quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Pesquisas em Minas

Saiu o resultado de mais uma pesquisa. Aécio estaria "fraco" em Minas. Cuidado, senhores analistas! Interpretar Minas não é tão simples!
Minas é um mistério. Não acreditem 100% nas pesquisas! O eleitor mineiro tipicamente não gosta de dizer em quem vai votar. Nem no confessionário, pro padre de sua paróquia. Aliás, principalmente para ele. 

Há um "causo" famoso que ilustra bem isso. Um dia, JK, acompanhado de amigos, entre eles José Maria Alckmin, estava no aeroporto da Pampulha, de onde iria visitar algumas cidades de sua base política no interior. JK era ex-presidente, mas estava em campanha para se eleger novamente em 1965.
De repente aparece uma troupe acompanhando um adversário político de JK, o udenista José Bonifácio de Andrada, ferrenho opositor do PSD. Juscelino, curioso para saber para onde iria o Andrada, manda Alckmin ir lá sondar.
Alckmin, velha raposa, com trânsito livre em todo o espectro político, retorna depois de alguns minutos de prosa. E diz para Juscelino: "Nonô, eles estão dizendo que vão para Juiz de Fora, para pensarmos que vão para Barbacena, mas vão é para Juiz de Fora mesmo."
Assim é Minas. Coitados dos experts em interpretação de estatísticas.

Buraco sem fundo

Ao ver os depoimentos das pessoas que estavam dentro do esquema de corrupção (vídeo aqui) fica claro que, desde o mensalão, a Petrobras era uma fonte das mais importantes de recursos públicos a serem desviados. Não só a Petrobras, como também o fundo de pensão Petros entrou na dança dos "malfeitos".
É um buraco sem fundo, quanto mais se cava mais roubalheira aparece. Não tem fim.
São 2, 4, 10, 100, 1000 Pasadenas! Como esse povo é competente para roubar! E a presidenta, com toda cara-de-pau, vem falar de afundamento de plataforma (acidente que ocorreu no governo FHC). 
Se ela, que foi presidente do Conselho da estatal diz que não sabia dessa roubalheira toda ocorrendo debaixo do seu nariz, por que o presidente FHC deveria saber que a plataforma iria sofrer uma explosão acidental? Ou dona Dilma está querendo insinuar que não foi acidental? Então era obrigação inarredável dela, como ministra das Minas e Energia no governo que sucedeu a FHC ter investigado esse caso a fundo e punido os responsáveis! Em 12 anos o que fizeram a respeito? Não tiveram tempo de investigar? Conta outra, presidenta! Conta mais outra lorota que já deixou de ser engraçado e está ficando patético. 
O que terá que ser feito no próximo governo, antes de mais nada, é uma investigação geral na administração pública, para banir esse entulho partidário que se encastelou nas organizações do estado e botar na cadeia, quase que em regime de arrastão, essa corja corrupta que está acabando com o país.  Não vai dar para fazer investigações pontuais porque não há casos pontuais. É uma instituição! É uma legião!
Dona Dilma deveria ser presa no parlatório do palácio do Planalto em Brasília, tão logo transfira a faixa presidencial seja pra quem for. No mínimo, deveria er detida para investigação, como aconteceu com o Sarkozy recentemente.
O problema é que a França, ao contrário de nós, c'est un pays serieux (é um país sério), ou que, ao menos, faz esforço para ser.
Eu pensava que a pior situação política vivida no Brasil teriam sido os 21 anos de ditadura militar. Estava enganado! O PT conseguiu superar o que de pior o país pode produzir.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Sangrias

A dona Dilma, pasmem, depois de toda essa história macabra da Petrobrás (história, aliás, que ela mesma ressuscitou ao afirmar que havia tomado a decisão de autorizar a compra da refinaria Pasadena, com base em relatório "falho") é capaz de dizer certas coisas, como disse em entrevista ao Estadão, de fazer corar qualquer cafetina calejada.
Eis o que derramou a gerentona: "Se houve alguma coisa, e tudo indica que houve, eu posso te garantir que todas, vamos dizer assim, as sangrias que eventualmente pudessem existir estão estancadas".

É nos chamar a todos nós, os brasileiros, de palhaços!
Ela, a presidente da República em pleno exercício do cargo confirma que sabe das sangrias na Petrobras. Se não, ia estancar o quê?
Ela, a presidente da República em pleno exercício do cargo informa que estancou as sangrias.
Não há malabarismo lógico capaz de inverter os argumentos acima. Pois então, como consequência, podemos e devemos fazer as perguntas abaixo, e ela, a presidente da República em pleno exercício do cargo, fica a nos dever as respostas a essas perguntas:

  1. Quais eram as sangrias existentes na Petrobras que Sua Excelência estancou?
  2. Qual era o valor dessas sangrias? Em outras palavras, quanto foi roubado?
  3. Quem sangrou a Petrobras? Em outras palavras, quem foram os ladrões?
  4. Quais as providências que Sua Excelência tomou para estancar as sangrias?
  5. Quais as providências que Sua Excelência tomou para punir os sangradores?
Bastam essas poucas perguntas, que jamais serão respondidas pela dona incompetente e leviana, cuja imagem foi falsamente construída como a de uma gerente durona e eficaz. Ela transitou por todos os órgãos de controle, ministério das Minas e Energia, presidência do Conselho de Administração da Petrobras, ministra da Casa Civil e, agora, não tem responsabilidade sobre as sangrias que disse ter estancado.
Então surge a questão: para quê existem órgãos de controle das empresas estatais? Não seria, então, melhor acabar com todos eles e economizar um pouco para compensar uma parte das sangrias que acabam ocorrendo de qualquer maneira?
E esse país, vai acordar algum dia de seu sono profundo ou é preciso que alguns black blocs mascarados tenham que fazer o papel que cabe a nós, os cidadãos, de impedir que essa corja continue a nos sangrar todos os dias?




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