanente aos direitos humanos no Islã. 
É triste, mas é a realidade. Quando é que a civilização islâmica vai sair da Idade Média?


sábado, 17 de dezembro de 2022

O tempo e a memória

Grandes autores falaram sobre a memória e o tempo. Érico Veríssimo em “O tempo e o vento”, Marcel Proust em seu “Em busca do tempo perdido” também.

Estão interligados. Perder a memória é também perder aquele tempo em que se viveu. Por isso, penso que a maior decrepitude a que pode chegar um ser humano é a decrepitude da memória. Os exemplos mais clássicos são os portadores da doença de Alzheimer. 

No final do processo, a pessoa que habitava aquele corpo já não existe mais. O tempo pra ela também já não existe, não passa. Tudo torna-se um eterno presente fosco e vazio. É a pior forma de não-existência. 

O maior prêmio a que um ser humano íntegro pode aspirar é terminar a vida consciente. Ter a consciência do momento final, sem medo e podendo se despedir dos entes queridos, agradecer pelo amor e cuidados recebidos e deixar a eles a última mensagem de carinho e amor incondicionais que permearam aquelas vidas. 

Se Deus existisse é isso que eu pediria a ele para os meus últimos momentos. 


(A propósito do texto de Adélia Prado: "O que a memória ama, fica eterno")

terça-feira, 25 de outubro de 2022

As duas Cármens

Facchin votou. Cármen Lúcia votou. E daí? Daí que esses dois votos devem entrar para os anais (nos dois sentidos) da história das mediocridades da Justiça brasileira.

Carminha já foi devidamente criticada por um ex-ladrão, ex-aliado do PT, ex-deputado, ex-mensaleiro, em termos de baixo calão, mas ela deu motivos. O voto dela também foi de baixo calão. Afinal, declarou, alto e bom som, que aquilo que estava sendo aprovado era inconstitucional, que a Constituição não admite "em hipótese nenhuma" a censura à liberdade de expressão, "mas"...apenas naquele caso...sabe como é... a gente deixa, né? 

O que se deve dizer dessa contradição em termos, explicitada por uma agente do Estado, exercendo um dos mais altos poderes desta república bananeira? Não há mais nada a dizer. O Jefferson tropical já disse tudo.

Quanto ao outro voto, o Facchin também deu um show. Disse ele: "a disseminação de notícias falsas, no curto espaço do processo eleitoral, pode ter a força de ocupar todo o espaço público, restringindo a livre circulação de ideias."

  1. Quer dizer então que se restringe a livre circulação de ideias (falsas ou não) para proteger a livre circulação de ideias?
  2. Quem é que determina o que é verdadeiro ou não? Teremos agora um Ministério da Verdade, tal qual em "1984"? É o STE/STF que decide qual notícia é falsa e qual é verdadeira?
Percebem o viés socialista, na sua grande visão do Estado totalitário controlando, se possível, os pensamentos da população? O Estado é quem sabe tudo. O Estado é quem decide o que é melhor para o cidadão, criatura infantil e desprovida de raciocínio, que necessita um tutor a lhe guiar os passos e os pensamentos.
Com seu voto, Facchin está a dizer que o eleitor brasileiro não tem capacidade para decidir se acredita ou não em uma notícia, entretanto está apto a decidir em quem irá votar. É espantoso, para dizer o mínimo. E essas sumidades escancaram tais raciocínios sem o menor pejo.

Ele mesmo diz, mais à frente, fazendo um jogo de palavras tão pretencioso quanto ridículo: "a liberdade de expressão não pode ser a expressão do fim da liberdade."

Então tá então, Carminhas.


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