domingo, 15 de maio de 2016

FrankensTemer

O governo Temer é um governo de transição e de coalização, mas não pode virar uma colcha de retalhos, senão não irá a lugar algum. O Brasil não pode esperar mais.
Tem que haver a participação de vários partidos (porque infelizmente essa é a atual organização política do país) mas tem que haver um comando centralizado, um maestro regendo a orquestra, senão o conjunto desafina. No presente momento, já há sinais de dissonância:

  1. um ministro, Geddel Vieira, diz que vai procurar o Lula para obter seu apoio! Inacreditável! Custamos a nos livrar da praga do PT no governo e já tem gente querendo atraí-lo de volta! E, com qual objetivo? "Tenho certeza que o Lula vai contribuir", diz ele. A pergunta a seguir é: Quer "contribuição" maior que a dos 13 anos, que ele já deu? E todos estamos sofrendo as consequências dessa "contribuição".
  2. Henrique Meirelles, reconhecidamente competente, entretanto já fala em recriar a odiada CPMF. Não deveria fazê-lo sem antes esgotar outras possibilidades de ajuste, como, por exemplo, extinguir as renúncias fiscais que só beneficiam alguns grupos.
  3. a malfadada tentativa de nomear, para o ministério da Defesa, o deputado Newton Cardoso Filho.
  4. ministros nomeados que já estão sob investigação na Lava Jato, tais como, o próprio Geddel Vieira, citado acima; Henrique Eduardo Alves, Romero Jucá, Eliseu Padilha e Bruno Araújo. Isso já causou protesto da OAB.
Não será um governo fácil e não se pode esperar milagres, mas também não precisa brincar com a sorte. Esperemos que Temer assuma realmente a função de timoneiro nessa travessia turbulenta e que ao final o governo apresente uma unidade de ações e de propósito para não se transformar em um monstro

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