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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Truques velhos

Cachorro velho não aprende novos truques, diz o ditado. Parece que é verdade e ontem isso ficou demonstrado na fala da presidanta na TV.
Dilma, coitada, até que tenta. Mas não convence. Ontem, por exemplo,  ficou claro que foi o seu marqueteiro quem escreveu o que ela leu. A não ser pelos gaguejos e interrupções típicos, não era a Dilma falando.
João Santana, o marqueteiro, pode até ter se inspirado no pensamento dilmista  - se é que existe um pensamento dilmista - mas ficou claro que o estilo não era o da locutora.
E essa história de atribuir à oposição a culpa pelos fracassos das ações de governo é história velha e requentada. Até porque não há atualmente no Brasil uma oposição política digna do nome. Oposição é o que acontece na França, na Grã-Bretanha, nos Estados Unidos.
Dilma anunciou que o preço da energia elétrica vai baixar. Parabéns pela mágica! Quem não quer pagar menos pela energia elétrica ou por qualquer dos serviços prestados pelo Estado à sociedade? A questão é que dar com uma mão e tirar com a outra é mentira, é estelionato político. 
A conta, portanto, não pode ser fechada às custas do Tesouro, senão todos nós continuaremos pagando, só que em outra esfera, por outra via e sem saber. De onde saiu, pois,  esse valor de desconto? Onde ele estava embutido ou escondido? E por quê não veio antes? 
Ora, se o custo de produção de energia não baixou (até, ao contrário, aumentou), se não houve ganhos de produtividade, como é que se vai dar esse desconto?
Essas perguntas ficaram sem resposta, mas analistas já avaliam que o governo vai ter que desembolsar 8,46 bilhões de reais, por ano, para tapar esse buraco.
Essa notícia está, pois, com cara de demagogia eleitoreira. Sinto muito que D. Dilma esteja sendo pressionada pelo Molusco e queira devolver a bola, mas é o Erário que vai financiar a campanha eleitoral dela? É demais!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A função pública degradada

Exercer uma função pública deveria causar nas pessoas um certo temor, uma certa apreensão, de não estar à altura, de não ser capaz de exercê-la com a proficiência necessária, de não ter a coragem cívica suficiente para afrontar os inimigos da coletividade. Candidatar-se a uma função pública deveria exigir do cidadão, mais que uma ficha limpa, um exame de consciência, uma avaliação sincera de suas potencialidades e das exigências do cargo, uma auto-análise que revelasse as verdadeiras intenções por trás de tal objetivo. Deveriam os candidatos despir-se primeiro de sua mesquinhez, de seus interesses pessoais, mesmo que legítimos, para dedicar-se de corpo e alma aos interesses da comunidade que os elegeria. Ou seja, é um sacerdócio. A função pública deveria revestir-se do caráter de um dever sagrado e com tal circunspecção deveria ser exercida. 
Não é à toa que os romanos vestiam-se de branco como sinal de pureza quando candidatos a uma função pública. Decorre daí a palavra "candidatus" derivada de "candidus" (branco, limpo). Hoje em dia ninguém é mais cândido. O que vemos é uma profusão de velhacos, espertos, safados, canalhas, torpes, mesquinhos, venais, egoístas, interesseiros, querendo, almejando, salivando de vontade de por a mão no butim do erário.
Novamente os romanos: entre eles o "Aerarium", o tesouro público de Roma, era tão sagrado que ficava guardado no templo de Saturno, junto com os estandartes das legiões e os decretos do Senado gravados em bronze. Isso mostra o quão sério eram as questões públicas para eles. E deveriam continuar a sê-lo, hoje, se houvesse um pouco mais de patriotismo e um pouco menos de cinismo nas figuras públicas.
Mas, ao contrário da pureza de intenções, vivemos uma espécie de Sodoma e Gomorra  na política. Vale tudo. Já nem temos uma oposição digna do nome. É muito difícil exercer a oposição quando o desejo inconfesso é fazer também parte da "festa". E quando nos deparamos com um Roberto Jefferson fazendo oposição ao governo Dilma dá até vontade de chorar. Roberto Jefferson e José Dirceu são as duas faces da mesma moeda. Tanto que brigaram por motivos que jamais saberemos, mas que podemos perfeitamente imaginar. E se não tivessem brigado, o mensalão teria perdurado pelos oito anos e estaria talvez Dirceu agora sentado no trono ao invés da Dilma. Por qualquer ângulo que se olhe é sempre um horror. 
Isso nos leva a outro temor, o da fragilidade de uma democracia sem oposição. O caso do México, em que durante 70 anos reinou o PRI deveria nos servir de alerta. Ou quando a classe política se decompõe sem identidade e nos faz lembrar a República de Weimar que desembocou na ditadura nazista. Ou como quando, na bagunça institucional italiana, criou-se o ambiente político em que proliferou o fascismo. Não há vácuo na política. Quando os verdadeiros líderes abrem mão de seu papel, inevitavelmente surgem os falsos messias querendo "salvar" o povo.
Precisamos urgentemente de candidatos, no sentido original do termo. Precisamos de pessoas que se disponham a fazer política visando o bem comum. Será isso uma utopia? Não existem tais pessoas em nosso país? Estamos condenados eternamente a essa mediocridade? Ou será que, se crescemos e nos desenvolvemos em tantas áreas, conseguiremos enfim desenvolver o nosso sistema político? São perguntas que vão ficando sem resposta em razão dos fatos e do choque de realidade a que somos submetidos todos os dias, mas não podemos perder as esperanças, nem jogar a toalha pois então estaremos admitindo a derrota dos cidadãos de bem.

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