quarta-feira, 3 de abril de 2013

Sem noção

Houve uma época em que as pessoas públicas tinham mais decoro, especialmente nas relações internacionais. Seria impensável um ex-presidente apoiar ou deixar de apoiar publicamente um candidato à Presidência de um outro país. Isso configuraria uma ingerência absurda nos assuntos internos de outrem. Mas o fato é que vivemos tempos estranhos.
Há dois anos, Hugo Chávez não teve nenhum pudor em meter o bico no processo eleitoral brasileiro e apoiar a candidatura da Dilma; e agora o Molusco devolve a descortesia manifestando seu apoio ao candidato Maduro. Perdeu-se a noção de limites.
Tanto é assim que um deputado, o Feliciano (não podia ser outro!), diz, com todas as vogais e consoantes, que Satanás estava exercendo uma função pública no Brasil, presidindo a Comissão dos Direitos Humanos! E ninguém estranha o dito, talvez porque, como o diz próprio Tinhoso no filme "O Advogado do Diabo": "Eu entendo o Homem. Sou um humanista!"
Parece que o cramulhão está realmente na moda, pois também recentemente a presidAnta admitiu que em eleição ela "faz o diabo".

Por falar em diabo, Hugo Chávez também reencarnou...em um pássaro, segundo o candidato apoiado pelo Molusco. O tal passarinho "conversou" com ele em linguagem de pios e assobios e lhe manifestou apoio nas eleições.
Fico pensando: será que sou eu que fiquei louco e estou imaginando coisas? Se não, então me digam o que é que esse povo anda bebendo!
O cara que disse isso é o candidato a presidente da Venezuela! E tem o apoio do ex-presidente do Brasil! Em uma situação de normalidade imagino que, com uma declaração dessas, seria declarado insano pelo próprio partido e sua candidatura seria retirada. Mas, não. Vai continuar e ainda pode ganhar as eleições. E, se depois de eleito e empossado continuar a ter visões desse tipo? A Venezuela então vai ser governada por um espírito desencarnado e os atos de governo serão psicografados! Absurdo? Não. Sinal dos tempos!



terça-feira, 2 de abril de 2013

Mais um cabide

Não satisfeito com os prejuízos monumentais das estatais Eletro e Petrobrás, e que terão que ser cobertos pelo Tesouro, o governo anuncia a criação de mais uma estatal: a Segurobrás.
Com capital social de 50 milhões, esse novo monstrengo vai fazer concorrência às seguradoras privadas em habitação, veículos, crédito estudantil e exportação, além de, claro, fazer os seguros de todas as obras de infraestrutura do tal pacote, que não sai do blá-blá-blá.
O certo, sabemos,  é que o governo já começa gastando, sem saber se esse dinheiro terá algum retorno algum dia. Começa por criar mais alguns cargos de "confiança", algumas nomeações de apaniguados, parentes e amigos. Mais um instrumento de manipulaçao, compra de interesses, roubalheira explícita e implícita a ser paga pela abestalhada população desse fim-de-mundo.
Quando a gente pensa que esse desgoverno já fez tudo que podia para assaltar o Estado e acabar com a credibilidade das instituições, eles nos surpreendem com sua criatividade sem limites. Só faltava essa!
Diante da desorganização das contas públicas (a causa primeira e principal da inflação), na surdina, sem fazer barulho, sem chamar atenção, deixando os bobos se debaterem com o pastor Feliciano, o governo Dilma faz o Congresso (essa casa de tolerância) aprovar rapidamente a criação de mais um monstrengo que não vai nos servir de nada. É apenas mais um cabide de empregos, mais uma fonte de recursos para mensaleiros, mais uma inutilidade pública. 
Enquanto isso faltam materiais e equipamentos nos hospitais, faltam os próprios hospitais; enquanto isso o transporte público é uma vergonha, os portos seguem abarrotados sem condições de receber ou despachar as mercadorias, os aeroportos em  situação caótica, as estradas caindo; enquanto isso as casas dos flagelados de 2011 ainda esperam para serem construídas; enquanto isso as contas públicas se deterioram, o dragão da inflação volta com fome, a balança comercial apresenta o pior resultado em mais de uma década, as agências de risco rebaixam a classificação do BNDES;  enquanto isso, o gigante segue adormecido, sem saber que estão roubando muito mais que os recursos públicos, estão lhe roubando o futuro.

sábado, 30 de março de 2013

Incompetência e irresponsabilidade

Mostre me um prejuízo em uma estatal e eu lhe mostro o dedo do governo. Mas dessa vez foi bem rápido! Em menos de 3 meses, a Eletrobrás revelou o quanto de prejuízo uma ingerência irresponsável pode fazer. Como o governo detém 67% das ações, obrigou a Eletrobrás a aceitar o tal pacote de renovação antecipada das concessões com redução de tarifa. 
Para fazer gracinha visando sua reeleição em 2014, Dilma não se preocupou em causar um prejuizo monstro de 6,7 bilhões na empresa. Dane-se, deve ter pensado, eu quero é ganhar a eleição! Não houve um plano para redução de custos que suportasse esse desconto, uma reestruturação do sistema, como se faz nas empresas privadas quando se tem que reduzir custos. Nada! Foi uma canetada e pronto! A bruxaria estava feita.
Claro, que a conta ia ser paga por alguém. Vai ser paga, principalmente, pelos funcionários que serão demitidos. Serão 5400 famílias de funcionários da Eletrobrás afetadas pela demissão em massa. Esse é o governo do PT!

Do mesmo modo como não se preocupa em causar prejuízos nas estatais, ou nas autarquias, em que o estado é majoritário, ou mesmo interferir negativamente em empresas privadas como a Vale, a presidAnta já deixou claro que "um pouco de inflação" não faz mal. Para um país que já sofreu dessa doença grave e teve que se submeter a tratamentos de choque, uma declaração como essa, partindo da chefe do executivo, é como um médico dizendo ao paciente que ele tem uma metástase, mas que não precisa de se preocupar, porque a metástase é pequena. É óbvio que o recrudescimento da inflação é preocupante, até porque, dos males econômicos, a inflação é dos mais difíceis de se extirpar e dos mais incapacitantes para a economia.

A incompetência da presidAnta está flertando com a irresponsabilidade. Isso não se pode admitir. A gestão temerária ou irresponsável da nação exige um posicionamento radical das forças políticas que se opõem a esse descalabro. Não se pode ficar calado e conivente com uma situação em que todos estamos vendo os pilares da economia se desmanchando diante de nós. As contas externas estão se deteriorando rapidamente. Petrobrás e Eletrobrás  fazendo prejuízos históricos. O PIB achatado. A inflação tomando as rédeas de novo.
Vamos ter que esperar até quando para reconhecer que essa senhora não tem a mínima competência para administrar o país?

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