domingo, 1 de maio de 2016

Os votos de Dilma

Uma das coisas que os defensores desse governo moribundo gostam de dizer é que Dilma foi eleita com 54 milhões de votos. Portanto, - concluem - tirá-la, para pôr alguém que não teve votos, é golpe!
Esses, que assim argumentam, se esquecem propositalmente que no sistema que adotamos o vice faz parte integrante da chapa. Quem vota no presidente, vota também no vice, compulsóriamente.

Na Constituição de 46, presidente e vice eram eleitos separadamente. Se assim fosse até hoje, Dilma poderia ter sido eleita, por exemplo, com Aloysio Nunes do PSDB, como vice, que seria agora quem a iria suceder!
O sistema adotado em 88 foi para evitar uma possível "guerra" entre o presidente e o vice, caso fossem de partidos e coligações diferentes.

Portanto, os defensores da Dilma não podem querer que os 54 milhões de votos sejam só dela. Isso é apenas mais uma tentativa de manipular um dado da realidade para criar uma argumentação do nada. O fato de ter escolhido Michel Temer como vice não foi por acaso. Foi para trazer mais votos para a Dilma! Ou os caciques peemedebistas não puxaram votos nas bases para a chapa? A escolha do vice foi do PT e de mais ninguém. Se Michel Temer é isso, ou aquilo, o PT já deveria saber, pois afinal, Temer foi vice dela também no primeiro mandato.
Mas no caso do PT, as pessoas passam a ter qualidades ou vícios dependendo do lado em que estão. Se não estão a favor do PT, passam a ser fascistas, golpistas, corruptos, traidores, energúmenos, racistas, homofóbicos, coxinhas. É realmente uma atitude, além de muito pouco republicana, bastante infantil.

O exercício da política com P maiúsculo exige maturidade, saber ganhar e saber perder, apoiar a alternância de poder, respeito ao adversário. Nada disso o PT demonstra ter adquirido nesses anos todos. Agem como crianças mimadas que perderam o brinquedinho. Fazem birra. Batem o pé.
Só que isso não resolve nada e o povo brasileiro já está cansado dessa pantomima. A prova são os gatos pingados, pagos e alimentados com pão e mortadela, que hoje foram ao Anhangabaú ouvir os berros da Bruxa do Planalto. Nem o Bruxo-mor, que a pôs lá, compareceu.

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