domingo, 16 de abril de 2017

Prisão do Lula

O país está se perguntando: afinal, a lei vale para todos, ou não? Há algum tempo, sabíamos que não. A lei que valia para o Zé da esquina, não valia para um Eike Batista, um Sérgio Cabral ou um Odebrecht. Agora sabemos que passou a valer também para eles.

Mas, e pro Lula? Entra denúncia, sai denúncia, casos e mais casos são contados, envolvendo não só o Exu, mas seus parentes, filhos, irmão, mulher, nora, até o cachorro e o papagaio; e o dito cujo continua livre e solto, ainda usando o microfone para nos ameaçar a todos com uma possível candidatura.

Sim, porque uma eventual candidatura do Lula, a essa altura, será um tapa na cara do povo brasileiro honesto e pagador de impostos. Deixar esse chefe mafioso ter o direito de disputar qualquer eleição é uma confissão de incompetência nossa, como povo, como democracia e como civilização. Quanto mais se demora para prendê-lo, menos as pessoas acreditam que a Lava Jato represente uma verdadeira mudança no país. É portanto uma questão didática, educativa. Prender o Lula é dizer a todos que realmente não há intocáveis no Brasil e que aqui a lei está valendo para todos indiscriminadamente.

Que os sindicatos e demais pelegos saiam às ruas e berrem à vontade. A Justiça não pode temer manifestações de capangas. Se fizerem arruaça que sejam presos e responsabilizados pelos danos cometidos. A lei, para eles também!

Já passa de hora de botar esse chefe da Orcrim na cadeia. Bem trancado e que de lá não saia tão cedo. Se sair.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Espantoso país!

Não sobrou pedra sobre pedra. A gente já suspeitava, ou melhor, já sabia que a corrupção rolava solta no mundo político e nas esferas do poder. Mas, por mais que imaginássemos, uma coisa é acreditar, outra coisa é ver.

Agora que os vídeos estão aí aos borbotões falando sobre tudo e sobre todos, chega a ser chocante a naturalidade com que esses crimes eram concebidos, combinados, e agora são revelados. Emílio e Marcelo Odebrecht contam os casos mais escabrosos como se estivessem narrando um acontecimento fortuito, uma viagem prosaica, uma piada de salão. Contam, até com sorriso nos lábios, a traição à pátria que estavam cometendo junto com seus parceiros políticos.

O que merece essa gente? Qual pena seria suficiente para ressarcir a sociedade do dano continuado que nos fizeram? Em primeiro lugar, o confisco de bens ganhos ilegitimamente, tanto da parte das empreiteiras, quanto da parte dos corrompidos. E devolução só não basta. Tem que ser devolução com ágio, para que o equilíbrio seja minimamente restabelecido entre a sociedade expoliada e a ORCRIM.
Além disso, pena de morte para os líderes das organizações, prisão perpétua para os do segundo escalão e para os que fizerem delação (grande benefício em relação à pena de morte) e depois, penas variáveis conforme o código penal, segundo a participação e o dano público produzido por cada agente. Nada menos que isso.

Hão de dizer: mas no Brasil não há pena de morte, nem prisão perpétua! Talvez essa seja a razão de nossas mazelas. Somos um país oficialmente "bonzinho", embora massacremos nossas crianças e adolescentes todos os dias. Desde que seja extra-oficial, o massacre é permitido.
Pois está na hora de revermos essa hipocrisia e admitir em nossas leis, em casos extremos como esse, a pena de prisão perpétua e a pena capital.

Para problemas extremos, soluções extremas. Foi assim em Nuremberg. Diante de um crime hediondo sem precedentes, um tribunal sem precedentes julgou segundo leis sem precedentes. É disso que precisamos agora no Brasil. Diante de um crime dessa natureza, dessa magnitude, não há código civil ou penal que sirva de referência.

É preciso que se mude tudo. A república de 1988 acabou. Precisamos refundar o país em outras bases, com outra Constituição e sem essa organização criminosa que se apoderou do Estado. A solução começa por varrê-los do mapa. É preciso uma ruptura. Não há outra hipótese. Ou vamos acreditar que os bandidos vão comandar seu próprio julgamento e sua própria condenação? Eles ainda estão no poder. Eles ainda fazem as leis. É preciso tirá-los de lá. Rapidamente.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Fim do mundo para as ratazanas

O mundo acabou! Para eles, os políticos, o mundo acabou de acabar. Aquele mundo maravilhoso, em que tudo era possível, no qual o dinheiro nunca faltava, nem para as campanhas mentirosas, nem para o enriquecimento pessoal; mundo em que jamais teriam que enfrentar cobranças e muito menos punição, para felicidade geral da nação, acabou!

Há muito tempo o Brasil devia a si mesmo o enfrentamento dessa realidade. Uma realidade que solapou o desenvolvimento do país, que impedia a realização do potencial dessa nação continental e rica, que foi responsável por muitas vidas fisica, intelectual e socialmente perdidas. Essa traição continuada à pátria é um crime sem precedentes talvez na história da humanidade, considerados o volume e o tempo.

As consequências estão aí, visíveis, nos hospitais carentes, nas doenças endêmicas, no sistema educacional público em frangalhos, na previdência cujas contas não fecham, na infra-estrutura destruída e abandonada, nas decisões propositalmente equivocadas, como, por exemplo, a construção megalomaníaca e desnecessária dos estádios de futebol para a Copa, na falta de segurança, na bandidagem policial, na leniência e morosidade da justiça, no predomínio do tráfico sobre as estruturas do Estado, na situação calamitosa e degradante dos presídios.  A lista pode se estender por muito mais aspectos da vida nacional.

E, nós, o povo, abestalhados, a ver tudo isso acontecendo sob os nossos narizes, mas sem reação, sem acreditar que pudéssemos reagir e dar um basta.

Pois uma conjunção de fatores benignos e até certo ponto inesperados, fizeram uma investigação local de lavagem de dinheiro dar nessa magnífica operação Lava Jato. Naquele momento, havia um ministério público jovem, idealista e competente, e um juiz impoluto e corajoso, em Curitiba, que iriam mudar o rumo da história desse país.

As ratazanas ainda não se deram por vencidas. Seria ingenuidade esperar o contrário, mas aqui dá-se o fenômeno da massa crítica. Depois que um determinado número de pessoas, chamado massa crítica, adota uma nova posição ou assume determinado comportamento, esse fenômeno passa a ser dominante e autossustentável. É por isso que uma pessoa acostumada a jogar lixo na rua, deixa de fazê-lo quando viaja ou se muda para um lugar onde esse mau hábito seja condenado. A massa crítica funciona socialmente, tanto no sentido negativo, quanto no positivo.

Parece que atingimos no Brasil essa massa crítica de pessoas que não mais admitem a corrupção dos agentes públicos como um fato da natureza. É por isso que, apesar da resistência, o mundo desses políticos acabou. Não há mais tolerância.

A lista de Facchin não deixa dúvidas sobre a extensão e a profundidade desse problema. Estamos vivendo um momento histórico de virada. Não será um processo linear, haverá idas e vindas, golpes e contragolpes, mas a virada é inevitável. As entranhas estão expostas, os métodos revelados à luz do dia. O ambiente não é mais propício para as ratazanas. É o fim do mundo delas.

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