terça-feira, 30 de outubro de 2018

De poste em poste

Finalmente! Até que enfim acabou a campanha eleitoral mais longa da história brasileira. Lula já era candidato desde o final de 2010, quando saiu do cargo, deixando em seu trono, reservado para si no futuro, o primeiro poste.

Pretendia voltar coberto de glória em 2015, mas o poste criou vida própria e o impediu. Depois do impeachment, mesmo com a ameaça de ir para a cadeia, lançou-se candidato permanente até ser impedido pela Justiça eleitoral, quando cedeu lugar ao segundo poste.

Agora, felizmente, estamos livres desse fantasma. Vão chorar, espernear, gritar aos 4 ventos que o fascismo e a extrema-direita venceram no Brasil, mas estarão fora do poder. As oligarquias nordestinas (também em processo de dissolução cadavérica) sabem muito bem que as máfias não sobrevivem sem o "pudê". Alguns clãs ainda restam, mas são os últimos remanescentes dessa velha política.

O povo tomou o poder nas mãos. As redes sociais libertaram o indivíduo da tutela da mídia. Hoje cada um pesquisa por si o que quer ler ou assistir. Sejam notícias falsas ou verdadeiras, cada um escolhe livremente o que quer ver e em quê quer acreditar. O "big data" tem essa vantagem: aceita todo e qualquer lixo, mas depura-o e, ao fim e ao cabo, não resta nenhuma fantasia de pé, ou melhor, só resta aquela na qual alguém queira acreditar.

Caciques já não mandam, nem "fazem a cabeça" de ninguém. Aqueles políticos e seus partidos que não compreenderem isso, vão ficar a ver navios. O caso Alckmin foi emblemático. Prócer de um partido tradicional desde a redemocratização, com capilaridade em todo o território nacional, tendo ungido já um presidente e vários governadores de Estados importantes, com o maior fundo partidário e o maior tempo de televisão, conseguiu mirrados 4% dos votos.

Dessa eleição histórica, o PT saiu esfacelado, mas o PSDB simplesmente acabou. O PT ainda é um partido nordestino, mas o PSDB não tem mais território. A eleição de João Dória em São Paulo e Eduardo Leite no Rio Grande do Sul, não mudam esse quadro. Aliás, ou Dória vai mudar de partido, ou mudar o partido. O grão-tucanato já não tem mais poder de decisão.

Quanto ao PT, vão se recolher ao nordeste por mais 4 anos e continuar falando para os seus nichos, nas universidades públicas, na choradeira do meio artístico e nos rincões mais atrasados do país. Isso até que, se Bolsonaro fizer o governo que está prometendo, o nordeste também seja redimido dessa praga, que só se sustenta na miséria e no subdesenvolvimento.

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