quinta-feira, 12 de maio de 2016

Acabou pra eles

Vitória do povo brasileiro! Quando começaram as primeiras manifestações pró-impeachment em março de 2015, os partidos políticos estavam adormecidos. Á medida que o movimento foi tomando conta da sociedade e se intensificando, acordaram e tentaram pegar carona nessas manifestações. Foram rechaçados.
Somente agora, na reta final, quando os Drs. Hélio Bicudo, Janaína Pachoal e Miguel Reale Jr. formalizaram o pedido, é que a participação dos partidos se materializou, porque necessária institucionalmente.
O povo, das manifestações de rua, dos panelaços, se fez ouvir no Congresso. Isso, sim, é democracia na sua forma mais legítima.
Acabou uma parte do processo, retiramos de cena a organização criminosa que desgovernou o país por 13 anos, mas o processo ainda está longe de acabar. Temos que continuar a pressão por vários motivos:

  1. Impedir que os ratos, que pularam fora do barco no último minuto, voltem sorrateiramente.
  2. Garantir que os processos de depuração da Lava Jato, Zelotes e outras operações continuem até o fim.
  3. Impedir a blindagem de quem quer que seja, de qualquer partido a que pertença. Todos somos iguais perante a Lei.
  4. Vigiar os novos mandatários para que não caiam na mesma teia de arranjos, conchavos e corrupção. Temos que virar essa página definitivamente.
  5. Lutar por uma reforma política ampla, que diminua o número de partidos e fortaleça a representatividade mediante o voto distrital e, na minha opinião, adotarmos o parlamentarismo como sistema de governo.
De agora em diante, senhores políticos, abram seus olhos, pois os nossos já estão em cima de vocês.





terça-feira, 10 de maio de 2016

Tiro pela culatra

Quem não tem competência, não deve se estabelecer, diziam os nossos avós. Ditado que encerra uma verdade obvia, mas que, parece, escapa a muita gente.
Esse deputado, desconhecido até pouco tempo, se deslumbrou com a ascensão, mesmo que temporária, ao cargo de presidente da  Câmara e quis entrar em briga de cachorro grande, sem ter pedigree para isso.
Vai levar uma tunda!
De cara, será expulso do partido, logo depois perderá o cargo que tanto saboreava; e deve ficar agradecido se não for processado por falta de decoro e perder também o mandato. Seu filho já foi exonerado de uma sinecura que ocupava indevidamente, mas a inadequação só foi percebida depois que o pai passou a frequentar os holofotes. Ainda por cima, o dito cujo está comprometido também na Lava Jato e logo, logo, terá a sua acareação com o Moro.
A aberração foi tanta que nem o Renan pode aceitar. Esse foi o típico caso daquele puxa-saco que no afã de tanto ajudar, acaba pondo tudo a perder. Pois agora é que o processo do impeachment vai em frente mesmo e será votado na quarta-feira, sem mais delongas. Acabaram-se as chances de chicana. Depois desse ato desastrado do Maranhão, virou uma questão de honra e altivez do Senado, proceder à votação e obedecer ao calendário já estabelecido.
Se a estratégia foi elaborada pelo José Eduardo Cardozo da AGU,ele deve estar agora se martirizando pelo tiro que saiu pela culatra e atingiu Lula, Dilma, e toda a trupe governista.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Memoráveis presidentes da Câmara

Waldir Maranhão, até agora conhecido como o "famoso quem",  ganhou os seus quinze minutos de fama. Deve ter tirado os "selfies" sentado na cadeira de presidente e mandado para a amante, ou postado no facebook e pronto, realizou-se. Que se dane o Brasil!

Afinal o cara veio de família humilde. Isso por sí só já lhe confere uma aura de intocável, confere-lhe uma imunidade permanente contra críticas de qualquer natureza. Serão todas preconceituosas!
Adverte-nos que não nos enganemos com a sua cara de pateta, afinal formou-se em veterinária e chegou até a ser Reitor em uma Universidade no Maranhão. Um espanto!
Pela sua inesquecível entrevista de hoje, na qual ninguém pôde lhe perguntar nada, deduz-se que o Brasil deve se ajoelhar a seus pés e agradecer-lhe a suprema concessão de esbanjar tanto talento em prol da pátria imerecedora.

Já houve outros presidentes da Câmara dessa estirpe: Severino Cavalcanti, que recebia propina da lanchonete da Câmara e foi desafiado em plenário pelo Gabeira; Inocêncio de Oliveira que foi julgado no STF por manter 53 pessoas em trabalho escravo em suas fazenda. Foi ele que também usou o DNOCS(*) para perfurar poços artesianos em suas terras; Paes de Andrade, ao assumir interinamente a presidência, aproveitou a rara oportunidade e organizou uma visita com grande comitiva e tudo à sua cidade natal, Mombaça. Foi a primeira e última chance dessa cidade ser visitada por um "presidente da República".

A gente tem esperança que as coisas melhorem, mas nos últimos 30 anos, a política brasileira tem demonstrado que o Tiririca está é completamente errado. Sempre é possível ficar pior!



(*) DNOCS- Departamento Nacional de Obras Contra a Seca

Galeria dos Memoráveis

Severino Cavalcanti

Waldir Maranhão

Paes de Andrade

Inocêncio de Oliveira

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