O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Não é mérito de nenhum governo. O mérito é dos produtores rurais que, a despeito do próprio governo, do sol e da chuva, ou da falta deles, arriscam seu capital e seu trabalho na preparação da terra, plantio, colheita e criação de animais. Não sendo produtor rural tenho para mim que essa atividade exige muito de teimosia, obstinação e um pouco de loucura, ou vício, porque fazendo as contas, qualquer outra aplicação daria um retorno, se não melhor, ao menos mais seguro.
Mas é o agronegócio que hoje sustenta o PIB, até porque nessa área, estando a economia bem ou mal, os investimentos não podem ser adiados. Eles dependem do tempo e do clima, portanto, ou você está no agronegócio por inteiro ou está fora fora dele.
Entretanto, hoje, para uma parcela dos brasileiros, o agronegócio é mal visto. Os produtores rurais são considerados vilões destruidores do meio ambiente e exploradores de mão-de-obra. Ainda persiste a imagem do velho coronel fazendeiro, de chicote na mão, exercendo uma autoridade incontestável em seus domínios. Não se percebe que esses velhos coronéis, hoje, preferem exercer seu mando e garantir seus privilégios, não mais à frente de um latifúndio, mas sentados nos gabinetes de Brasília, de onde continuam a mandar nos governos e a definir o futuro da nação, garantindo a permanência do atraso e impedindo que a modernidade chegue até nós. São esses os coronéis Sarney, Collor, Renan e outros, a quem o PT pede a benção todos os dias.
O produtor rural, que vive de seu agronegócio, está, como outros empresários do país, é lutando para sobreviver e dar conta de pagar as taxas e impostos que lhe são impingidos pelos coronéis de Brasília e seus feitores.
Por outro lado, o agronegócio se modernizou. A produção rural conta hoje com o melhor da tecnologia para garantir melhor qualidade e mais produtividade, sem as quais já teria ido à bancarrota. O gado é selecionado, a inseminação artificial melhora a genética do plantel. A manipulação genética, os adubos e corretivos de solo e os pesticidas garantem um aumento exponencial de produção por metro quadrado, tornando as leis de Malthus(*) obsoletas. Se não houvesse esse aumento espetacular de produtividade, seria necessário uma área cultivada muito maior para garantir a mesma produção. Portanto essa tecnologia envolvida na produção rural é um dos fatores a garantir a sustentabilidade e a preservção ambiental, ao contrário do que quer fazer crer a propaganda enganosa do ecofanatismo.
As florestas tem que ser preservadas? Sim, mas as pessoas tem que ser alimentadas em primeiro lugar. Somos 7 bilhões de bocas que deveriam fazer 3 refeições por dia. Se todo mundo comesse o que precisa, a humanidade hoje consumiria mais de 10 milhões de toneladas de alimentos POR DIA! Mas a verdade é que 1 bilhão de pessoas passam fome cronicamente e, segundo a FAO, o mundo terá que aumentar a área agricultável em 144 milhões de hectares até 2050, quando seremos 9 bilhões de pessoas.
A maior causa de desequilíbrio ecológico é portanto a própria humanidade como um todo. Se continuarmos a aumentar em número, em algum momento o planeta não nos sustentará mais. Antes de toda essa elaboração de protocolos internacionais e discussões sobre aquecimento global, etc. o que está urgentemente clamando por uma solução conjunta dos governos é o aumento populacional!
Temos que interromper já esse processo. Ou então assistiremos à calamidade da fome e da sede fazer por mal o que não conseguirmos fazer por bem. E. nesse caso, os maiores sacrificados serão os de sempre: os pobres!
(*) Teoria desenvolvida por Thomas Malthus em que previa um crescimento geométrico da população, devido às melhorias das condições de vida, enquanto a produção de alimentos só cresceria aritméticamente, o que fatalmente levaria a um grande desequelíbrio e à fome.
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
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