Pois é! Chegamos lá! Chegamos ao estado da arte em matéria de bandidagem. Agora, sim, somos exportadores de bandidos. Podemos dizer que agora temos o Bandido MADE IN BRAZIL.
E não é qualquer bandido que exportamos. São bandidos com certificado de origem, D.O.C. (denominação de origem controlada), safra especificada, terroir, etc. e tal.
É um orgulho nacional o que o PCC fez no Paraguai! Assalto a uma empresa transportadora de valores para ninguém botar defeito! Planejamento exemplar, logística correta, efetivo bem treinado, inteligência e contra-inteligência funcionando, coordenação rápida e eficaz, comando inquestionável. Tudo se desenrolou com um profissionalismo impecável!
As polícias brasileira e paraguaia estão anos-luz atrás desses bandidos. O comando e a coordenação se fazem dos presídios. Mas, com toda a dificuldade que essa contingência possa lhes oferecer, o planejamento estratégico segue os manuais das maiores empresas. Identificam o mercado-alvo, os concorrentes, seus pontos fortes e fracos, traçam o plano de expansão dos negócios e o executam conforme o figurino. Há muita empresa por aí que nem chega perto disso.
E aqui, continuamos a enfiar a cabeça na areia, para não ver o que está acontecendo à nossa volta. Há um crime organizado, que vem de cima, se encontrando com um crime organizado que vem de baixo. Os dois se misturam em muitos pontos. Por exemplo: quando aquele helicóptero de propriedade do filho do senador Zezé Perrella foi flagrado pela PF, com 445 quilos de cocaína, o que foi isso senão a junção das duas bandas da criminalidade? A de Brasília e a dos traficantes.
Bem juntada, nesse caso, pois o assunto foi completamente esquecido e nada aconteceu, nem mesmo com o piloto, que era "funcionário" da Assembleia Legislativa de Minas e foi obrigado a assumir a responsabilidade pela "carga".
Entre essas duas máfias, ficamos nós, classe média sem poder e sem representação política, órfãos de pai e mãe.
quarta-feira, 26 de abril de 2017
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