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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Picaretagem explícita

As contas de luz, cuja futura possível redução, Dilma anunciou com o estardalhaço típico da demagogia populista, já se vê, talvez nem sejam reduzidas ou até aumentem em 7%, devido ao custo da participação das termelétricas na geração da energia.
O ministro da Fazenda, por outro lado, anuncia que vai baixar as alíquotas de importação de alguns produtos para ajudar a conter a inflação. Diga-se de passagem, que essas alíquotas foram aumentadas por esse mesmo governo, no ano passado, para beneficiar, obviamente, alguns amigos-do-rei da indústria local, que se aproveitaram, também obviamente, para aumentar seus preços, uma vez livres da concorrência de produtos estrangeiros mais baratos. A isso se chamou proteção da indústria brasileira. O consumidor que se dane.
Ontem, o mesmo governo, que queria fazer as privatizações dos portos e aeroportos (chamada pudicamente de concessões) oferecendo 5,5% de taxa de retorno (lucro, no bom e velho português) para quem se interessasse, passou a oferecer 15 a 16% de taxa de retorno alavancado, o que quer que isso signifique. Esses 15% estão no mesmo nível das privatizações de FHC, que tanto foram demonizadas pelo petismo.
O BNDES também vai "facilitar" as condições de financiamento. Vai dar mais prazo de carência, mais prazo para pagamento e taxas mais "atrativas".
Sai um molusco, entra um crustáceo. Antes era o programa-lula, agora é o programa-caranguejo de governo. Vai lá, vem cá. Um passo para frente, dois para trás. Um para esquerda, dois para direita. E por aí, entre uma tentativa e outra, uma demagogiazinha aqui, uma benessezinha alí, vamos nos equilibrando em cima de um pibinho que se recusa a crescer e uma inflação que, ao contrário, cresce exuberantemente.
A impressão que se tem é que ninguém sabe o que fazer. Foram desmontando aos poucos, por incompetência e arrogância,  todas as reformas do governo FHC e nada puseram no lugar a não ser palavras, bravatas e mentiras.
Depois só resta manipular os números para não mostrar o tamanho do buraco em estamos nos enfiando.

PS- Recomendo a leitura do excelente texto de João Pereira Coutinho (ver aqui)

terça-feira, 13 de março de 2012

E viva o PIBinho!

Como disse o Dep. Roberto Freire em seu blog, o ministro Guido Mantega passou o ano de 2011 exaltando o primeiro PIB do governo Dilma, que, segundo ele, ia ter 5% de crescimento. Agora, na hora da verdade, em que o crescimento do PIB foi um fiasco de 2,7%, o mesmo ministro Guido Mantega vêm eufórico à televisão dizer que o PIB foi excelente, que o governo errou por pouco, que a previsão anterior era de 3%, blá, blá, blá...
Pergunta-se: o ministro mentiu antes, quando já sabia que o crescimento do PIB não ia passar de 3% mas continuava dizendo que ia ser 5%, ou mente agora quando tenta fazer um número parecer o que não é?
O Dep. Freire desmonta toda a argumentação ufanista ao apresentar os números tais como são. Demonstra que mesmo o crescimento de 2,7% se deveu principalmente ao agro-negócio que cresceu 3,9% enquanto que a indústria em geral cresceu só 1,6% e a indústria de transformação (excluindo as commodities) cresceu somente 0,1% ou seja, nada! E os dados de janeiro de 2012 confirmam o pior, a desaceleração dessa atividade econômica.
A presidenta, em seguida, vai à Alemanha destemperar os europeus acusando-os de culpados pelo pífio desempenho brasileiro com o "tsunami" de moeda estrangeira invadindo o Brasil. A quem ela quer enganar? Aos europeus é que não é, mesmo porque eles estão suficientemente preocupados com seus próprios problemas e não estão nem aí para as bobagens que essa ex-militante terceiro-mundista fala ou deixa de falar.
Se não é incapacidade de entender a situação, é má fé mesmo. Todo e qualquer ser pensante sabe que a enxurrada de dólares ao Brasil decorre de um único motivo: a nossa belíssima taxa de juros. Enquanto lá fora o capital especulativo é remunerado de 0,5 a 2% AO ANO, aqui pagamos oficialmente 0,8% AO MÊS! E essa mesma belíssima taxa de juros é um dos entraves ao crescimento industrial. O outro ponto que explica o pífio crescimento é o que em tempos de globalização o custo Brasil fica cada vez mais escancarado. Nossa indústria (especialmente a de transformação que produz mais valor agregado e deveria ser incentivada) não é competitiva lá fora devido ao custo Brasil, representado pela imensa e escorchante carga tributária, pela baixa produtividade devido à mão-de-obra despreparada e de baixa escolaridade, pela ineficiência estatal e pela precariedade da infraestrutura. Enquanto não somos competitivos os chineses nos dão um banho.
A transferência de renda do governo Lula, utilizada como cabo eleitoral, já se completou, portanto a classe média emergente já emergiu o que tinha de emergir. O país entretanto continua sem mercado interno forte e por isso tem que exportar o seu excesso produtivo ou então parar de crescer. É o que estamos vendo. Isso nada tem a ver com tsunamis cambiais ou protecionismo europeu.
D.Dilma e Sr. Mantega, podem continuar a sobretaxar o capital estrangeiro que o PIBinho de vocês não vai nem mexer. Seria interessante voltarem seus esforços para reabilitar a nossa abandonada infraestrutura e para executar um plano de investimentos consistente, isso sim é que seria governar de fato. Mas, parece que nesse desgoverno isso é um sonho impossível. Vamos nos acostumando com Pibinhos.

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