Os "artistas" ganharam (?)! Michel Temer, ainda presidente provisório, preferiu eliminar mais essa fonte de atrito, tirando dessa classe político-ideológica, que se denomina "classe artística", o motivo dos protestos. Pode ser que tenha sido estratégico, no momento, tirar o bode da sala, mas a sinalização ao conjunto da sociedade não é boa.
Em primeiro lugar, não deixa de ser uma demonstração de fraqueza. Em segundo lugar, apesar de econônicamente insignificante, a extinção de um ministério carrega o simbolismo da austeridade. Em terceiro lugar, porque as atividades culturais não podem depender da existência de um ministério específico.
Aliás a cultura funcionou muito bem no Brasil, por exemplo, no final dos anos 50, quando o MEC, era ainda Ministério da Educação e Cultura. Esses anos, chamados Anos Dourados, foram os anos das produtoras de cinema Vera Cruz e Atlântida, do Cinema Novo, da Bossa Nova, do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), etc. Foi nessa época que o Brasil ganhou a sua única Palma Ouro em Cannes.
Cultura é essencial, como os alimentos, a saúde e a educação, mas não existe atividade cultural florescente em sociedades famintas, doentes e ignorantes. Resolver os problemas básicos da comida, da saúde e da educação é a condição "sina qua non" para o desenvolvimento da cultura. Ela passa a existir por si só, sem depender de ministérios.
E um ministério doador de verbas com caráter político-ideológico pode ser tudo, menos fomentador da cultura.
sábado, 21 de maio de 2016
sexta-feira, 20 de maio de 2016
Mamãe, eu quero mamar!
Na casa onde falta o pão, todos brigam e ninguém tem razão, diz a sabedoria popular. O Brasil está exatamente nessa situação! Não há dinheiro para fazer tudo. Escolhas difícies terão que ser feitas, mas, pelas manifestações até agora, ninguém quer perder um naco do seu quinhão.
São os artistas berrando daqui, os sindicalistas dali e por aí vai. É claro que os berros iniciais estão inflados de ideologia, como os "artistas" que foram protestar de "black tie" em Cannes. Mas outros gritos virão quando outros interesses forem contrariados.
Para resolver essa situação, todos teremos que ceder um pouco. Todos teremos nossos interesses particulares contrariados. É uma questão matemática. A conta não fecha e não há milagres. O dinheiro não surge do nada ou apenas pela vontade do governante, como a esquerda pensa. Dinheiro tem que ser produzido. A esquerda não tem muito essa noção porque normalmente não é muito afeita ao trabalho. Prefere viver às custas do Estado, como se o Estado produzisse alguma coisa. Do outro lado, quem trabalha, sabe o quanto as coisas custam.
Pois bem. Não vai adiantar ficar choramingando nessa atitude infantil, querendo continuar mamando eternamente na mesma chupeta. A hora é de desprendimento, renúncia, estoicismo e luta. É a hora de fazer aquilo que Kennedy propôs aos americanos, no seu discurso de posse: Don't ask what your country can do for you, but what you can do for your country (*).
Todos perderemos um pouco agora, para ganharmos mais na frente. Essa é a mensagem que Temer tem que levar ao povo no seu pronunciamento na segunda-feira. Mostrar a dura realidade e não fazer promessas falsas. O povo compreenderá.
(*) Não pergunte o que seu país pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo seu país.
São os artistas berrando daqui, os sindicalistas dali e por aí vai. É claro que os berros iniciais estão inflados de ideologia, como os "artistas" que foram protestar de "black tie" em Cannes. Mas outros gritos virão quando outros interesses forem contrariados.
Para resolver essa situação, todos teremos que ceder um pouco. Todos teremos nossos interesses particulares contrariados. É uma questão matemática. A conta não fecha e não há milagres. O dinheiro não surge do nada ou apenas pela vontade do governante, como a esquerda pensa. Dinheiro tem que ser produzido. A esquerda não tem muito essa noção porque normalmente não é muito afeita ao trabalho. Prefere viver às custas do Estado, como se o Estado produzisse alguma coisa. Do outro lado, quem trabalha, sabe o quanto as coisas custam.
Pois bem. Não vai adiantar ficar choramingando nessa atitude infantil, querendo continuar mamando eternamente na mesma chupeta. A hora é de desprendimento, renúncia, estoicismo e luta. É a hora de fazer aquilo que Kennedy propôs aos americanos, no seu discurso de posse: Don't ask what your country can do for you, but what you can do for your country (*).
Todos perderemos um pouco agora, para ganharmos mais na frente. Essa é a mensagem que Temer tem que levar ao povo no seu pronunciamento na segunda-feira. Mostrar a dura realidade e não fazer promessas falsas. O povo compreenderá.
(*) Não pergunte o que seu país pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo seu país.
Governar é escolher prioridades
O maior problema que se apresenta hoje à administração pública brasileira é como fechar as contas. O deficit fiscal já está estimado em 150 bilhões, podendo chegar a 200 bilhões. O deficit da previdência já ultrapassa os 200 bilhões. O dos fundos de pensão alcança 113 bilhões. Pelo que se vê, a unidade monetária dos déficits é o bilhão.
Esses valores somados, aos quais ainda se acrescentarão, os do BNDES, Caixa Econômica Federal, Eletrobras e uma possível necessidade de capitalização da Petrobras, pode chegar à quase inimaginável cifra de 1 trilhão! Isso representa 17% do PIB!
Como se vai tapar esse buraco é a questão que está na pauta permanente não só da equipe econômica, como também, e principalmente, nas nossas preocupações de cidadãos, sentindo sempre aquele frio na barriga do pressentimento de que vai sobrar pra nós.
Aumentar impostos é a solução mágica mais fácil, mas com uma carga tributária escorchante, que atinge 53% da renda nacional, qualquer novo aumento de impostos significa um aprofundamento da recessão.
E o risco é de a receita cair ao invés de aumentar. Se a população não está conseguindo pagar a carga tributária atual, o que fará em caso de aumento de tributos? Ou quebra, ou cai ainda mais na informalidade. Em qualquer dos casos, a receita diminui ao invés de aumentar. Portanto, não é por aí o caminho.
O que resta então ao governo é uma economia de guerra! Declara-se um Estado de Emergência e o governo vai administrando as despesas daqui e dali, cortando o que não for essencial, e recompondo as receitas à medida que a economia for dando sinais de recuperação. Baixam-se os juros à força, o que pode trazer uma economia por volta de 600 bilhões anuais nas despesas. E isso terá um efeito colateral imediato, que será a recuperação econômica, a única verdadeira possibilidade de equilibrar as contas.
Somente depois disso é que haverá condição de governar, que é o ato de escolher prioridades. Por ora, não há o que escolher.
Esses valores somados, aos quais ainda se acrescentarão, os do BNDES, Caixa Econômica Federal, Eletrobras e uma possível necessidade de capitalização da Petrobras, pode chegar à quase inimaginável cifra de 1 trilhão! Isso representa 17% do PIB!
Como se vai tapar esse buraco é a questão que está na pauta permanente não só da equipe econômica, como também, e principalmente, nas nossas preocupações de cidadãos, sentindo sempre aquele frio na barriga do pressentimento de que vai sobrar pra nós.
Aumentar impostos é a solução mágica mais fácil, mas com uma carga tributária escorchante, que atinge 53% da renda nacional, qualquer novo aumento de impostos significa um aprofundamento da recessão.
E o risco é de a receita cair ao invés de aumentar. Se a população não está conseguindo pagar a carga tributária atual, o que fará em caso de aumento de tributos? Ou quebra, ou cai ainda mais na informalidade. Em qualquer dos casos, a receita diminui ao invés de aumentar. Portanto, não é por aí o caminho.
O que resta então ao governo é uma economia de guerra! Declara-se um Estado de Emergência e o governo vai administrando as despesas daqui e dali, cortando o que não for essencial, e recompondo as receitas à medida que a economia for dando sinais de recuperação. Baixam-se os juros à força, o que pode trazer uma economia por volta de 600 bilhões anuais nas despesas. E isso terá um efeito colateral imediato, que será a recuperação econômica, a única verdadeira possibilidade de equilibrar as contas.
Somente depois disso é que haverá condição de governar, que é o ato de escolher prioridades. Por ora, não há o que escolher.
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