quinta-feira, 23 de abril de 2020

Solidariedade no COVID-19

Toda a sociedade está mobilizada nesses tempos de pandemia. Com erros e com acertos, as pessoas estão procurando fazer a sua parte, ajudando os que precisam, dando sua quota de contribuição sem pedir nada em troca, mostrando enfim o melhor da espécie humana. Somos capazes disso também.

Anteontem, o ator Carlos Nunes e o Cine-teatro Brasil Vallourec, fizeram uma apresentação online ("live") do espetáculo teatral "Pérolas do Tejo", que está lá, disponível no Youtube, para quem quiser assistir. Já não sei quantos vídeos foram publicados de músicas, de mensagens de apoio psicológico aos que estão em quarentena, filmes baixados de graça, redes de televisão por assinatura abrindo o sinal gratuitamente, empresas fabricando máscaras para doar; a lista se estende indefinidamente, sem falarmos nos profissionais da saúde, que literalmente arriscam a vida diuturnamente, na prestação de serviços aos doentes de coronavírus.

Eu disse que toda a sociedade estaria mobilizada, mas devo me corrigir: quase toda! Um segmento econômico da sociedade, até onde eu saiba, não moveu uma palha para contribuir com os demais! E esse segmento é dos mais poderosos do país. Além de movimentar somas absurdas, equivalente a 5 % do PIB, fazem lucros anuais sempre crescentes, não importando se o país está crescendo ou em recessão. Só em 2019, os lucros desse segmento cresceram 18% em relação a 2018. 

     


Estou a falar, naturalmente, dos bancos, o setor mais lucrativo do país. Qual foi a contribuição dos bancos em tempos de coronavírus? Reduziram suas taxas de juros, "spreads" e que-tais, para prestarem alguma ajuda às empresas? Reduziram tarifas ou facilitaram o acesso ao crédito às pessoas físicas, autônomos, micro-empresários? Estão disponíveis para renegociar dívidas, alongando os prazos? 

Se alguém sabe de algum banco que esteja fazendo qualquer coisa dessas em benefício do seu paradisíaco país e de seus concidadãos, faça o favor de  publicar aos quatro ventos, pois será uma novidade de sarapantar, como dizia Macunaíma.




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