sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Fora isso

 No Brasil, a esquerda é hipócrita, a direita é burra e o centro é corrupto. Essa frase poderia ser atribuída a Roberto Campos, mas não é dele. Eu diria, reformando o texto, que a esquerda é hipócrita e corrupta, a direita é burra e corrupta e o centro é corrupto e corrupto.

A corrupção está em todas as bases. A corrupção é um esporte nacional, desde um simples fura-fila de vacina, até as centenas de milhões surrupiados da nação, na cara-de-pau. Sendo assim, ela impregna todo o sistema e cria mecanismos para sua perpetuação. É como um virus, que, inclusive, sofre mutação quando se sente ameaçado.

Os fanáticos e os ingênuos ainda pensam que o governo Bolsonaro luta contra a corrupção. Eu também já fui ingênuo, não posso apontar o dedo aos demais. Mas Bolsonaro se distingue dos demais corruptos pelo seguinte: primeiro, é burro, limitado intelectualmente. Essa é uma característica da direita fanática da qual ele não escapa; segundo, é corrupto de baixo clero, tipo Severino Cavalcanti, contenta-se com alguns caraminguás, rachadinhas e coisas semelhantes. Mas Bolsonaro é louco também, não se importa em botar fogo no país se lhe surgirem as oportunidades e por isso, talvez, seja tão perigoso quanto Lula.

Agora,  demonstrando que sua liderança não tem rumo, diante dos erros primários cometidos durante a pandemia, com a taxa de aprovação em queda livre, só resta a ele cair no colo do Centrão corruptão integralmente. Fora isso é o impeachment.

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Carma ruim

 Às vezes, fico pensando: se Kardec estiver certo, o que será que nós, brasileiros, fizemos em outras vidas para merecer isso? Devemos ter feito parte das hordas de Gêngis Khan, das tropas SS nazistas nos campos de concentração, ou qualquer coisa semelhante. Pois não é possível termos nascido em um país como esse, com as maravilhas que tem, mas com a classe de políticos e governantes que surgem, uns atrás dos outros, assim, sem termos feito nada para merecer isso.

Vivemos uma geração inteira sob as cavalgaduras militares, depois vem Sarney!!!! E depois vem Collor!!! 

Quando temos um governante de aspecto melhorzinho, inteligente, de fala elegante e macia, é o bosta do FHC. 

Em seguida, saímos de Lula, caímos na Dilma, da Dilma pro Temer, do Temer para o Bolsonaro. É demais! 

Sem falarmos no Congresso, cujas bancadas conseguem ser piores a cada legislatura; e do Supremo não precisamos falar. A casa que já hospedou Evandro Lins e Silva, Nélson Hungria, Aliomar Baleeiro, Temístocles Cavalcanti e Pedro Lessa, agora abriga um Lewandowski, um Dias Tóffoli, um Nunes Marques!

Será que somos assim mesmo? Esse carma está difícil de aguentar!

sábado, 5 de dezembro de 2020

Suprema Excrescência

Encolhidinho e minúsculo no tempo da ditadura militar, há muito, o Supremo passou a ser um poder que paira acima dos demais. Legisla, investiga, acusa, julga e executa. Fomos cedendo aqui e acolá e agora percebemos em que abismo estamos prestes a cair.

Para começar, a maneira como seus membros são escolhidos já é uma excrescência: o presidente escolhe quem quer e o Senado aprova o escolhido. A tal exigência de notório saber jurídico e reputação ilibada, tornaram-se cláusulas ridículas, a ponto de um plagiador ter sido o último ministro ungido e um outro ter sido reprovado duas vezes em concurso para juiz. Não pode ser juiz, mas pode julgar os juízes.

Com esse sistema, não deveria nos espantar a decadência e avacalhação com que essa Corte se apresenta à nação. O respeito do povo, esse tribunal já perdeu há muito tempo. Chegamos ao ponto em que um ex-presidiário grava um vídeo achincalhando alguns membros do Supremo, equiparando-os a michês e travestis e fica por isso mesmo. Diz Roberto Jefferson, no vídeo que está aqui, disponível para quem quiser ver que "alguns ministros tem rabo preso e dois tem rabo solto. Conhecidos, um como Cármen Miranda e outro como Lulu Boca de Veludo."

Esse mesmo Supremo que tanto se indignou com as "fake news" a ponto de abrir investigação, agora calou-se por completo. Nem um pio. E o vídeo está circulando desde 21/06/20.

Pois bem, essa mesma instituição está prestes a rasgar pura e simplesmente a Constituição. Já são quatro e meio votos permitindo a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado, ao arrepio do artigo 57, parágrafo 4º da Carta Magna. Digo quatro e meio, porque votaram pela excrescência, Gilmar Mendes, óbvio, Lewandowski, idem, Tófolli, ibidem e Alexandre de Moraes. O Kássio Kopia e Kola, deu meio voto a favor e meio contra.

Se essa monstruosidade passar, o Supremo estará decretando a sua ditadura. Não haverá mais Constituição. O Supremo poderá tudo, bastando para isso decidir por maioria de 6 pessoas dentre 11. Decisões serão tomadas ao bel prazer e a favor do interesse da maioria desses urubus de capa preta. E ninguém poderá falar nada. Ninguém? Bom, se Roberto Jefferson pode falar aquilo, que mais ele poderá nos dizer?

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