terça-feira, 2 de julho de 2013

O PT conversa consigo mesmo

É impressionante como o petismo é uma religião que se recusa a largar os dogmas. Depois de toda essa manisfestação nas ruas, em que os partidos foram solenemente evitados, principiando pelo PT, e até mesmo sob pancada,  a presidenta resolve "ouvir o povo" e convida para reunir-se com ela... o PT e seus vários "movimentos sociais".
Estiveram com ela, a convite: o Conselho Nacional de Juventude, MST, CUT, União da Juventude Socialista, Juventude do PT, UNE, Marcha das Vadias, entre outros.
Todas essas organizações, ou são órgãos do Estado, ou são patrocinadas pelo Estado. Quando se diz Estado, leia-se PT, pois é isso que ele é hoje. Apropriou-se do Estado brasileiro de tal maneira que já está ficando difícil distinguir uma coisa da outra. E... querem mais.
Além da Dilma, quem estava presente? O Sr. Gilberto Carvalho, é claro, e o primeiro-ministro, oops, ministro da Educação, Aloisio Mercadante. Todos com os ouvidos bem abertos para "ouvir o povo".
Enquanto isso, o resto (isso é, nós!) continua a enfrentar os mesmos problemas de sempre. A correr dos bandidos, a submeter-se aos traficantes, a ser achacado pela polícia, a se desvencilhar das armadilhas urbanas, a enfrentar os coletivos superlotados, a engarrafar-se no trânsito caótico, a enfrentar estradas esburacadas, mal sinalizadas e mortíferas, a ter que pagar uma exorbitância de mensalidade escolar para que nossos filhos tenham um mínimo de formação, a depender da ajuda dos parentes depois da aposentadoria, a esperar nos corredores dos hospitais públicos por um atendimento decente que não virá, ou ter que se submeter às regras leoninas e valores também exorbitantes dos planos de saúde.
Enquanto isso, bem ao nosso lado, os políticos continuam com suas aposentadorias especiais, sinecuras, carros com motorista, apartamentos funcionais, viagens, mordomias, tudo pago por nós, os babacas. Não satisfeitos com isso, ainda precisam meter a mão, para roubar, em todos os contratos que se fazem nesse país com o Estado.
E a presidenta então, depois de fugir com medinho do povo no jogo final da Copa, chama os seus correligionárioss para dizer que está ouvindo o povo! Francamente! Para uma ex-guerilheira, a presidenta está dando é um vexame!

PS- E que não nos venha com essa de botar essas subvencionadas organizações na rua para se contrapor à voz do povo, não, porque isso será uma temeridade e um incitamento ao confronto.

domingo, 30 de junho de 2013

Mais pão, menos circo

Ainda atordoados com o rumo e o ritmo dos acontecimentos, políticos de todos os naipes e analistas da mídia, apresentam as explicações mais variadas e tiram conclusões, às vezes, as mais estapafúrdias.
Alguns querem, porque querem, atribuir um dono ao movimento de protesto, como se isso fosse necessário e possível. Como se a insatisfação não fosse já antiga e generalizada com toda a classe política do país, com as devidas honrosas e cada vez mais raras exceções. Para expressar essa raiva e essa frustração não precisamos de guias, de líderes. O povo não precisa de ninguém,  precisa apenas de tomar consciência do próprio poder.
Outros querem identificar um rumo. Dizem que não se pode conseguir mudanças se não houver um rumo, um foco. O problema básico não é falta de foco. É que as reclamações e as exigências foram por tanto tempo acumuladas que são muitas mesmo. Já tivemos uma paciência, que parecia inesgotável, com os desmandos, as mentiras, o jogo político sujo, a roubalheira, a falsidade e a enganação. Já demos tempo suficiente para que a classe política entendesse que não seria possível conduzir eternamente o país dessa maneira. Como não entenderam e não quiseram mudar, agora queremos tudo e para já. 
É claro que, matreiros, campeões da enganação, os políticos tentam desviar o assunto. Aparecem com propostas as mais diversas, para tentar dizer ao povo que estão compreendendo a mensagem, mas na verdade estão é tentando nos enganar mais uma vez e o que querem é continuar a manter o seu mundinho de privilégios enquanto o país continua a patinar no atraso.
Não vai dar.  É preciso que compreendam que a festa acabou. Queremos um país novo, zerado. Queremos que se afastem da vida pública todos aqueles que não estiverem lá como legítimos representantes da vontade coletiva. Não queremos tutores, queremos servidores públicos, investidos de uma missão. Queremos que os grupos econômicos que doravante tentarem se apropriar do dinheiro publico sejam identificados, investigados e punidos exemplarmente, inclusive com a proibição de jamais poderem fazer negócios com o Estado. Alguns dizem, depreciativamente, que isso é moralismo. Não! Isso é moralidade com a coisa pública, quesito essencial da legitimidade da representacão.
Aos que querem saber o rumo, fiquem cientes que nenhuma revolução tem rumo. As revoluções começam pedindo pão e acabam cortando a cabeça dos reis  que tentam lhes dar o circo.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Quem vai pagar os pactos.

Lula escolheu uma incompetente para sucedê-lo e, com sua capacidade de comunicação com o povão, fez o eleitorado acreditar no seu aval. O que ele queria era uma incompetente mesmo, para que ela sequer tivesse condições de tentar a reeleição, deixando aberto o caminho para sua (dele) volta triunfal em 2014. O país que se danasse!
Até agora está dando certo, portanto não me espantarei se a candidatura de Lula começar a ser ventilada cada vez mais em alto e bom som pelos seus apaniguados. Por isso, a mim não soou estranha a coincidência de Gilberto Carvalho ter feito, no ano passado, a "profecia" de que o bicho iria pegar em 2013.
Como não tem capacidade de compreender a realidade à sua frente, Dilma ainda não se deu conta que já perdeu. Mas enquanto ela vai com o milho, seu ex-chefe já volta com a broa pronta.
Dilma persiste no mesmo erro e insiste em tentar enganar o povo com mais promessas disso e daquilo, como se estivesse realmente atenta ao clamor das ruas e disposta a atendê-lo.
Os pactos que propôs nada mais são que a repetição de pontos doutrinários do PT que já estão embolorados de tão velhos. Com o pacto da reforma política,via constituinte e/ou plebiscito, joga no colo do Congresso a responsabilidade que... já era do Congresso, ora bolas! E o tal plebiscito pode servir muito bem para justificar outras intenções, nem tão republicanas e nem tão democráticas, como a volta da censura à imprensa (chamada de controle social da mídia) e outra "cositas más". 
Com o pacto de de aplicar 100% dos royalties do pré-sal na educação, joga para um futuro incerto (ninguém sabe ainda o que o pré-sal vai dar, nem quando) um investimento que já está atrasado por décadas. O terceiro pacto, o da responsabilidade fiscal deveria ser uma obrigação de qualquer governo e que exatamente o governo dilmista jogou fora pela janela, relaxando o controle da inflação até chegarmos à situação atual. O pacto de melhora da saúde com a importação de médicos estrangeiros despreparados e sem fazer investimentos na correção dos problemas de infra-estrutura do sistema é apenas mais um foguetório sem consequência. Ou melhor, de consequências nefastas para o povo. E, por fim, o pacto do investimento em transporte público, ao qual dedicaria 50 bilhões. Só não disse de onde tirará esses 50 bilhões. Será que vai aumentar impostos? Não creio que a ex-guerrilheira tenha essa coragem toda, nesse momento. Vai simplesmente gastar mais e, ao aumentar ainda mais a dívida pública, anulará com isso qualquer promessa de adesão à responsabilidade fiscal.
As contas não fecham, porque não são para fechar mesmo. Tudo isso é mais uma balela, mais uma mentira, para ver se acalma a patuléia e ainda aproveita o momento de confusão para tentar mais uma vez a aprovação das propostas espúrias e antidemocráticas do PT. 
Enquanto isso, a inflação continua comendo solta, o PIB continua se encolhendo cada vez mais, os investimentos estrangeiros fugindo do Brasil como o diabo foge da cruz. E o Molusco, esperto como ele só, permanece cada vez mais escondido na concha, esperando só a hora certa de reaparecer, e mais uma vez como o salvador da pátria.
Essa é a aposta do PT no quanto pior, melhor para eles. Quem vai pagar os pactos somos nós mesmos.

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