sexta-feira, 13 de junho de 2014

Credibilidade

Onde é que os institutos de pesquisa fazem pesquisa? Não conheço ninguém que já tenha sido entrevistado em uma pesquisa de intenção de voto. Eu sei que que os dados são colhidos por amostragem, mesmo assim é estranho porque, em outras pesquisas até menos abrangentes, eu já fui "consultado" ou conheço alguém que já foi.
Mas não se trata disso. O que me soa estranho é que por todo lado que se vá, encontram-se majoritariamente pessoas que nem suportam ouvir o nome ou ver a cara dessa senhora que está presidente do Brasil. A amostragem dos estádios nos comprova que há uma grande parcela da população que quer ver Dilma longe do planalto. 
Então a pergunta que não quer calar é: onde as pesquisas ainda encontram (na média!) mais de 30% de eleitores que dizem que vão votar na matrona? Do jeito que as manifestações se espalham de norte a sul do país, a impressão que se tem é que as intenções de voto na Dilma, não passam de 10%.
Esse governicho dela é ruim demais. É ruim com força! Não há uma promessa mirabolante ou não que esteja cumprida. E até onde estava tudo indo relativamente bem, começaram a aparecer problemas graves: a inflação é um exemplo. 
Tudo isso sem falar nas revelações de indícios de grossa roubalheira como o caso da compra da refinaria de Pasadena; ou o custo da "construção" da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; ou a promessa que o trem-bala estaria pronto em 2014; a derrama de dinheiro para construção do porto em Cuba, enquanto aqui a infraestrutura e a rede hospitalar pública está sucateada; os 800 aeroportos, as 3000 creches, etc., etc. A lista vai longe.
Razões existem de sobra para estarmos todos de péssimo humor. Nem uma vitória na Copa muda isso, porque depois de 2 ou 3 dias de comemoração, teremos que voltar à realidade.
Então, pergunto de novo, onde é que os institutos de pesquisa conseguem encontrar tantos eleitores da Dilma? Se eu fosse um diretor dessas agências ficaria muito preocupado com a minha credibilidade, afinal, essa é a mercadoria que vendem.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

A hora de pegar o boné

E Dilma, justo na festa do esporte mais popular de seu país, se escondeu de seu próprio povo. Foi blindada pelos assessores. Nem mesmo sua chegada ao estádio foi noticiada. Quis passar desapercebida. No entanto, se o Brasil ganhar, vai tentar se grudar nessa vitória para ver se arranca mais um pouco de popularidade. Traduzindo: votos!
Mas não deixa de ser um vexame ter de se esconder dessa maneira, para daqui a poucas semanas sair pelas ruas abraçando desconhecidos à cata de votos. Sair pelas ruas é força de expressão. Os locais que visitará serão escolhidos a dedo para que não haja surpresas. Já pensou Dilma visitar uma favela e de reprente começar a ouvir aquele coro que já está se tornando o hino da Copa: Ei, Dilma, Dilma, vai tomar no SUS?
É preciso ter muita cara-de-pau para, depois de correr do povo, correr para o povo.
Aí vem uma simples questão: uma figura pública que não pode sair à rua, nem comparecer a eventos públicos sem ser vaiada ou constrangida de alguma maneira, ainda pretende se eleger? Ainda pretende receber o voto de seus concidadãos? Não seria melhor abdicar logo dessa pretensão e, diante da insatisfação popular sobejamente demonstrada, preservar pelo menos alguma dignidade pessoal? 
Seria, se realmente se valorizasse a dignidade. Seria, se os políticos desse país, tivessem algum apreço pela honra. Mas essas são palavras de há muito esquecidas, cairam no desuso, tornaram-se arcaicas e sem significado. O que importa é manter-se no "pudê" e usufruir as benesses que vem junto com ele, principalmente, as benesses financeiras. É por isso que não se envergonham, e nós nem nos espantamos, quando ficamos sabendo que a presidente do Chile, Michelle Bachelet, teve de mudar sua hospedagem porque seu anfitrião, um governador de Estado, estava sendo preso. 
Normal! O governador foi preso? Normal! Foi solto com liminar? Normal! Vai ser preso de novo porque a Polícia Federal descobriu mais uma maracutaia sua? Normal!
Em que ponto chegamos! Mas ainda pode piorar. Sempre pode piorar. Basta que por artes do destino e da burrice do nosso povo, essa megera seja reeleita. Sentiremos saudade daquele último militar-presidente broncão que um dia disse não gostar do cheiro do povo. E teve que sair do Planalto pela porta dos fundos... 
Quando o relacionamento do chefe da nação com o seu povo chega a esse ponto é porque já passou da hora de o primeiro pegar o boné e dar o fora.


sábado, 7 de junho de 2014

Com esperança

Que novidade! A última pesquisa Datafolha nos informa que a Dilma caiu mais um pouco. Agora estaria com 34% das intenções de voto. É muito! Penso que as intenções de voto fora das amostragens são ainda piores, ou melhores, depende do ponto de vista. Nem mesmo os petistas mais empedernidos que conheço votam na Dilma com gosto! Esses, de carteirinha, votam obrigados, mas prefeririam uma outra pessoa, além do "hors concours", claro! Como não é o Lula, nem algum outro mais ou menos palatável, vão votar na Dilma mesmo, mas será um voto cabisbaixo, sem alegria e sem esperança. Enfim, um voto sem militância.
Portanto arrisco um palpite: a Dilma vai perder no primeiro turno! Não adianta espernear, nem contratar marqueteiros a peso de ouro, porque quando o barco começa a virar não tem volta. Estamos na ante-sala das eleições, já não há mais tempo para recuperar a popularidade perdida. O horário eleitoral, que dará exposição aos candidatos da oposição, ainda nem começou e portanto eles ainda são ilustres desconhecidos da maioria do povão.
Isso tudo, somado e dividido, me leva a crer que daqui pra frente será só ladeira abaixo para a dona Dilma. O Moluco saiu da toca, fez umas aparições pirotécnicas ao seu estilo, para marcar presença, falou besteira e desapareceu dentro da toca de novo. Esse pode ser tudo, mas não é bobo. Na hora em que a Dilma menos esperar passa-lhe a perna sem dó nem piedade.
Com o barco afundando, as demais ratazanas se preparam para saltar fora logo. Michel Temer, por exemplo, não pode explicitamente pular fora do barco, mas através de seus comandados, subitamente transformados em rebeldes, já põe os dois pezinhos no convés alheio. Jangadas salvadoras não faltam por aí.
Resta saber como vai se comportar a oposição. Apesar de todo o pragmatismo que norteia as decisões políticas, é preciso que a oposição se dê conta de que estamos em um momento de definição. O povo brasileiro quer algo novo, o povo quer romper com a velha política de compadrio. Pragmatismo nenhum justificaria, por exemplo, aceitar-se o apoio do PP do Maluf. Que a oposição entenda isso, para que possamos ainda ter alguma esperança na política. Do contrário será a barbárie.

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