sexta-feira, 20 de maio de 2016

Governar é escolher prioridades

O maior problema que se apresenta hoje à administração pública brasileira é como fechar as contas. O deficit fiscal já está estimado em 150 bilhões, podendo chegar a 200 bilhões. O deficit da previdência já ultrapassa os 200 bilhões. O dos fundos de pensão alcança 113 bilhões. Pelo que se vê, a unidade monetária dos déficits é o bilhão.
Esses valores somados, aos quais ainda se acrescentarão, os do BNDES, Caixa Econômica Federal, Eletrobras e uma possível necessidade de capitalização da Petrobras, pode chegar à quase inimaginável cifra de 1 trilhão! Isso representa 17% do PIB!

Como se vai tapar esse buraco é a questão que está na pauta permanente não só da equipe econômica, como também, e principalmente, nas nossas preocupações de cidadãos, sentindo sempre aquele frio na barriga do pressentimento de que vai sobrar pra nós.
Aumentar impostos é a solução mágica mais fácil, mas com uma carga tributária escorchante, que atinge 53% da renda nacional, qualquer novo aumento de impostos significa um aprofundamento da recessão.

E o risco é de a receita cair ao invés de aumentar. Se a população não está conseguindo pagar a carga tributária atual, o que fará em caso de aumento de tributos? Ou quebra, ou cai ainda mais na informalidade. Em qualquer dos casos, a receita diminui ao invés de aumentar. Portanto, não é por aí o caminho.

O que resta então ao governo é uma economia de guerra! Declara-se um Estado de Emergência e o governo vai administrando as despesas daqui e dali, cortando o que não for essencial, e recompondo as receitas à medida que a economia for dando sinais de recuperação. Baixam-se os juros à força, o que pode trazer uma economia por volta de 600 bilhões anuais nas despesas. E isso terá um efeito colateral imediato, que será a  recuperação econômica, a única verdadeira possibilidade de equilibrar as contas.

Somente depois disso é que haverá condição de governar, que é o ato de escolher prioridades. Por ora, não há o que escolher.


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