sexta-feira, 14 de abril de 2017

Espantoso país!

Não sobrou pedra sobre pedra. A gente já suspeitava, ou melhor, já sabia que a corrupção rolava solta no mundo político e nas esferas do poder. Mas, por mais que imaginássemos, uma coisa é acreditar, outra coisa é ver.

Agora que os vídeos estão aí aos borbotões falando sobre tudo e sobre todos, chega a ser chocante a naturalidade com que esses crimes eram concebidos, combinados, e agora são revelados. Emílio e Marcelo Odebrecht contam os casos mais escabrosos como se estivessem narrando um acontecimento fortuito, uma viagem prosaica, uma piada de salão. Contam, até com sorriso nos lábios, a traição à pátria que estavam cometendo junto com seus parceiros políticos.

O que merece essa gente? Qual pena seria suficiente para ressarcir a sociedade do dano continuado que nos fizeram? Em primeiro lugar, o confisco de bens ganhos ilegitimamente, tanto da parte das empreiteiras, quanto da parte dos corrompidos. E devolução só não basta. Tem que ser devolução com ágio, para que o equilíbrio seja minimamente restabelecido entre a sociedade expoliada e a ORCRIM.
Além disso, pena de morte para os líderes das organizações, prisão perpétua para os do segundo escalão e para os que fizerem delação (grande benefício em relação à pena de morte) e depois, penas variáveis conforme o código penal, segundo a participação e o dano público produzido por cada agente. Nada menos que isso.

Hão de dizer: mas no Brasil não há pena de morte, nem prisão perpétua! Talvez essa seja a razão de nossas mazelas. Somos um país oficialmente "bonzinho", embora massacremos nossas crianças e adolescentes todos os dias. Desde que seja extra-oficial, o massacre é permitido.
Pois está na hora de revermos essa hipocrisia e admitir em nossas leis, em casos extremos como esse, a pena de prisão perpétua e a pena capital.

Para problemas extremos, soluções extremas. Foi assim em Nuremberg. Diante de um crime hediondo sem precedentes, um tribunal sem precedentes julgou segundo leis sem precedentes. É disso que precisamos agora no Brasil. Diante de um crime dessa natureza, dessa magnitude, não há código civil ou penal que sirva de referência.

É preciso que se mude tudo. A república de 1988 acabou. Precisamos refundar o país em outras bases, com outra Constituição e sem essa organização criminosa que se apoderou do Estado. A solução começa por varrê-los do mapa. É preciso uma ruptura. Não há outra hipótese. Ou vamos acreditar que os bandidos vão comandar seu próprio julgamento e sua própria condenação? Eles ainda estão no poder. Eles ainda fazem as leis. É preciso tirá-los de lá. Rapidamente.

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