sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Dona Maria e a eleição

Uma campanha eleitoral é semelhante uma guerra e, como tal, a sua primeira vítima é a verdade. Mesmo assim, no meio do tiroteio e da fumaça, de vez em quando, alguém deixa escapar uma verdade cristalina. O caso seguinte é exemplar. Aliás os petistas são campeões em atos falhos, que acabam por revelar suas verdadeiras intenções.

A "doutora" Dilma, economista,  segundo declarou ao "Valor Econômico" uma assessora sua, não quer, nada mais nada menos, que fugir do debate econômico. 
"A estratégia da campanha é não discutir o que quer Aécio Neves e o Sr. Mercado, tais como crescimento econômico, taxa de câmbio, superavit primário. O que isso interessa à dona Maria?"

Vejam bem como é que se entabula um roteiro clássico de enganação ao povo, principalmente à parcela mais simples da população. 
A dona Maria pode nem saber o que é superavit primário, mas a consequência do desequilíbrio nessa área ela sabe muito bem qual é: a inflação corroendo a moeda em sua bolsa e a sacola de feira que volta cada vez mais vazia, enquanto a dona Maria enche cada vez mais a carteira de dinheiro quando sai a fazer compras.
Dona Maria talvez não saiba o que é crescimento econômico, mas, com certeza sente quando ela, seu companheiro ou qualquer parente perde o emprego e passa a sobreviver cada vez mais precariamente.
Dona Maria não sabe o que é taxa de câmbio, mas percebe nitidamente quando o preço dos transportes e dos demais produtos sobem por conta dos aumentos no preço da gasolina (que ainda não vieram, mas virão fatalmente acabadas as eleições).

O que eles querem dizer é que dona Maria pode ser enganada nesta fase; que quando perceber o erro, se perceber, será tarde demais. O Sr. Mercado não, esse não pode ser enganado, mas os votos do Sr. Mercado não ganham eleição. O que ganha eleição são os votos das donas Marias.

Quando os adversários tocam nos temas corrupção, mensalão, roubalheira, fisiologismo, os próceres petistas, ofendidos, incluindo dona Dilma, reclamam que os "inimigos" jogam sujo e que se deveriam debater idéias e propostas. Mas quando o "inimigo" quer debater idéias e propostas: Ah, isso não interessa à dona Maria!

O mundo ideal petista seria aquele onde o debate simplesmente não existisse e que todos concordassem automaticamente com os donos do partido, os guias iluminados, seja por fé, burrice ou por medo, tal como em se faz em Cuba, o seu (deles) ideal de regime político.

O Sr. Mercado, que não é bobo, tem outras maneiras de se defender, mas a dona Maria...coitada da dona Maria!

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