segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O argumento cínico do PT

O PT, sempre que se referia à Petrobras, tratava-a como uma empresa intocável. Diziam que os tucanos quiseram privatizar a Petrobras, como se isso fosse um crime de lesa-majestade, de alta traição à patria!!! Até na recente campanha, Dilma chegou a mencionar a mesma coisa em tom de acusação.
Que caras de pau! Tudo o que eles sempre quiseram era pôr as mãos, com nove ou com dez dedos, na montanha de dinheiro que a Petrobras (antigamente a maior empresa do Brasil) movimentava.
E se lambuzaram nos últimos 12 anos. Encheram os cofres e as contas da Suíça de dólares roubados, surrupiados... do povo brasileiro! Já nem dá para acompanhar mais o quanto foi roubado. A cada dia aparece mais uma delação com mais uma lista de nomes e de cifras assombrosas.
A Petrobras já caiu para a quarta posição dentre as maiores empresas brasileiras. Ficam à frente, a Ambev, o Banco Itaú e o Bradesco. Suas ações atingiram o valor mais baixo dos últimos dez anos!
Agora entendemos o medo que eles sempre demonstraram de a Petrobras ser privatizada. Isso acabaria com uma galinha-dos-ovos-de-ouro. E eles queriam mais. Queriam que a telefonia também continuasse estatal. Nós ficaríamos com os telefones caríssimos e sem funcionar; e "eles", os privilegiados, com mais tetas à disposição, não só para dar empregos aos afiliados, mas para desviar mais "recursos" para o partido e seus cúmplices.
E ainda, apesar de tudo o que está exposto, continuam com a mesma arrogância, como se não tivessem feito nada de mais. E alguns ainda argumentam: " os outros também fazem, ou fizeram".
Não dá para discutir com base nesse argumento cínico. Se outros fizeram o mesmo, cadeia neles também! E cadeia no PT junto com eles!

sábado, 6 de dezembro de 2014

Quando a política falha.

Quando os políticos abdicam de seu papel insitucional, acabam por serem suplantados por outros atores. Essa grita que uma parte da sociedade brasileira está a fazer, pedindo por intervenção militar, não pode ser simplesmente descartada com desdém, como coisa de malucos direitistas e sem consequências práticas.
Hoje haverá uma manifestação, no MASP, dos reservistas das Força Armadas pedindo intervenção militar com todas as letras. Essa voz e essa vontade, embora manifestada até agora apenas por grupos pequenos, é entretanto endossada por parcelas cada vez mais crescentes da população. Por quê?
Porque estão descrentes de que os caminhos institucionais possam resolver esse estado de calamidade moral e econômica a que chegamos. Não acreditam que, mesmo com todas as investigações, o poder Judiciário vá punir os ladrões dos cofres públicos, o que é constantemente reforçado pelas atitudes do próprio Judiciário. Menos ainda acreditam em um Congresso maculado pela presença de tantos corruptos e venais como temos visto. Portanto, ao descrerem nas instituições democráticas, apelam para o que consideram ser uma última instância: as Forças Armadas. A culpa da antitude antidemocrática não é desse povo que pede a intervenção militar, nem de uma suposta direita hidrófoba e golpista por natureza. A culpa é dos próprios políticos que levaram o povo a essa descrença. Aliás quem pede a intervenção militar nem mesmo cogita de querer a implantação de uma ditadura. Querem que os militares para livrem o país dessa praga. Querem segurança para andarem nas ruas. Querem poder se locomover em transporte público decente. Querem hospitais e escolas funcionando. Querem ordem e, mesmo que não saibam, querem progresso, pois só com progresso podemos extinguir nossas mazelas e usufruirmos todos das riquezas nacionais. Esse povo que hoje clama por intervenção militar está cansado de esperar, está pedindo socorro. Essa é a voz a que, infelizmente, os políticos estão surdos, como se viu na semana passada, quando o Congresso demonstrou ao país que os deputados tem preço. O problema é que depois de desencadeada, uma eventual reação militar adquire vida e dinâmica próprias e onde terminará ninguém sabe.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

A careta do congresso

Democracias não são bens perenes. Não existem por si só. A democracia moderna, como o próprio nome indica, surgiu muito recentemente e nada nos garante que essa forma de governo prevalecerá no futuro. Ao contrário da democracia, todas as outras formas possíveis de governo e que são autoritárias, é que prevaleceram na história humana até os dias de hoje. 
A democracia é frágil e para existir e florescer tem que ser protegida e cultivada.
Aqui no Brasil então nem se fale. Nos 115 anos de república, os períodos que podemos chamar plenamente democráticos foram apenas dois, perfazendo um total de 50 anos, a maioria deles interrompidos por golpes e contragolpes a torto e à direita.
Pois essa mesma democracia é quem está cada vez mais correndo riscos no Brasil. Com a decisão de ontem, o Congresso mostrou ao país uma careta, mostrou que não tem respeito pelas próprias leis que promulga, mostrou que está de joelhos diante de um executivo que tudo compra e tudo paga. 
Para quê serve um Congresso desses? perguntam-se muitos brasileiros. E é aí que entra o risco. Se se conclui que o Congresso não serve para nada, a próxima conclusão será que basta o poder executivo, já que o legislativo não cumpre seu papel e o judiciário é o poder mais desconhecido e no qual a população menos confia.
Se é para o Congresso aceitar passivamente tudo o que o Executivo manda, realmente fica difícil justificar a sua existência e os enormes gastos que caem nas costas do contribuinte. E o que fez o Congresso mais uma vez?
Retirou o povo das galerias e votou o que o governo queria, ou seja, acabou de vez com a lei da responsabilidade fiscal. O recado que o Congresso nos deu é que a lei só vale para o executivo, enquanto o executivo quiser que valha.
Os senhores congressistas não sabem mas estão arriscando metaforicamente suas cabeças, como os nobres, dançando minueto nos salões de Versailles, enquanto a plebe já avançava sobre a Bastilha.




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