segunda-feira, 13 de abril de 2020

Não faremos falta

Com certeza ninguém precisa de mais um pitaco nessa história de enfrentamento ao coronavírus. O mundo já se dividiu em 2 metades: os que pregam que o confinamento é absolutamente essencial e os que acham que isso é uma rematada tolice, quando, não, uma atitude politiqueira.
Aliás, a politicagem pegou carona com força nessa pandemia. Engraçado é que, de repente, a esquerda ficou muda. Quem está brigando agora são os que estavam antes do mesmo lado.

O fato de a esquerda ter emudecido, também pode não ser um bom sinal. Eles estão esperando para ver qual lado vai prevalecer, para atacar pelo outro. Se prevalecer a tese do confinamento, vão atacar o Bolsonaro como irresponsável, dizer que deu maus exemplos. Se o confinamento perdurar e a economia ruir, vão dizer que é culpa do governo liberal e que está usando a pandemia como desculpa pela queda econômica que virá.

A questão mais grave, entretanto, é que talvez não haja sequer espaço para essa velha disputa política. Estamos, meio que, no mato sem cachorro, a humanidade inteira! Não se apresenta uma solução fácil. Todas são dolorosas e difíceis de serem tomadas. Estamos em guerra! E na guerra só se pedem sacrifícios, uns maiores, outros menores.

No mais, a humanidade está passando por um grande teste. Aquele que demonstra que fronteiras são algo fictício, o mundo é um só; que tanto nações ricas e poderosas, quanto as pequenas e pobres estão sujeitas ao mesmo destino planetário; que só há uma espécie humana e, se for extinta, o universo continuará do mesmo jeito, indiferente, e talvez o planeta Terra até se rejubile, aliviado! Ou seja, não faremos falta!

quarta-feira, 25 de março de 2020

Perigo para o vírus

A história da humanidade é uma vergonhosa sucessão de horrores: guerras, pilhagens, assassinatos, estupros, escravidão, torturas, enfim, sofrimento de todas as formas e graus, imposto aos nossos semelhantes por causa de etnia, raça, cor da pele, nacionalidade, gênero, casta, nível social, religião, gosto, cultura e por mais qualquer outra ínfima coisa que possa servir para nos distinguir uns dos outros.

O outro, o diferente, é sempre visto como a encarnação do Mal. Entretanto, mesmo os iguais, não são tão iguais assim. Os reinos e impérios, desde sempre, mesmo que constituídos de apenas um grupo étnico homogêneo, tal como os mongóis, os aztecas e os egípcios, todos eles impuseram mais sofrimento do que benefícios às respectivas populações. A começar muitas vezes na família. 
Não era incomum, em muitas culturas, que a sucessão na liderança do grupo fosse precedida ou sucedida por um derramamento de sangue dentro da própria família. Isso chegou a ser até uma tradição no Império Otomano, quando a morte de um sultão, implicava em que o herdeiro e sucessor, imediatamente, ordenasse a execução de todos os seus irmãos.

Ou seja, o Homo sapiens é uma espécie animal muito feroz e muito perigosa! Sem sombra de dúvida, a espécie mais perigosa do planeta. Onde chegamos, houve destruição, seja de espécies vegetais, seja de espécies animais, seja do ambiente físico.

E estamos com medo de um vírus!


domingo, 22 de março de 2020

Loucos anos 20

Esse veio com força! Não suspeitávamos em dezembro, o que seria esse ano bissexto! Agora já dá para sentir-lhe o pulso. Veio com força!

Além das vidas perdidas, o maior problema, que nos deixará esse 2020, será a recessão econômica, até porque não dá para estimar precisamente ainda o tamanho do buraco e sua duração.

Tenho para mim, que essa queda da economia poderá ser maior que a depressão decorrente da quebra da Bolsa em 1929. O desemprego será produzido quase que imediatamente, decorrente das falências e paralisações inevitáveis.

Entre 1929 e 1932, o PIB mundial caiu 15%. Em relação ao PIB estimado da época, a queda foi de aproximadamente 24 bilhões de dólares.
Agora, as previsões são de uma perda econômica de 3 a 4 trilhões de dólares, entre 2020 e 2023.

Claro que, considerando o tamanho da população à época e agora, a perda do PIB per capita em 1929 é imbatível, mas, o impacto da recessão atual sobre uma população muito maior, pode ser mais devastador.

Essas rupturas costumam acelerar ou precipitar acontecimentos históricos. O crash de 29 foi seguido pela ascensão de regimes totalitários em todo o mundo e pela Segunda Guerra Mundial. A derrocada política do comunismo em 1989, que culminou com o fim da União Soviética em 1990, foram precedidos e influenciados pelo desastre de Chernobyl em 1986.

Resta-nos torcer para que a queda não seja tão profunda e duradoura e que as mudanças que, porventura, vierem a ocorrer sejam aquelas benéficas das quais andamos tão necessitados.


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