terça-feira, 2 de abril de 2013

Mais um cabide

Não satisfeito com os prejuízos monumentais das estatais Eletro e Petrobrás, e que terão que ser cobertos pelo Tesouro, o governo anuncia a criação de mais uma estatal: a Segurobrás.
Com capital social de 50 milhões, esse novo monstrengo vai fazer concorrência às seguradoras privadas em habitação, veículos, crédito estudantil e exportação, além de, claro, fazer os seguros de todas as obras de infraestrutura do tal pacote, que não sai do blá-blá-blá.
O certo, sabemos,  é que o governo já começa gastando, sem saber se esse dinheiro terá algum retorno algum dia. Começa por criar mais alguns cargos de "confiança", algumas nomeações de apaniguados, parentes e amigos. Mais um instrumento de manipulaçao, compra de interesses, roubalheira explícita e implícita a ser paga pela abestalhada população desse fim-de-mundo.
Quando a gente pensa que esse desgoverno já fez tudo que podia para assaltar o Estado e acabar com a credibilidade das instituições, eles nos surpreendem com sua criatividade sem limites. Só faltava essa!
Diante da desorganização das contas públicas (a causa primeira e principal da inflação), na surdina, sem fazer barulho, sem chamar atenção, deixando os bobos se debaterem com o pastor Feliciano, o governo Dilma faz o Congresso (essa casa de tolerância) aprovar rapidamente a criação de mais um monstrengo que não vai nos servir de nada. É apenas mais um cabide de empregos, mais uma fonte de recursos para mensaleiros, mais uma inutilidade pública. 
Enquanto isso faltam materiais e equipamentos nos hospitais, faltam os próprios hospitais; enquanto isso o transporte público é uma vergonha, os portos seguem abarrotados sem condições de receber ou despachar as mercadorias, os aeroportos em  situação caótica, as estradas caindo; enquanto isso as casas dos flagelados de 2011 ainda esperam para serem construídas; enquanto isso as contas públicas se deterioram, o dragão da inflação volta com fome, a balança comercial apresenta o pior resultado em mais de uma década, as agências de risco rebaixam a classificação do BNDES;  enquanto isso, o gigante segue adormecido, sem saber que estão roubando muito mais que os recursos públicos, estão lhe roubando o futuro.

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