terça-feira, 25 de outubro de 2016

Um senadoreco

O atleta esperneou feio diante da ação da PF em cumprimento a uma ordem do juiz Vallisney de Oliveira (guardem esse nome!). Atleta é o codinome do senadoreco, Renan Calheiros, nas planilhas da Odebrecht. Um senadoreco que já renunciou à presidência do Senado por ter prevaricado e, eleito novamente, tudo indica que prevaricou de novo. Há dois problemas aí: um, a lei que permite uma coisa dessas, o outro problema é o eleitor, que reelege um Maluf, um Fernando Collor, um Jader Barbalho e um Renan Calheiros.

O senadoreco, esperneando, chamou de juizeco ao juiz Vallisney por este ter autorizado o prisão de agentes da polícia legislativa.
Aí vem uma grande pergunta? Para quê existe essa policia legislativa? Para manter a segurança do Congresso não basta a polícia militar do Distrito federal, ou, se for o caso, a Polícia do Exército? Essa polícia legislativa é apenas uma milícia a serviço de bandidos travestidos de parlamentares.


Renan está raivoso porque sente a aproximação do xilindró. O STF bem que podia acelerar os oito processos em que ele está envolvido e, de imediato, destituí-lo de suas funções como fez com Eduardo Cunha. Em seguida, abrir o processo e julgá-lo com celeridade, como fez o juiz Sérgio Moro, com o mesmo Cunha.

Qual é a diferença entre Eduardo Cunha, Lula e Renan Calheiros? A meu ver, nenhuma, a questão é só de dimensão dos crimes, que variavam conforme a oportunidade dada a cada um de cometê-los, em razão da função pública que exerceram.

Renan Calheiros na presidência do Senado só faz por desmerecer a instituição. Calígula, para demonstrar seu desprezo pelo Senado Romano, fez nomear seu cavalo, Incitatus, senador. Será que essa gente vai fazer o Senado brasileiro chegar ao mesmo nível?

domingo, 23 de outubro de 2016

País da hipocrisia

No Brasil, a gente tem que ir se acostumando. Sempre haverá um modo de os nossos políticos nos surpreenderem, por mais calejados que sejamos. Agora, por exemplo, a operação Métis da PF desvenda a ação sofisticada da polícia legislativa para obstruir a Justiça e proteger investigados detentores de mandato, ou mesmo sem mandato.

Um policial, Geraldo César de Deus de Oliveira, confessou ter ido ao Maranhão, fazer uma varredura na casa do genro do senador Lobão, por ordem do presidente do Senado!!! Fez o mesmo na Casa da Dinda, residência particular do nosso velho conhecido Fernando Collor. É uma polícia sendo cooptada e posta a serviço de uma bandidagem travestida de senadores.

Eles, tomaram o Estado de assalto. Tomaram conta e, mesmo sob investigação, continuam agindo nas sombras, continuam organizando o crime e se protegendo uns aos outros, no melhor estilo da máfia siciliana.
Está claro, para todos os cidadãos de bem, que o Estado necessita de mecanismos rápidos e eficazes para vencer essa turba, ou vamos perder de balaiada, porque eles são rápidos, eles não tem escrúpulos de apelar para quaisquer meios. Eles não estão parados, ou dormindo à espera que a PF lhes venha bater à porta. Não! Ele estão agindo o tempo todo para se proteger.

Assim, por causa de escrúpulos ou tecnicalidades, estamos sujeitos a ver um Lula fugindo para o Uruguai, por exemplo. Um Sarney e uma Gleisi mandando apagar evidências. Um Renan tentando aprovar uma lei de amordaçamento dos juízes, do Ministério Público e da Polícia Federal e colocando funcionários públicos para agir em seu favor como contra-espiões.

Outra coisa, que precisa mudar, é a suavidade das punições. Uma pessoa que sofreu impeachment por roubo, como foi o caso do Collor, jamais poderia exercer (ou mesmo disputar) qualquer cargo público. Um condenado a 18 anos de reclusão, após cumprir 3 anos em regime fechado tem direito ao regime semi-aberto. Ora, um condenado a 18 anos não cometeu um crimezinho qualquer. Entretanto, fica 3 anos preso, bonzinho, fazendo ares de beato e sai da cadeia, com possibilidade de repetir tudo, como de fato, repetem.

Somos o país da hipocrisia. Temos a capacidade de aceitar uma verdadeira guerra civil pela ruas, onde se mata por causa de um celular; as nossas prisões estão desumanamente superlotadas; as condições carcerárias, para quem não tem dinheiro, são sub-humanas, entretanto consideramos um horror uma condenação à prisão perpétua, por exemplo. Na Lei, naquilo que só vale para os ricos e poderosos, a pena tem que ser abrandada para proporcionar a "recuperação" do condenado. Haja hipocrisia!

Se essa mentalidade não mudar, não haverá Lava Jatos que cheguem.

sábado, 22 de outubro de 2016

Codinomes

Dá para fazer um estudo sócio-psicológico dos apelidos do pessoal da propina, revelados pela operação Lava Jato.

Começou com o "Brahma", para designar o chefe da quadrilha, o mesmo que, nas planilhas da Odebrecht recebe o codinome de "Amigo". Ficou famoso também o "Feira" e sua mulher "Dona Xepa".
O estudo desses codinomes revela muita coisa, desde a imagem que deles tinham os corruptores, os ativos da relação, até características físicas ou de personalidade exibidas por eles.
Fico pensando: se a adoção de codinomes visava esconder a verdadeira identidade do agente passivo, por que não se adotava um codinome neutro, como XY57A, ou simplesmente um número de matrícula, tal como 007?
A segunda pergunta é: quem seria o criativo responsável pela invenção e adoção desses codinomes? Seria sempre a mesma pessoa? Ou o Departamento de Propinas, oops, Operações Estruturadas, tinha uma divisão que cuidava da atribuição desses apelidos de acordo com certas normas e regras burocráticas?
Acho que essas perguntas ficarão sem resposta, até porque são meras curiosidades socio-piscológicas. Os codinomes só interessam à Lava Jato até serem decifrados. Depois, viram folclore.

A lista é extensa e aqui vão alguns casos mais emblemáticos. O Italiano Antônio Palocci é uma referência óbvia. O Pós-Itália, já exige alguma interpretação, mas fica claro quando se considera que Guido Mantega, também tem origem italiana e sucedeu ao Palocci como ministro da Fazenda.
Feira, codinome de João Santana,  é evidentemente uma referência à feira de Santana. Dona Xepa se refere à barganha que se faz com os produtos restantes no final da feira.

Cajú poderia ser referência à cor dos cabelos de algum político, o que dificultaria muito a identificação, mas a referência é mais simples e direta, trata-se apenas de Romero Jucá.

Moch faz referência à famosa mochila onde João Vaccari Neto carregava dinheiro vivo, mas em outras planilhas, ele é identificado simplesmente como JVN.

Proximus é Sérgio cabral, governador do estado, onde está a sede da Petrobras, o alvo da sangria. Escritor é Sarney, membro da Academia Brasileira de Letras e autor de "Marimbondos de Fogo". Rio é Marcelo Nilo.

Atleta é Renan Calheiros, talvez uma referência às suas performances fora do Senado. Nervosinho é Eduardo Paes, o que não deixa de ser uma crítica, assim como Caranguejo atribuído a Eduardo Cunha.

Avião é o codinome da bela deputada pelo PCdoB, Manuela D'Ávila e Lindinho o de Lindbergh Farias. E não deixam de ter uma pitada de humor os codinomes Drácula, para Humberto Costa, Colorido para Fábio Branco e Eva para Adão Vilaverde.

Mais hilário ainda é houve até quem quisesse escolher o próprio apelido. Foi o caso da doleira, Nelma Kodama, que escolheu o codinome Angelina Jolie. Esse seria mesmo um codinome bastante difícil de se relacionar à pessoa. Basta olhar a foto da doleira e cada um conclua por si.
E há outros casos, também mais complicados de se correlacionar, ou mais misteriosos, como Passivo, atribuído a Jacques Wagner. Por quê será?  Por outro lado, Gim Argello era identificado como Alcoólico, o que é óbvio demais para quem queria esconder a identidade.

Agora com a liberação dos dados das contas da Suíça, não teremos mais codinomes, mas as verdadeiras identidades dos ladrões de dinheiro público. Perde-se em folclore, mas ganha-se em respeito à coisa pública.












quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Quem tem medo do STF?

A nossa Suprema Corte é uma vergonha! O Supremo não prende ninguém. Mas solta! Acabou de indultar o Zé, apesar de o meliante ter reincidido e continuado a receber propina até mesmo já cumprindo pena pelo mensalão. Mas foi indultado pelo ministro Barroso, com justificativas "técnicas". Esse é o Supremo, que envergonha e indigna toda uma nação.

O caso do Eduardo Cunha é outro mau exemplo. Ficou lá dançando entre as liminares, preliminares e "finalmentes", sem que nada acontecesse, até que o alvo do processo perdesse o mandato. Aí, o ministro Teori decidiu que o pedido de prisão, feito pelo Janot ao STF, tinha perdido a razão de ser, porque o candidato a réu não tinha mais foro especial e mandou a papelada para o juiz Moro, que decidiu em uma semana, o que o Supremo ficou punhetando por quase 1 ano sem decidir.

Outro exemplo é o do senador Renan Calheiros. Já são sete processos! E o Renan continua livre, leve e solto a confabular com seus cúmplices, a conspirar contra a República, a obstruir a justiça e a fazer sabe-se lá mais o quê. 

É por isso que todo bandido, quando pode, quer ter o foro privilegiado. Dá para entender. É por isso também que a Justiça ainda é tão desacreditada no país e o juiz Sérgio Moro acabou por se tornar um herói nacional. Se a Suprema Corte quiser se atualizar e se modernizar, vai ter que fazer um esforço hercúleo para isso. Quem sabe usando a energia que demonstram ter quando se trata de defender seus salários e vantagens de toda espécie. O povo, aquele ser amorfo, dito soberano, que foi homenageado pela presidente do STF em sua posse, aguarda e quer que seja assim.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Vale para todos!

A operação Lava Jato segue um esquema lógico, tático e estratégico. A prisão de Eduardo Cunha hoje tem vários propósitos, mas um deles se destaca. A esquerda, raivosa, vai dar urros de alegria por seu maior inimigo ter sido atingido, mas logo em seguida virá a prisão do Exu de Garanhuns, e aí, quem gritou louvores à Lava Jato, vai fazer o quê?

A alegação de perseguição política não se mantém, porque afinal foi Cunha quem aceitou o pedido de impeachment e por isso foi demonizado pelo PT. Como se sustenta uma teoria conspiratória de perseguição, se inimigos de dois lados distintos estão sendo alvejados indistintamente?

O que a prisão do Cunha vem demonstrar é que a Lava Jato é republicana. Quem quer que tenha prevaricado será denunciado, investigado e, se provada sua culpa, punido. Não interessa quem seja.
Isso devia ser o normal, mas no Brasil isso é absolutamente excepcional! Nunca antes na história desse país tantos poderosos foram parar nas celas. Que seja essa, a inauguração de uma nova era, aquela que cumpra integralmente a Constituição que diz que todos são iguais perante a Lei. Erga omnes! Ou seja, vale para todos!

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Estada All Inclusive em Curitiba

Oitenta pessoas se postaram em frente ao prédio onde mora o Lula, em S.Bernardo, para supostamente impedir a sua (dele) eventual prisão. Essa é a mobilização das massas, tantas vezes apregoada pelo MST, MTST, CUT, Rui Falcão e pelo próprio Lula, como ameaças à sociedade brasileira? Essa "massa popular" é quem vai garantir que a lei ou uma decisão judicial seja descumprida no país? Esse é o "exército do Stédile"?
Por falar nele, por onde anda Stédile? E por onde anda Franklin Martins? Os dois são especialistas em "mobilização popular" e estão escondidos em uma hora dessas!

Pois, esses oitenta desocupados foram pernoitar ao relento em frente a (uma das) residências de Lula, por causa de boatos, ou suspeitas, que a ordem de prisão do Exu iria ser expedida a qualquer momento. É claro, que há motivos para esse pânico entre as hostes ainda fieis ao Demiurgo. Dilma hora pra outra, ele pode ser preso. Afinal, já é réu em 3 processos, é investigado em outros 4 e, à medida que as investigações e delações vão se desenrolando, a situação do "líder operário" vai se complicando cada vez mais.

Já há até bolsas de apostas, ou melhor, bolões na internet, sobre em que data Lula será conduzido a uma estada all-inclusive em Curitiba. Há outras apostas também sobre os anos de condenação que pegará. Tem gente apostando que não serão menos de 60. Acho pouco, em vista da quantidade de processos em que poderá ser arrolado e, tendo em conta, as penas aplicadas a outros corruptos. Marcelo Odebrecht já foi condenado a 19 anos de reclusão, assim como Gim Argello. Renato Duque, a 50 anos até agora, somando-se as penas em 3 processos. Pedro Correa, a 20 anos. João Vaccari, a 24 anos somados até agora. Pedro Barusco, a 47 anos somados. E por aí, segue-se a fieira de condenados a mais de 20 anos de reclusão.
Sendo Lula o chefe de todo o esquema, proporcionalmente qual será a sua pena? Não menos que 60 anos; e ainda parece suave.

domingo, 16 de outubro de 2016

PEC241: a saúde e a educação

De repente, todo mundo ficou preocupado com a educação e a saúde. Não que esses assuntos não nos preocupassem, mas é que, de repente, esses itens passaram à pauta das redes sociais, especialmente do pessoal da esquerda.

Eles são contra a PEC 241, do Teto dos Gastos, por causa da Saúde e da Educação. Não querem que os invetimentos nessas áreas sejam congelados. Só se esquecem de esclarecer que a PEC 241. por si só,  não tem a intenção de congelar os investimentos em saúde e educação. O que a PEC quer congelar são os gastos do governo como um todo.

Dentro de orçamentos realistas e limitados, como acontece em qualquer país responsável, os governos definirão as prioridades. Já disse alguém que "exercer a política é definir prioridades".
Se as prioridades forem Educação e Saúde, os investimentos para essas áreas estarão garantidos. É claro que haverá então cortes em áreas não prioritárias, como por exemplo, o inchaço da máquina adminitrativa, os aumentos de salários para o executivo, legislativo e judiciário e outras despesas improdutivas.

É disso que se trata essa postura contra a PEC 241. A máscara que usam é a defesa da saúde e da educação, mas o interesse real que defendem é o dos seus próprios cargos, salários e mordomias. É contra a possibilidade de controle nessas áreas, que eles se insurgem.
Obviamente, se dissessem que estariam defendendo interesses mesquinhos assim, não teriam público, nem adesão. Mas disfarçando tudo em uma apaixonada defesa da educação e da saúde, quem há de ser contra?

É de se lembrar que esses mesmos agentes, estiveram por 14 anos no poder, e o que melhorou na saúde e na educação no Brasil? Tiveram o orçamento desengessado, navegaram em período de prosperidade, e o que fizeram para melhorar a educação e a saúde? De repente, esses itens passaram a ser a prioridade máxima!
Na verdade, são. O Brasil está atrasado nessas duas áreas, mas não se resolverão esses problemas, se o país quebrar. Se hoje não temos dinheiro suficiente para melhorar os investimentos na educação e na saúde, temos que "agradecer" ao PT, que nos levou a esse estado de calamidade.
Sair dessa situação exigirá sacrifícios de todos, inclusive da classe burocrática e administrativa desse país, que já tem privilégios suficientes. Tenham a santa paciência!

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Eduardo Lula Cunha da Silva

Lula se achava acima da Lei, o Intocável da República! Contava com a arruaça e a baderna que os militantes de seu partido iriam fazer, arrastando as multidões de pobres e deserdados, beneficiários do Bolsa-Família, em protesto contra qualquer tentativa de ação legal que o atingisse. Enganou-se. Enganou-se redondamente.

O país se cansou dele. Os pobres e deserdados começaram, primeiro a duvidar da pose de santo, depois a crer que Lula só queria mesmo era se locupletar, como os outros a quem ele acusava de cometer os crimes que já estava cometendo. Lula atacava as elites, mas o populacho foi informado que Lula se dava muito bem com as elites, prestava a elas muito bons serviços e era muito bem remunerado por isso.

Lula escapou do mensalão por vários motivos: 
1) nós não estávamos preparados para investigar corretamente o crime organizado; 
2) havia o benefício da dúvida, até porque muita gente achava Lula ignorante demais para ter uma ideia daquelas.
3) o julgamento demorou 7 anos para ocorrer. Quando se iniciou (em agosto de 2012) o governo Lula já tinha se encerrado, diminuindo a pressão política sobre ele.

Agora, no processo da Lava jato e seus desdobramentos, a situação é muito diferente. Quando Lula foi conduzido coercitivamente a prestar depoimento, ainda houve uma certa comoção, amplificada por Rui Falcão e outros asseclas do partido. Dilmona ainda estava no poder e agia nos bastidores a favor do seu mentor e mestre. Aí o episódio de vira, não-vira, ministro, teve repercussão pela CUT e MST em manifestações de rua, permitindo a Lula, mais uma vez, representar o espetáculo de si mesmo, chorar diante da câmeras e tentar insuflar as massas com o discurso de perseguido.
Já na quarta denúncia, desta vez, em outra operação, depois de já ser réu em 2 processos, com mais investigações correndo no Supremo e em outras instâncias, o ímpeto dos seus defensores esmoreceu. O PT já está percebendo, após o fiasco eleitoral, que talvez seja melhor se desvencilhar da imagem de Lula. Lula já deu o que tinha que dar ao partido. De agora em diante, só lhe trará prejuízos. Lula vai se assemelhando cada vez mais a Eduardo Cunha. Um tem conta na Suíça, com todas as suas digitais, mas nega ser o titular e diz que a conta é de um Trust. O outro tem sítio em Atibaia e um triplex no Guarujá, mas nega ser o dono e diz que são de amigos. Qual é a diferença entre eles? A única grande diferença é que Lula (ainda) tem um partido para chamar de seu. Daqui a pouco não haverá mais diferença alguma.

domingo, 9 de outubro de 2016

Outubro Vermelho: combate ao câncer da corrupção.

"Corrupção não é ficção. E tem que ser combatida! "  disse o Procurador Deltan Dallagnol. Aí aparece um monte de gente a procurar defeito na fala ou no comportamento do Procurador. Chegam até a apelar para as crenças religiosas dele, como motivo para desqualificar suas ações. Chamá-lo de fanático religioso é dos menores pejorativos que usam para atacá-lo.

Como se ao longo da história jurídica desse país não tivéssemos juizes, promotores e advogados que adotam ou adotaram confissões religiosas e, nem por isso, foram desqualificados. A título de grande e irrefutável exemplo, cito o Dr. Sobral Pinto, católico apostólico romano, que defendeu o comunista ateu Luis Carlos Prestes e - detalhe -_sem cobrar pelos serviços.

Não há como contra-argumentar a não ser por má-fé: O combate à corrupção deve ser feito, nem mesmo por motivos moralistas, mas porque é uma agressão ao direito de todos. O corrupto procura obter vantagens para si, às custas de suprimir direitos de outras pessoas. O corrupto não se satisfaz com a divisão equitativa dos bens públicos, ele quer uma parcela maior para si, não importa se outros vão perder.
Assim, a corrupção pode ser um crime de colarinho branco, aparentemente limpinho, asséptico, mas suas consequências são habitualmente manchadas de sangue. 

São crianças que não têm assistência adequada e perdem a vida por causa de doenças perfeitamente evitáveis, como a zika e a dengue. São mulheres que ainda morrem de parto. São jovens que se prostituem e se drogam por falta de perspectiva melhor. São gerações inteiras que crescem sem educação e sem possibilidade de futuro decente. É a insegurança que nos atinge no dia a dia por causa da ineficiência do Estado e da corrupção policial. É o transporte público que nos falta, transformando um simples ato de ir ao trabalho em uma corrida de obstáculos estafante e sem sentido.
São obras públicas que não saem ou acabam custando 5 a 10 vezes o valor orçado. É o sucateamento das estradas, o que tem custado muitas vidas.

Somente os desvios da Petrobras chegam a 60 bilhões!! É um espanto! Isso cobriria o deficit público de 2015, com sobra. Se formos apurar os desvios do BNDES, da Caixa, dos Fundos de Pensão, da Eletrobras, o deficit de 2016, de 170 bilhões, também estaria coberto. Ou seja, a corrupção drena os cofres públicos e nos deixa todos à mingua. À mingua do Estado que se ausenta de suas obrigações e só não se ausenta na hpra de cobrar impostos.

Estamos assistindo à situação lastimável a que chegou o Estado do Rio de Janeiro. Vitrine do país, o Rio já vem se deteriorando há muitas décadas e mostrando a que ponto chegaremos nos outros Estados, se as coisas persistirem como agora. A decadência do Rio vem sendo anunciada há muito tempo. Não foi porque a capital do país saiu de lá. Foi porque a corrupção se instalou no coração do poder local. 

Já nos anos 70 eram os famosos bicheiros que agiam livremente e controlavam o carnaval (Escolas de Samba, venda de ingressos, etc.). Tudo sob o nariz das autoridades, que sempre fingiram não ver nada; da contravenção "evoluiram" para o tráfico de drogas, os comandos e agora as milícias. Um exército particular, uma força paramilitar se instalou no Estado e fica cada vez mais difícil removê-la. Agora já migraram definitivamente para a política. Isso fica demonstrado pelas execuções sumárias antes das últimas eleições. E tem controle territorial, tal como as FARC. São verdadeiramente um Estado dentro do Estado.

Se não se combater de maneira séria e responsável a corrupção institucionalizada, os demais Estados vão acabar da mesma forma. E, no caso do Rio de Janeiro, a solução hoje já não é possível ser adotada dentro da normalidade, a solução hoje requer medidas de exceção, com intervenção federal, ajuda do Exército, e leis excepcionais por um período de tempo. Mas nada será duradouro sem a erradicação desse câncer. Erradicação cirúrgica e quimioterapia por alguns anos.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

A regra do jogo

Sem recuperação da indústria não há recuperação econômica sustentável. A atividade industrial, juntamente com a atividade agrícola, estão na base da pirâmide econômica. Todas as demais atividades, sejam de comércio, sejam de serviços, dependem da produção agrícola e da produção industrial.
Esse é um ponto preocupante nos dados da economia brasileira: a atividade industrial continua caindo. Caiu 3,8% em agosto em relação a julho. Ainda não há dados de setembro. 

O país se desindustrializou fortemente nesses 3 últimos anos. Isso não foi por acaso. Foi consequência da "Nova Matriz Econômica", uma parafernália de idéias "geniais" saídas da cabela daquela louca, voluntariosa e sem contato com a realidade, que ocupou o palácio do Planalto.
As atividades econômicas são dados da REALIDADE objetiva. Não adianta forjarem-se teorias e pretenderem enquadrar a realidade econômica dentro delas. É mais ou menos como querer mudar a lei da gravidade.

O Brasil é um país hostil à atividade empresarial. O cipoal de regras e leis, a estrutura tributária infame e a carga tributária escorchante, a burocracia asfixiante, a insegurança jurídica, o paternalismo da legislação trabalhista, tudo isso age em conjunto para impedir o empreendedorismo, para afugentar investidores novos e expulsar os antigos. Nessa estrutura só há um vencedor: a corrupção! Para ela, nada melhor que a confusão, nada melhor que um ambiente opaco, entraves burocráticos, cartorialismo e mudanças nas regras do jogo.

Já disse um desses corruptos, recentemente pegos pela Lava Jato: "Isso [a corrupção] era a regra do jogo". Sim, isso é um jogo em que alguns espertos fazem as regras para beneficiarem a si e trapacearem em cima dos bobos pagadores de impostos, que somos nós, os cidadãos.

Precisamos melar esse jogo, misturar as peças no tabuleiro e fazermos as regras, nós mesmos, aquelas que atendam aos nossos interesses e não aos dessa turma de sanguessugas.


quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Eleições municipais

"Ninguém mora na União, o cidadão mora é no município" essa frase de Hélio Beltrão explicita muito bem a importância do município na vida e na qualidade de vida das pessoas.
É no município que se enfrenta o trânsito caótico do dia a dia; é no município que se sente a insegurança de andar nas ruas, ou mesmo de ficar dentro de casa; é no município que se vai a um posto de saúde, que se vacina, que se casa, que se nasce, que se registra, que se trabalha, que se diverte, etc. 
Daí a importância que tem uma eleição municipal. O povo acordou para a política, principalmente para a política nacional, que se faz em Brasília, mas ainda não se deu conta inteiramente que é na política municipal que a nossa vida pode mudar mais rapidamente e de maneira mais eficaz. A começar pelos impostos municipais que pagamos, passando pela escolha de prioridades e pela elaboração do orçamento.
Ainda há que caminhar nessa direção, mas já se percebe, no resultado dessas últimas eleições, uma mudança de rumo. O que ficou mais evidente foi a derrocada do PT. Em São Paulo, o PT, em 2012, obteve 70 prefeituras. Agora só conseguiu fazer 8 prefeitos. No Paraná tinha 40 prefeituras, agora só tem 10. Em Minas, caiu de 113 para 40. Na Bahia, seu reduto, passou de 92 para 38. No Rio Grande do Sul, outro reduto, passou de 72 também para 38 prefeituras. No Pará, passou de 23 para 7, em Goiás de 16 para 3. O único Estado em que o PT conseguiu aumentar o número de prefeituras foi...o Piauí, o Estado mais pobre da federação. Isso talvez explique a preferência da esquerda pelos pobres: quanto mais pobres houver, melhor para eles.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O desmanche do PT

Ao final da eleição, os políticos se debruçam sobre os números para tentar entender o recado do eleitor. É óbvio, que aqueles, cuja análise revelar dados ruins, não vão dizer isso em público, mas terão que enfrentar essa realidade, mesmo que a portas fechadas, se quiserem continuar a exercer seu papel na política.

Dessa vez os recados foram muitos. Em primeiro lugar, o número de votos nulos e brancos e abstenções que ficou em torno de 35 a 38%, superando, individualmente,  os votos de cada um dos eleitos. Esse elevado número de pessoas, que não escolheram um representante, está a dizer que a classe política não lhes oferece nada com que eles se identifiquem. Isso é a falência da política.

Em segundo lugar, a derrocada do PT, como expressão de força política. Esse partido que recém ocupou a presidência por 14 anos, fez, em todo o país, em mais de 5.000 municípios, menos de 300 prefeitos.
Só conseguiu eleger mais prefeitos que seu arquirrival, o PSDB, em quatro Estados: Rio Grande do Sul,Bahia, Acre e Piauí. Nos demais perdeu e em alguns perdeu de feio dos tucanos.
Por exemplo: no Mato Grosso do Sul, não elegeu um nome sequer, enquanto o PSDB fez 36 prefeitos; no Mato Grosso, fez 3 prefeitos contra 39. Na Paraíba conseguiu eleger 1 alcaide petista contra 36 tucanos. Em Goiás, a proporção foi de 3 contra 77 e em São Paulo, de 8 contra 164.

No Espírito Santo, o PT conseguiu eleger 1 prefeito, enquanto os tucanos elegeram 12; em Alagoas foram 2 contra 17; em Rondônia, 1 contra 5, no Pará, 7 contra 32 e no Rio Grande do Norte, 2 contra 10.
Em Minas Gerais foram 41 prefeitos do PT, contra 132 tucanos. Nem mesmo em Pernambuco o PT conseguiu eleger número maior de prefeitos do que o PSDB (foram 7 contra 12).

Desta vez, nem mesmo se confirmou a preferência pelo PT no Norte e no Nordeste. Nessas duas regiões, somente 3 Estados (já citados) deram-lhe a preferência.

O recado está dado. Quem souber ler e entender ainda terá possibilidade de sobrevivência política. Quem não souber, já pode encomendar o jazigo.

PT tropeçou na democracia

O PT começou a receber o recado das urnas. O povo, esse ser místico tão bafejado pelo partido, mostrou que não quer mais o PT na liderança de coisa alguma; sequer dos municípios onde vivem.
Senão vejamos: em 2000 o PT elegeu 187 prefeitos; daí foi crescendo e chegou a 644 em 2012. Uma eleição depois, agora em 2016, conseguiu eleger somente 256 prefeitos no primeiro turno e só tem possibilidade de eleger mais 7, se todos os que foram para o segundo turno ganharem.
E, pode prever, situação semelhante ou pior em 2018, nas eleições gerais para o Congresso.
Não há o que discutir. As urnas já disseram tudo. Nem mesmo a militância paga ou beneficiária pode argumentar, afinal, segundo a sua cartilha totalitária, eles são os únicos que governam em nome do POVO e para o POVO. Portanto, o que o POVO decidir não pode ser contestado.
Pois foi esse mesmo POVO que decidiu que não quer mais o PT na vida política do país. O POVO foi enganado umas tantas vezes, mas acabou por descobrir a verdade.
Esse POVO agora tem como referência o juiz Sérgio Moro, que onde quer que chegue, é recebido com aplausos, elogios, incentivo e agradecimentos.
Democracia é, antes de tudo, alternância de poder. Isso estava fora dos planos do PT, mas, felizmente para o Brasil, o PT acabou tropeçando na democracia.



quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Tropeços na democracia (Suprema Desmoralização)

O ministro Lewandoski finalmente se revelou. Todo mundo sabia que ele era um ministro petista. No julgamento do mensalão, isso foi ficando bem claro para a população. Essa conclusão não deriva do fato de ter sido indicado por Lula. O ministro Joaquim Barbosa também foi indicado por Lula. 
Nem sequer por ser amigo de dona Marisa Leticia. Não é merito, nem demérito, ser amigo de uma primeira-dama. O que levou as pessoas a concluírem que Lewandowski era um juiz parcial, não-isento, foram seus atos e suas decisões tendenciosas, culminando com esse absurdo golpe contra a Constituição, que foi o fatiamento da pena imposta à presidente.

Como bem lembrou o ministro Gilmar Mendes: esse é que foi o verdadeiro tropeço da democracia. O então presidente da Corte encarregada de guardar a Constituição, concordou (se é que não fez parte do conluio) em burlar a letra da Carta Magna.

Como se não bastasse, vem agora, já felizmente sem o cargo de presidente do poder Judiciário, dizer que tudo foi um tropeço democrático. Peralá, ministro Lewandowski, então Vossa Excelência admite que participou desse tropeço? Presidiu sessões do Senado que conduziram ao impechment, presidiu o Supremo, que decidiu incluive aplicar à nação um excruciante rito, e diz que isso foi um tropeço da democracia? Inacreditável que esse senhor vá continuar como ministro da Suprema Corte do Brasil. Isso é uma desmoralização dessa instituição, como se ainda precisássemos de mais essa.

O Supremo Tribunal Federal tem que se posicionar diante dessa agressão, cometida por um de seus membros. Se não fizer nada será a Suprema Desmoralização.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Omertà

Omertà, no dialeto siciliano, é o nome que se dá ao código de silêncio da máfia. Mesmo em guerra entre si, ninguém dedura ninguém para a polícia. Esse código foi quebrado na operação Mãos Limpas, comandada pelo juiz Falcone, pela primeira vez, pelo famoso Tommaso Buscetta (Don Masino), que foi preso no Brasil. A partir daí, outros "capi" resolveram colaborar com a justiça italiana.
Foi esse o nome escolhido pela PF para sua operação de ontem. Os "capi" no Brasil não tem a  mesma fibra dos sicilianos e já estão abrindo o bico há muito tempo. O código de silêncio deles só permaneceu de pé enquanto a justiça não lhes havia posto as mãos. Depois, tornou-se uma disputa, saber quem fala mais depressa e conta crimes mais cabeludos. Bom pra nós, cidadãos brasileiros, que estamos sendo espoliados por essa máfia desde o momento em que chegaram ao poder.
O presidente da Orcrim, Rui Falcão, veio a público reclamar... do ministro da Justiça! Que teria supostamente sabido da operação antes de ela ser executada. É verdade! O mais importante é discutir a atitude do ministro e não os bilhões que a organização presidida por ele, desviou dos cofres públicos.
O mais importante é reclamar que a Polícia Federal está sendo truculenta, quando essa polícia apenas cumpre corretamente um mandado judicial; que o juiz Sérgio Moro está agindo como um déspota, ignorando o estado de direito, com o fizeram alguns auto-intitulados intelectuais, entre os quais a Marilena Chauí, que pode ser tudo, menos intelectual.
Todos os dias vemos o espetáculo de mais gente ligado ao PT sendo presa, tornando-se réus, sendo indiciadas, etc., e ainda insistem em dizer que é tudo uma perseguição política, tudo é um complô para acabar com o PT.
Quem acabou com o PT foram eles mesmos. Pensaram que podiam tudo, que estavam acima da Lei, embriagaram-se com o poder e com a perspectiva de se manter no poder indefinidamente.
Agora a festa acabou. Não há mais o que dizer. Não há desculpas que colem. Com omertà ou sem omertà. O PT acabou.

sábado, 24 de setembro de 2016

Até quando PT?

O mundo jurídico precisa ter coragem para enfrentar o problema em sua totalidade. Essa organização criminosa, que tem nome de partido político, precisa ser extinta. Seus bens tem que ser confiscados. seu integrantes, aqueles que não forem para cadeia, que procurem outros partidos para se filiarem.
O que não pode é a República conviver com essa questão como se ela não exitisse.
Esse câncer não pode continuar por aí, fazendo terrorismo, obstruindo a justiça, ameaçando juízes e o ministério público, com os cofres cheios de dinheiro roubado do país.

Comandantes da maior roubalheira organizada da história política brasileira, ainda toleraremos que continuem a usufruir do Fundo Partidário? Toleraremos que mantenham contas aqui e, provavelmente, fora do Brasil abastecidas com dinheiro ilegal?
Seus maiores líderes, ou estão presos, ou são réus. Seus quatro últimos tesoureiros, idem. É razoável que se permita a essa orgnização continuar a disputar cargos e agir no espectro político como se nada houvesse acontecido? A criminalização da política é um mal terrível que se faz à democracia. Políticos criminosos enquanto cometem seus crimes como pessoas físicas recebem punições que vão da perda de seus mandatos à perda dos direitos políticos. As organizações políticas, pessoas jurídicas, também tem que estar sujeitas ao mesmo tipo de sanções.

Aliás, as organizações deveriam receber punição ainda maior, pois o dano que provocam na sociedade é muito mais extenso do que aquele decorrente de ações individuais. Ale´m do restabelecimento da justiça, a extinção dessa organização produzirá um grande saneamento da atividade política, até mesmo pelo exemplo dado às outras organizações.

A chiadeira vai ser grande, mas a República e a Democracia tem que ter meios eficazes de se defender.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Futucar é preciso!

Vamos futucar, gente! Vamos futucar, "meninos" do MPF. Futucar é preciso!
O Exu de Garanhuns não gosta que os "meninos" do Ministério Público Federal futuquem a sua vida, mas por isso mesmo é necessário futucar mais e mais. Exatamente porque ele não gosta!

Agente público, quanto mais poder tiver, mais tem que ter sua vida financeira transparente, em outras palavras, futucada. Se mais gente futucando tivéssemos no Brasil, menos change haveria de ter uma organização criminosa dilapidando o patrimônio público, como já tivemos até agora.
Qual é o incômodo de Lula? E não adianta querer misturar alhos com bugalhos, dizer que o crime que cometeu foi criar o Bolsa Família. Dizer que "eles" não querem que pobre estude. Pelo amor de Deus! Essa demagogia populista não cola mais!
O futuro de Lula é na cadeia, não só por esses dois processos dos quais já é réu, mas pelos outros que irão aparecer quando os segredos do BNDES,da Eletrobras, da Caixa e dos Fundos de Pensão vierem à tona.

A falta de respeito de Lula é tão grande que faz questão de chamar de "meninos" aos Procuradores da República, agentes do Estado brasileiro em exercício de sua função legal. Ele é o acusado, o réu, mas ele e o PT, na pessoa do Rui Falcão, insistem em afrontar o Ministério Público, o juiz Sérgio Moro e todo o Judiciário.

Lula nunca manifestou respeito pelas instituições da República! Para ele todo esse arcabouço institucional é apenas o meio do qual ele se serve para beneficiar a si próprio e aos camaradas do partido. Tivesse o projeto de poder, dele e do Zé Dirceu, dado certo, estaríamos agora em plena ditadura do petismo.

Felizmente, os "meninos" resolveram futucar, não só a vida de Lula, mas a de todos que se locupletaram nas mamas da Petrobras. E agora assistimos ao desmanche de uma organização criminosa, sabendo que o processo apenas começou. Falta futucar o BNDES, a Caixa e os fundos de pensão. Futucar é preciso, "meninos" do Ministério Público!



terça-feira, 20 de setembro de 2016

O Réu e o Concursado

Peixe morre é pela boca. Quem fala demais, dá "bom dia" a cavalo. Em boca fechada, não entra mosquito. Esses são alguns dos ditados que a sabedoria popular consagrou, mas que foram esquecidos pelo Molusco no seu show pirotécnico, em que chorou por 3 vezes, mas não convenceu ninguém de que seja inocente das maracutaias perpetradas na Petrobras e em outras instâncias que ainda estão por serem reveladas.

Além de não convencer, ainda criou uma situação de "saia justa" para si e seus correligionários ao fazer uma comparação absolutamente descabida entre "o político e o concursado". Em primeiro lugar, pela generalização barata. Nem todo político é desonesto e nem todo concursado é isso ou aquilo. Mas Lula é assim. Já falou outras asneiras no passado, mas sempre foi perdoado, porque era "simples", "do povo", o xodó dos "intelelequituais".

Agora, porém, a maré está mudando. O grau de paciência com Lula está rapidamente se esgotando. Permanecem ao seu lado, apenas, os cúmplices, os pelegos, os puxa-sacos, os militantes do partido e dos "movimentos sociais".

Nesse contexto adverso, Lula escorregou feio ao fazer a maldafada comparação. Nela, percebe-se um ressentimento muito mal disfarçado contra tudo o que significa cultura e educação, outra característica do Nove Dedos, que só não estudou porque não quis. Tempo e oportunidade teve de sobra durante todos os anos em que se aboletou no sindicato, ou foi sustentado pelo partido ironicamente chamado "dos Trabalhadores".

Em segundo lugar, o raciocínio é logicamente inconsistente: não há gradação de honestidade. Ou se é honesto, ou não. Mas, para Lula é possível ser meio honesto, 25% honesto ou 80% honesto. Como ele disse: "A profissão mais honesta é a do político, sabe por quê? Por que todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir pra rua encarar o povo e pedir voto. O concursado não. Se forma na universidade, faz um concurso e tá com um emprego garantido para o resto da vida."

Quem duvida que ele tenha dito isso é só conferir o vídeo aqui. Pois disse, em alto e bom som. E os funcionários concursados espalhados por esse país, exercendo com dignidade e idoneidade a sua função pública vão dizer o quê? São exemplos desses concursados: os membros do Ministério Público, o próprio juiz Sérgio Moro, referência internacional de probidade e eficiência, e que acaba de acatar denúncia de crime cometido pelo "político".


Lula pensa - e deixa claro - que o voto popular é uma absolvição para todos os crimes, por mais ladrão que seja". O povo, esse ente divino, votou, pronto, acabou a questão.  Esse é mais um desserviço à democracia, pois é levá-la ao ponto mais degradado, aquele que nos faz duvidar da própria eficácia da eleição popular, como critério para entregar a alguém um cargo público. Basta lembrar que Hitler também foi eleito. 
Felizmente, há no país, servidores públicos que não foram eleitos, mas que competiram entre seus iguais, com seus méritos e seu talento, para servir ao Brasil.



domingo, 18 de setembro de 2016

Cui bono?

Essa frase, que até hoje é repetida nos tribunais, teria sido dita por Lucius Cassius Longinus, ao orientar os juízes e os tribunos na identificação dos autores de crimes misteriosos. A tradução livre é: a quem interessa, a quem beneficia, o crime? Esse é o suspeito principal!

Aplicando-se esse conceito ao caso do mensalão e do petrolão, somente uma resposta é possível. O grande interessado em manter o maior esquema de corrupção já instalado no país era ninguém mais, ninguém menos, que o Sr. Luiz Inácio da Silva. 

Quando Dirceu foi indiciado com o chefe do esquema de corrupção, ficou uma pergunta no ar e um sentimento de frustração. Dirceu teria feito aquilo tudo sem o conhecimento de Lula? Teria feito aquilo tudo para beneficiar Lula, sem que Lula soubesse e aprovasse?

Todo mundo que tenha capacidade de raciocínio não contaminada pela ideologia, concluiu que Dirceu assumiu a responsabilidade para se manter fiel ao espírito da "luta armada". Quem "cair", "cai" sozinho e não denuncia os demais. Dirceu imaginava que, preservando Lula, preservaria para si mesmo uma possibilidade de arranjo que lhe aliviasse as penas. Afinal, com Lula fora do governo e também preso, as chances dos dois seriam mínimas.

O próprio Dirceu sentiu depois que a carga havia se tornado pesada demais e que, seu "sacrifício" não lhe trouxera nenhuma vantagem, ao contrário, fora abandonado à própria sorte e Lula passara a  cuidar da própria vida, a amealhar uma pequena fortuna e que se dane quem "caiu". Ese sentimento de revolta, Dirceu fez chegar aos ouvidos de Lula mais de uma vez, mas não recebeu a devida atenção.

Lula é assim. Abandona os companheiros ao longo da jornada quando já não lhe servem, ou, principalmente, quando podem ser um estorvo; e só se move pelo que lhe interessa. Essa estratégia deu certo até agora, mas parece que a caixinha de mágicas do sindicalista está ficando vazia. Já gastou todos os truques a que tinha direito e os coelhos já não saem mais das cartolas. 
Agora é a hora da verdade. O partido está esfacelado. A militância, exceto aquela paga e os militantes profissionais como a CUT e o MST, esmorecida. Lula sem poder e sem foro privilegiado. Sua mulher ameaçada de ir parar no xilindró antes dele. Lula vai provar do próprio remédio e ter que enfrentar a solidão dos que caem em desgraça.

A pergunta que não quer calar já tem uma resposta no Powerpoint do Ministério Público. A quem o crime trouxe benefícios? Cui bono?

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Não vá a pé, Lula!

Lula disse que se provarem contra ele alguma corrupção, irá a pé para a prisão.
Não vá a pé, Lula! É um apelo! De S.Bernardo até Curitiba é muito chão! Indo a pé, demorará muito para chegar.

A maioria do povo brasileiro quer vê-la na cadeia, já! Estamos dispostos, como cidadãos, meros contribuintes (como disse a Vanessa Grazziotin), a custear a viagem de um jatinho para a Polícia Federal levá-lo rapidamente a Curitiba.

A pé, não. Vá a Jato!

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Lula e Cunha

Jacques Wagner é um bandoleiro! Pela segunda vez, ameaça a população brasileira com a  baderna. Diz ele que a denúncia de Lula é "um desrespeito e pode elevar a tensão social". E nós temos que ouvir calados!

Desrespeito é essa organização criminosa estar ainda livre, leve e solta, fazendo o que quer, quebrando e queimando bens públicos e privados, ameaçando a democracia. Desrespeito é dizerem que o Ministério Público, a Receita e a Polícia Federal, todos juntos, estão mancomunados para fazer uma conspiração contra o seu excelso, magnífico, puro e intocável chefe.

Menos, PT, menos! Não merecemos ter de ouvir tanta lorota fora de sentido. O seu venerável chefe é, sim, o chefe de uma organização criminosa. Não há nenhuma diferença entre ele e Eduardo Cunha, que vocês tanto atacaram. Aliás, há uma diferença: Eduardo Cunha chefiava uma gangue menor, paroquial, de parte do PMDB, enquanto Lula chefia uma gangue nacional e espalhada por mais de um partido. Eduardo Cunha não tem seguidores fanáticos que o endeusem. Lula tem seus acólitos que sequer querem saber das provas contra ele. Berram aos quatro ventos que não há provas e pronto! Como se isso bastasse, como se isso fosse argumento.
Ai que canseira!

Na verdade, tudo isso demonstra é a falta de argumento de defesa! Lula, tal como Eduardo Cunha, repisa a mesma frase: eles não tem provas! Lula, tal como Eduardo Cunha, repete à exaustão que não é o dono do triplex, como Cunha não era dono da conta no exterior. Um diz que a conta, da qual ele é beneficiário, é de um Trust, o outro diz que o triplex e o sítio, dos quais ele é beneficiário, são de amigos.

Quem diria que Lula e Eduardo Cunha iriam parar na cadeia pelos mesmos motivos, julgados pelo mesmo juiz e usando dos mesmos argumentos de defesa. #ForaCunha = #ForaLula



quarta-feira, 14 de setembro de 2016

O propinocrata

Acabou, PT! Não dá mais para manter as "narrativas", nem a de golpe, nem a de perseguição política, nem a de que os crimes teriam sido cometidos por uns militantes à revelia do partido.

As delações de Léo Pinheiro e Marcos Valério acabam de vez com essa farsa. A de Pinheiro entrega o complô coordenado por Berzoini, ministro de Dilma, para livrar a OAS da CPMI da Petrobras, além de obviamente detalhar todo o envolvimento da OAS com o chefe da quadrilha. A de Valério exuma aquele caso que nunca foi completamente enterrado, o de Celso Daniel e, obviamente, nele envolve também o Capo.

E como não envolver, se nessa história toda, só havia um grande beneficiado final, que também detinha tanto o poder de fazer cessar, como o poder de fazer continuar o propinoduto.

Quando, no mensalão, o Zé foi considerado o "capo dei tutti i capi" ficou todo mundo pensando, mas e o chefe do Zé? Afinal, o maior beneficiário era ele!
Agora, restou demonstrado que, depois da prisão do Zé, o esquema continuou normalmente, portanto haveria alguém, acima do Zé, a comandá-lo. Bingo!

O país interio a essa altura sabe que Lula era o chefe e o corrupto mor. Até os petistas sabem disso e só não o admitem por uma questão de sobrevivência política. Entretanto, a meu ver, os petistas honestos, que espero que existam, ao defender o Lula, estarão cometendo um erro histórico do qual jamais se recuperarão, tal como Stalin que jamais foi reabilitado nem mesmo para o mais empedernido comunista (à exceção de Oscar Niemeyer).

Esses petistas melhor fariam se o descartassem, como um erro, o qual, gente honesta, mas ingênua, foi induzida a cometer. Teriam assim uma justifictiva para as futuras gerações.
Caso optem por submergir com ele, submergirão, pura e simplesmente, desaparecendo de cena como lixo histórico que deve ser descartado. Acabou, PT! Acabou-se a propinocracia e seus propinocratas! Para o bem do Brasil!

Bola fora, Cármen Lúcia!

No dia 12 de setembro a ministra Cármen Lúcia toma posse como presidente do Supremo e, candidamente, convida Lula para a sua cerimônia de posse.

Dois dias depois, esse mesmo convidado é denunciado por crimes de corrupção passiva e ocultação de patrimônio na operação que revelou os maiores crimes de desvio de dinheiro publico da história desse país.

Seria apenas uma triste coincidência se, ao convidar Lula, nem a ministra, nem ninguém soubessem que estava prestes a ser denunciado criminalmente. Como a ministra não chegou agora de Marte, nem de nenhum outro planeta, das duas uma: ou fez o convite porque não está nem aí para o fato de um suposto criminoso frequentar em grande estilo a sede do órgão supremo da Justiça do país, o que seria um fato muito grave em si; ou teve que se render às normas do protocolo, o que é um fato ainda mais grave.

Sabemos que uma grande parte da ineficácia daquela Corte e da Justiça em geral, se deve ao apreço pelos maneirismos forenses e seu endeusamento da forma em detrimento do conteúdo. No Brasil se alguém filmar uma criança sendo estuprada e assassinada, mas essa gravação for feita de modo ilegal, a prova deve ser desconsiderada e destruída. Não importa se o que revela é fato inconteste. O que importa é que "violou" um procedimento. É o mesmo conceito que leva a uma assinatura ter que ser confirmada por uma outra pessoa (a tal firma reconhecida) para ter validade, mesmo que o autor da assinatura confirme mil vezes que foi ele quem assinou. Se não tiver o carimbo do Cartório, não vale nada. E assim por diante.

A ministra, antes da posse, deu entrevistas onde acendeu uma luz de esperança que essas coisas possam mudar. Mostrou-se interessada em modernizar a Justiça, ou, como disse em seu discurso de posse, em transformar o judiciário ao invés de reformá-lo. Mas é difícil acreditar nessa transformação, se já de saída, tropeça dessa maneira.

Os símbolos são caros ao Judiciário: a toga preta, uma vestimenta absolutamente fora de moda e de propósito em um país tropical, é usada como símbolo da austeridade, da gravidade, que se espera de um juiz. As formalidades de tratamento, o discurso gongórico e quase ininteligível, são empregados para reforçar essa imagem, quase a forjar um ícone de distanciamento.

Para quem gosta tanto de símbolos, ter naquela cerimônia a presença de um Capo, sem contar a de Pimentel e Renan, outros que estão prestes a seguir o mesmo caminho, leva-nos a pensar. Isso quer dizer que se Eduardo Cunha não tivesse sido afastado e cassado, poderia estar lá também!
Afinal qual é a diferença entre Cunha e Lula? Nenhum dos dois exerce mais cargo público algum, os dois são denunciados na Lava Jato, os dois tentaram obstruir a Justiça, os dois são (ou foram) chefes de gangues.
Por quê então da diferença de tratamento? Bem fez, Fernando Henrique, que lá não compareceu.  E bola fora, pra Cármen Lúcia, que começou mal, mas esperamos que possa corrigir o rumo nesses dois anos em que será a chefe de um dos poderes da República.

sábado, 10 de setembro de 2016

Os "direitos" trabalhistas e a esquerdopatia

Para que um cidadão seja o beneficiário de qualquer direito trabalhista, reza o bom senso, que ele tenha que ter algum trabalho. Não? Depende. Se for no Brasil, o país onde a lógica não tem sentido, as pessoas, mesmo desempregadas aos milhões, continuam a gozar desses direitos. Podem morrer de fome, mas sem os direitos trabalhistas não ficam.

E não ficam porque a esquerdopatia é uma doença endêmica aqui e faz mais estragos do que o vírus da zika, dengue e chikungunya juntos. Essa doença se caracteriza por causar danos ao cérebro das pessoas e tirar-lhes completamenta a razão. Afeta em seguida  a visão e a percepção da realidade. Elas param de raciocinar e começam a ver a realidade sob uma ótica absolutamente distorcida, como se tivessem tomado um ácido. Olham para os mendigos nas ruas e enxergam burgueses da classe média. As favelas lhes parecem belascomunidades prósperas e produtivas. As cracolândias são parques da Disney. E, nesse mundo fantástico, os desempregados não podem perder os eus direitos trabalhistas!
É por isso que já estão armando o berreiro quando o governo cogita de propor mudanças na CLT para reduzir o desemprego. Não pode. A CLT derivada da Carta del Lavoro, de Mussolini, dos anos 30, é imexível. A Constituição pode ser mudada por um conchavo de meia dúzia, mas a CLT, jamais!

O mais jocoso é ver a mídia fazendo a sua manipulação desavergonhada, como fez a Folha, ao destacar uma manchete garrafal com os dizeres "Jornada será de 12 horas"!  Como se essa alteração na CLT fosse mudar a atual jprnada de 8 para 12 horas! Mas há gente, a grande maioria, que só lê a manchete e, portanto, vai sair repetindo aí, como disse o blog Senso Incomum, que Temer re-instituiu a escravidão no Brasil.
Nem a matemática vai ajudar, porque brasileiro não sabe fazer conta. Se a carga horária máxima semanal for de 48 horas, para se cumprir uma jornada de 12, o sofrido trabalhador, vai trabalhar só 4 dias na semana! Médicos, para-médicos, policiais, motoristas, pilotos, já fazem isso e, no caso dos médicos, a carga semanal não é limitada a 48 horas, não!

Para essa doença, a esquerdopatia, ainda não foi descoberta a cura, embora alguns pacientes tenham se recuperado espontaneamente, mas são muito poucos. O grupo de risco é constituído de professores universitários, estudantes de História e de Ciências Políticas, "artistas" e "intelectuais" de todos os tipos. Mas não se preocupe, se você não foi contaminado até agora, já está imune. Pode então examinar a proposta de mudança na CLT, sem opinião pré-concebida.

Quem tem medo de Sérgio Moro?

Quem tem medo de Sérgio Moro? Eu não tenho. Milhares de brasileiros também não. Ao contrário, respeitam e admiram esse que se tornou o símbolo de um juiz íntegro, eficiente, inteligente e moderno. 
Por que, então, Lula tem tando medo dele? Está movendo mundos e fundos para tentar escapar da jurisdição de Sérgio Moro, como o diabo foge da cruz. Até o ministro Teori se encheu com essas manobras e disse, com todas as letras, que o que Lula está fazendo é tentar embaraçar a Justiça, sob a capa do direito de defesa.

Essas atitudes, como também as da Dilma, no processo de impeachment chegam mesmo a desmoralizar o próprio direito de defesa. Aliás, o que Lula está fazebdo não é se defender. Ele está atacando. Ataca o juiz Sérgio Moro, como se a situação fosse inversa e o juiz é que devesse ser o alvo da investigação.

Advogados não se envergonham de fazer esse papel. Diz-se, nos meios jurídicos, que o papel do advogado é esse mesmo. Têm que fazer tudo para defender seu cliente. 
Para defender, tudo bem, mas até mesmo para a defesa há que ter limites, sem que esses limites impliquem em cerceamento de direitos.

No Brasil, agora, se considera que direito de defesa é tudo aquilo que consiga livrar o criminoso da pena. Na hora em que a pena é aplicada, alega-se, em 100% dos casos, que o direito de defesa estaria sendo cerceado. Se o Judiciário engolir essa balela, ninguém mais será preso. Quero dizer, ninguém que tenha dinheiro, influência e poder. Pobres e deserdados, não; para esses a Justiça continua como sempre foi.

O ministro Teori já decidiu, mas agora Lula insiste que quer uma decisão colegiada. O Supremo vai se deixar manobrar desse modo descarado? É o réu ou o indiciado quem dita as regras de como será processado? Num país às avessas, tudo é possível. Se o presidente do Supremo é capaz de fazer conluios para golpear a Constituição e isso não causa uma comoção geral no poder Judiciário, tudo é possível. Até mesmo uma decisão colegiada desautorizar o ministro Teori.

O pior, em termos de desmoralização, é que essa vontade louca de que o processo fique no STF, só desmoraliza o STF.  Lula se péla de medo de um juiz de primeira instância, mas sente-se confortável se for julgado pelo Supremo. Por quê será?

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

O fundo do poço

"Todos nós aqui somos loucos.Eu sou louco,você é louca".

"Como você sabe que eu sou louca?" indagou Alice.

"Deve ser", disse o gato, "Ou não estaria aqui".



Em "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carrol, ela diz: "Não sei se o poço era muito fundo, ou se a queda era muito lenta."
Mas afinal, ela acabou chegando ao fundo do poço, coisa que não acontece a nós aqui no Brasil.
A gente nunca chega ao fundo do poço. Ele está sempre mais abaixo do que a gente pensa.
O fundo do poço desapareceu agora quando senadores da República, em conluio com o presidente do Supremo, instituíram a novidade de que o Senado está acima da Constituição e pode tomar uma decisão que a contrarie frontalmente.
Não há outra interpretação para a votação "em separado" da pena de suspensão dos direitos políticos por 8 anos. O texto constitucional é límpido:
"Art. 52 ...Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis."
Qualquer interpretação diferente é mero exercício de exegese "criativa". É uma pedalada jurídica.
Diante disso, o cidadão boquiaberto pergunta: Vai ficar por isso mesmo? O Supremo não exercerá sua função de guardião da Constituição? A Lei, afinal, vale ou não vale nesse país? A resposta até agora obtida é: a lei vale, mas depende...Se o atingido for um despossuído a lei será aplicada com todo o rigor, caso contrário, depende...

Voltando à Alice:
Quando eu uso uma palavra - disse Humpty Dumpty num tom de escárnio - ela significa exatamente aquilo que eu quero que signifique ... nem mais nem menos.- A questão - ponderou Alice – é saber se o senhor pode fazer as palavras dizerem coisas diferentes.
- A questão - replicou Humpty Dumpty – é saber quem é que manda. É só isso.
Outro exemplo de poço sem fundo é o caso da confissão pública de Renan Calheiros que intercedeu (ou interferiu, melhor dizendo) pela senadora Gleisi Hoffman e seu marido, retirando o seu indiciamento no Supremo. Em qualquer país sério isso seria um escândalo arrasador. Essa confissão lança uma suspeita (mais uma) sobre a integridade da nossa Suprema Corte, que nem piscou, e confessa sua ação, como presidente do Senado, para obstruir a Justiça. E o que aconteceu até agora? Nada!

O destino de um país assim pode ser descrito também em outro trecho do mesmo livro:
"O senhor poderia me dizer, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui?
Isso depende muito de para onde você quer ir, respondeu o Gato.
Eu não sei, retrucou Alice.
 
Então não importa o caminho que você escolha"

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

PROTESTO NA PORTA DA CASA DE LEWANDOWSKI

Polícia e cadeia nos vândalos!

Não sei qual face do PT é a pior: a que nos apresentava dentro do governo ou a que nos apresenta fora dele. Para efeitos eleitorais, há uma terceira: a de Paz e Amor! Mas essa é extemporânea, só aparece nas vésperas de eleições.

A face do PT no governo era a de que tudo ia maravilhosamente bem no país e que, desde que o PT chegou lá, todas as benesses e avanços políticos e sociais foram criados e inventados por eles. Ah! Havia também uma tal de herança maldita, que era o título genérico de tudo de ruim que não se podia tapar com a peneira, mas que era decorrência de todos os governos anteriores, principalmente do governo FHC. A estabilização econômica era uma vilã, uma consequência da aplicação dos princípios do neo-liberalismo, a teoria econômica que quer tirar dos pobres para beneficiar o "grande capital". Muita gente considerada inteligente engoliu isso.

Fora do governo o PT volta a ser o que sempre foi: o partido que aposta no caos; no quanto pior, melhor; o partido que não assinou a  Constituição, que lutou contra o Plano Real, que combateu a Lei de Responsabilidade Fiscal, que põe seus braços sindicais nas ruas para promover quebradeira e baderna. É isso qye etá fazendo agora.

Os coxinhas, os burgueses, que saíram à ruas para protestar contra o governo deles, promoveram as maiores manifestações da história do Brasil, sem quebrar uma única lata de lixo, como não podia deixar de ser. E sem qualquer confronto com as autoridades policiais. As bandeiras e as cores eram verdes e amarelas. O respeito pelas outras pessoas e pelos bens públicos e privados foi apenas uma consequência lógica das intenções dos manifetantes. 

Agora, que as bandeiras vermelhas são agitadas e a quebradeira recomeça, o PT se volta contra quem? Ora, contra a polícia, claro! 
A polícia é que é despreparada, a polícia é que é agressiva e violenta. Nem uma palavra sobre os vândalos, nem uma palavra sobre os ataques às lojas e bancos. A máscara do petismo já caiu há muito tempo, mas eles se recusam a mudar de tática e de estratégia. Continuam apostando na confusão e contando, no futuro, com a falta de memória do nosso povo.
Quem foi pras ruas para derrubar esse governo corrupto e inepto não vai poder descansar tão cedo. A obra só terá sucesso quando essa organização criminosa for varrida do espectro político do país e quando seus mentores forem parar na cadeia, junto com seus cúmplices que lá já estão.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

A mineira Cármen Lúcia

Que seja muito bem vinda a ministra Cármen Lúcia à presidência do Supremo. Chega de Lewandowski, que tanto mal fez a essa instituição, ao Judiciário como um todo, e aos país inteiro ao adotar a postura de agente político-partidário em lugar da de magistrado. 

O ministro Lewandowski só não pode ser acusado de ingratidão, pois, desde o julgamento do mensalão, prestou inúmeros serviços a quem o nomeou e encerrou sua presidência da mesma forma, com esse estupro cometido contra a Constituição no julgamento do impeachment da "falecida". Como presidente do STF, Lewandowski, infelizmente, rebaixou o poder Judiciário a um nível subalterno aos interesses, nem sequer do Executivo, mas de um partido.

Vira-se também essa página, com a chegada da ministra Cármen Lúcia. O Supremo volta a exercer a plena magistratura colegiada. As extravagâncias, como dizem, estão com os dias contados. A ministra é ex-aluna aplicada e dsiciplinada de colégio de freiras e traz, como ela mesma diz, uma "madre superiora" dentro de si. Só como exemplo: durante uma única sessão em que substituiu Lewandowski, julgou 50 processos, enquanto a média é de 5 por sessão. Não é afeita a mordomias e não gosta de bajulações. É uma mineira da estirpe antiga, de falar pouco e agir muito, conservadora e ousada ao mesmo tempo; é religiosa, mas votou pelo aborto de anencéfalos, a favor da Marcha da Maconha e da união gay.

Se tudo isso não bastasse, a ministra, que foi a primeira mulher a entrar no plenário do Supremo de calças compridas, vai continuar dirigindo seu próprio carro depois que assumir a presidência da Corte e dispensou a segurança privada a que teria direito. Bom sinal dos tempos o fato de que a Suprema Corte da República comece a dar o exemplo. Bem-vinda a hora em que a ministra Cármen Lúcia assumir esse posto. Um excelente contraponto à outra mineira (verdade que meio falsificada) que acabou de ser enxotada da presidência. Estamos precisando disso.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Insignificantes contribuintes: play it again!

O juiz Sérgio Moro é mais do que o Brasil merece. Pelo menos, esse Brasil que está escancarado nas páginas policiais do jornais, sejam relatando crimes na favelas, sejam relatando crimes nas alta esferas do poder central.

O Brasil que merece ter um juiz da estirpe do doutor Sérgio Moro é o Brasil que se levanta cedo, que trabalha, que paga impostos, o Brasil que a senadora Gazziotin chamou de "analfabetos políticos" e de "insignificantes contribuintes".
Nós, os insignificantes contribuintes, é que fazemos essa nação andar e somos esbulhados por essa corja que se intitula classe política.

Pois, foi contra a vontade das Grazziotins, que se ergueu a voz rouca das ruas e, pacificamente, sem depredar bens públicos ou particulares, depôs a presidente da República e fez correr do Planalto toda a trupe do PT e seus apaniguados. Essa classe "analfabeta politicamente"  é a que vai impedir essa escumalha de voltar. Os insignificantes ficarão permanentemente em alerta, porque sentem a dor no bolso. Desses, a senadora Grazziotin, jamais terá um voto. É por isso que reagem, com ferocidade, como estão fazendo na Avenida Paulista. Reagem porque não querem perder as benesses das quais se apropriaram. Reagem, porque o mundo ideal para eles, seria aquele em que os insignificantes contribuintes continuassem de cabeça baixa a sustentá-los sem reclamar. E eles, os bafejados pela clarividência política, entregariam o governo para os "intelectuais de esquerda", que, conforme a senadora, deveriam guiar os rumos dessa nação. Para quem não leu, repito aqui a frase lapidar da representante do PC do B:
"Vocês não vão tirar a Presidente Dilma do poder. Podem até ganhar aqui nesta Corte — no Senado — mas nos pedirão clemência quando formos às ruas. A classe média é analfabeta política e tem de ficar no seu lugar insignificante de contribuinte. Deixe a esquerda intelectual garantir o futuro desta Nação. "
Depois da repercussão negativa, a senadora desmentiu, mas não teve coragem de exprimir qual seria então a sua opinião sobre a classe média. Ela pode até não ter dito a frase, mas lhe cai tão bem, assenta tão perfeitamente ao seu figurino, que vai ficar como a famosa fala do filme Casablanca, que nunca foi dita, mas é repetida como a mais conhecida do filme: Play it again, Sam!

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Fim de uma era

Agosto cumpriu sua missão. Viramos a página! Fechou-se um ciclo: o PT cassou Collor, Collor cassou o PT. Ambos bandidos da política, que se amam e se odeiam, mas se merecem.
Entretanto causa espanto que, mesmo nessa hora, se vê que alguns políticos não aprendem nada e querem exercer a sua esperteza desonesta de qualquer jeito: Telmário Mota, por exemplo, votou contra o impeachment em todas as instâncias até agora. Hoje votou a favor. O mesmo fez Acir Gurcacz. 
Renan Calheiros fez tudo o que pode antes, para atrasar ou impedir o prosseguimento desse processo. Há poucos dias, armou uma briga com a Narizinho para demonstrar que estava mudando de lado e votou a favor do impeachment. 
Será que esses senadores foram finalmente convencidos que houve crime de responsabilidade? Não, disso eles já sabiam e não davam bola. Sua atitude final foi apenas de esperteza e cálculo político. Esperam ganhar alguma coisa com isso.

Mas, enfim, o que interessa é que finalmente ficamos livres desse fantasma e podemos seguir em frente. O PT é página virada em nossa história política e seu futuro será uma lenta, mas inexorável asfixia por falta de votos. Se fôssemos outro país, esse partido, ou melhor, essa organização criminosa, seria responsabilizada pelos vários crimes cometidos e a sigla estaria banida da política. Mas, não. Somos um país de bonzinhos. Tanto que a Anta foi cassada, mas seus direitos políticos não. Uma inovação bem ao gosto do improviso brasileiro e bem interessante aos caciques que serão os próximos a enfrentar o pelotão de cassação, entre eles o próprio Renan.
Assim, podem até perder o mandato, mas esperam poder manter seus direitos políticos e logo, logo, esperam estar de volta com as bênçãos das urnas. É acreditar demais na burrice do eleitor, mas até agora vários casos demonstram que sua crença não está errada.
Infelizmente a democracia só se aprimora por tentativa e erro.  E um povo ignorante e desinformado é muito mais fácil de ser enganado. Mas é a realidade que temos, vamos ter que conviver com ela até nos tornarmos realmente uma nação de cidadãos plenos.


terça-feira, 30 de agosto de 2016

A esquerda intelectual babona

Nesse pessoal da chamada esquerda brasileira uma coisa tem que ser reconhecida, eles  não esquecem nada, mas também não aprendem nada. Vivem, em pleno século XXI, como se estivéssemos nas barricadas de Paris no final do século XIX.

Querem continuar uma luta que já acabou desde quando o Muro caiu e a Alemanha se reunificou. O mundo mudou e eles não se deram conta. Querem continuar cantando loas às "revoluções" que comprovadamente não trouxeram benefício a ninguém. Ao contrário, foram responsáveis por milhares de cadáveres, de vidas destroçadas, de economias em frangalhos. Enquanto isso, o monstro do capitalismo promovia a inclusão de milhares no mercado de consumo, melhorando as condições de vida, de saúde e de educação.

O capitalismo tem defeitos? Tem, assim como a democracia! Qualquer sistema político ou econômico tem defeitos. A função da atividade política é ir aprimorando-os, aparando as arestas, estendendo benefícios através da negociação. Mas nenhum sistema econômico até hoje, conseguiu superar o capitalismo na promoção do bem estar de tanta gente. Não é à toa que o comunismo chinês acabou por se render a ele. Os que não se renderam, como Cuba, continuam a impingir sofrimento absolutamente desnecessário à sua população.

E a esquerda brasileira tem desempenhando um papel ridículo, quando não nauseante. Recusa-se a admitir que os mitos que criou e sustentou são ídolos de pés de barro. Lula, por exemplo, um espertalhão dirigente sindical que achou um nicho entre o sindicato e as Comunidades Eclesiais de Base e ali se aboletou à espera das benesses das quais pudesse usufruir. Lula nunca foi de esquerda, mas foi adotado pela esquerda intelectual babona, que achou nele um símbolo: o do operário que conseguiu chegar ao poder. Essa esquerda intelectual babona foi quem criou essa narrativa e Lula, espertamente, se adaptou a ela.
Hoje, com a derrocada da fantasia corrupta com que nos enganaram, a esquerda intelectual babona ainda se recusa a admitir que foi tudo uma mentira, que o partido de vestais, que construíram e amamentaram, em nada se difere daquela tradicional política oligarca e corrupta de sempre. Não foi à toa que tiveram por aliados alguns dos mais legítimos representantes desse atraso: José Sarney e sua filha Roseana, Edison Lobão, Fernando Collor, Paulo Maluf e outros.
E a esquerda intelectual babona senta-se ao lados de todos eles, como um de seus representantes, o Chico Buraco,  sentou-se ontem no Parlamento, sem corar de vergonha.
Não se trata de ideologia, trata-se de criminalidade.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Inacreditável ignorância!

Inacreditável! Dilma dá vários tiros no pé diante dos seus juízes. Acusa-os de estarem perpetrando um golpe. ou seja, ela não reconhece os senadores como seus juízes legítimos.
Não há um momento de auto-crítica ou admissão de falhas. Ao contrário, acuse e critica tudo e todos os que não estão do seu lado. Parte para o ataque.
Das duas uma: ou é tão obtusa que continua a ignorar a realidade ou, já reconhecendo que sua destituição é inevitável, resolveu "chutar o balde".
Em qualquer dos casos, acabou, bem ao modo do mês de agosto, por cometer um suicídio político espetaculoso, ao vivo e a cores para todo o Brasil. Coragem? Não, ignorância mesmo.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Agora doeu, STF?

A reação corporativista do STF, no caso do vazamento da delação do Léo Pinheiro, envolvendo o ministro Dias Tófolli, não é propriamente uma surpresa. Aliás, dos 3 poderes da República, o mais corporativista é o Judiciário. 
Enquanto as delações (e respectivos vazamentos) envolviam apenas personagens do Executivo, da Câmara e do Senado, tudo bem para a Suprema Corte. Na hora em que chega perto deles, aí é um Deus-nos-acuda.
Nunca na história da República, algum ministro do Supremo foi julgado por seus pares. Presidentes foram impedidos, senadores e deputados, idem, mas jamais em tempo algum, um ministro do Supremo foi submetido a situação semelhante. 
Hão de dizer, que nunca hove também nenhum indício, ou suspeita, que justificasse uma investigação ou denúncia que levasse a Corte a julgar um de seus membros. Verdade Nunca houve, mas agora há!
Há no minimo uma  suspeita. E suspeitas só são dirimidas com investigação. Uma suspeita, à qual todo cidadão está sujeito, se estabelece quando fatos da vida desse cidadão, convergem para uma situação tal, que a melhor explicação para eles é algo que não está de acordo com a Lei, ou cuja explicação não é convincente. Exemplo clássico é a mancha de batom na cueca.
A mancha em si não quer dizer nada, mas isso não livra o cidadão de ter que dar muitas explicações.
No caso de uma suspeita que recaia sobre um ministro do Supremo é pior do que mancha de batom. Um dos requisitos constitucionais para ser ministro é ter uma reputação ilibada. Será que o senhor Dias Tóffoli tem essa reputação?
Analisando o conjunto da obra: foi advogado do PT, foi secretário do Zé Dirceu, deu votos favoráveis ao seu ex-chefe no julgamento do Mensalão. E agora aparece em delação premiada de criminoso confesso. É muita convergência para ficar por isso mesmo.

O melhor para o Supremo, para a sanidade das instituições do país e até mesmo para o ministro Dias Tóffoli, se ele for inocente, é que se investigue a fundo essa história. Que seja feita uma investigação isenta e imparcial, mas implacável e que ao final prevaleça a verdade e a transparência, absolutamente necessárias para que as instituições recebam o respeito que devem receber.
Qualquer coisa diferente disso, será absolutamente deletéria para o país. A suspeita então recairá sobre  todos os demais membros daquela instituição. O Executivo e o poder Legislativo já não tem crédito junto à nação; se a eles se junta também o Judiciário, acabou-se a República.
A hora é de seriedade e não de reações corporativas. Muito menos de tentar se cobrir o sol com a peneira, ou varrer a sujeira para debaixo do tapete. Doeu, STF? Paciência! Dói mais em nós, pobres cidadãos.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Carta em Dilmês

A Anta, que ocupou o cargo de presidente, parece que não se cansa de se expor ao ridículo. Nem ela, nem seu advogado militante. Ao contrário, por uma espécie de sado-masoquismo, eles até gostam desse papel, mesmo que, ao fazê-lo, joguem o que resta de suas biografias na lata do lixo.

A Tresloucada do Alvorada sequer demonstra apreço por um mínimo de dignidade. Se a tivesse, já teria renunciado há muito tempo. Tampouco demonstra um mínimo de patriotismo. Se o tivesse, já teria renunciado há muito tempo. Nem mesmo, um vislumbre de inteligência, ou já teria renunciado há muito tempo.

Não! Ela insiste em se colocar ao povo brasileiro como uma opção política, que nem seu partido, o PT, quer mais. Isso só retarda e atrasa a virada de página pela qual a nação inteira, seja de que ideologia for, anseia.

Os argumentos já estão gastos de tanta repetição. Quem teria que tomar posição já tomou e não vai mudar. O país já está em outra fase e temos enormes problemas pela frente a resolver. No entanto, e também por artes do senhor Lewandowski, estabeleceu-se um rito excruciante para depor a dita cuja. Essa questão já foi votada, sei lá quantas vezes. Em todas elas o resultado foi o mesmo, mas ainda somos obrigados a nos submeter a mais várias sessões de xaropada!

E agora, para finalizar o espetáculo de arrogância, ignorância e falta de civismo, a Anta quer ler uma carta perante o Senado da República. Ou seja, vai ser mais uma palhaçada!
Se a tal carta, tivesse sido escrita pela dita-cuja, teríamos mais um espetáculo de dilmês. O mais provável, porém, é que tenha sido escrita por seus "ghost-writers", entre eles, o ínclito causídico e, quem sabe, pedindo a ajuda do doutor Tomás Turbando.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Braz de Brasil

Nossa torcida não está acostumada com as etiquetas dos esportes elegantes. Não temos tradição aristocrática, não somos nobres, por isso vaiamos quem não nos agrada nos Jogos Olímpicos.
Não é bonito de se ver ou ouvir, pois afinal o espírito olímpico requer que a excelência seja reconhecida e festejada. Seja de quem for. Não é bonito, mas, por outro lado, espera-se que um atleta desse nível tenha um mínimo de equilíbrio psicológico para não se deixar abalar pelas vaias. Esse equilíbrio faz parte da performance do atleta e determina se merece ou não ganhar a disputa.

O nosso Thiago Braz da Silva, aos 22 anos de idade, demonstrou que tem tudo para ganhar muito mais do que esse ouro olímpico. Está apenas começando.
E o francês Lavillenie, parece que já passou do ponto. Só não quer reconhecer isso e fez feio, ontem. Muito mais feio que as vaias da torcida foi a sua falta de "fair play". Virou as costas e não cumprimentou o campeão. E ainda ficou choramingando nas entrevistas, culpando a torcida pela sua falha.
Thiago demonstrou inteligência, frieza, capacidade estratégica e, sobretudo, brasileiramente, coração. Não ganhou por causa das vaias ao francês. Ganhou porque saltou mais alto que ele. Simples assim.

Thiago é mais um caso desses atletas que chegam ao pódio, não se sabe como. Vem de família humilde, enfrentou dificuldades absolutamente desconhecidas pelo francês, nasceu em um país que não dá o mínimo apoio ao esporte, assim como não o dá à educação. E, no entanto, chegou lá. Exibiu a medalha de ouro com uma felicidade que contagiou e emocionou a todos os brasileiros que assistiam.
Essa foi a medalha mais importante desta Olimpíada para o Brasil. Que ela seja o símbolo do renascimento de uma nação, após ter sido tão duramente enxovalhada e destroçada pela vilania de uma classe política que não merecia sequer pisar esse solo.
A nação tem que dar esse salto, junto com Thiago Braz e sair dessa lama em que estamos, em direção ao ouro, que está lá esperando pelo nosso esforço e pela nossa confiança.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Mal traçadas

Escrevo-te essas mal traçadas linhas meu amor, porque veio a saudade torturar meu coração... Assim choramingava o Tremendão Erasmo Carlos, um dos expoentes do rock brasileiro jovem guarda dos anos 60. Que época de ingenuidade! Vê se isso é letra de rock'n'roll que se preze!
Isso foi, obviamente, antes de Ozzy Osbourne comer uma cabeça de morcego no palco; antes de Alice Cooper e o camaleão David Bowie pontificarem suas performances no showbizz. Depois deles, o rock nunca mais foi o mesmo.
É claro que a pretensa ingenuidade era só pra fora, para inglês ver. No mundo real dos bastidores, as drogas corriam soltas e o rock era "barra pesada". Só não tinha participação política. O rock era "alienado".
A política brasileira, entretanto, quer continuar a aparentar a mesma ingenuidade dos tais anos 60. Tudo acontece sob as barbas dos governantes e ninguém sabe de nada, não vê nada, não faz nem ideia. Ninguém sequer percebe o monstruoso golpe no dinheiro público perpetrado pelos aliados e pelas "empresas" amigas do Estado.
E aí, quando o calo aperta, põem-se a escrever cartinhas uns para os outros. É o que Dilma, dizem, está fazendo agora nas suas longas horas de ócio destrutivo. Está preparando uma carta à nação, ou ao seu ex-aliado e ex-companheiro de chapa que agora senta-se na cadeira presidencial e, por isso, virou seu maior desafeto.

Essa carta pelo jeito, ou vai ser longa, ou está sendo difícil colocar as palavras uma ao lado da outra fazendo algum sentido. Deve ser a segunda hipótese, que é mais condizente com o perfil da ex-presidenta.
Tudo indica que, nós, brasileiros, ainda seremos submetidos a mais uma dose de dilmês, aquele idioma bárbaro, mais difícil de entender do que o búlgaro.
Tempo é o que não falta à escrevinhadora. Ajudantes também não faltam, mas eles podem é atrapalhar por não dominarem tão bem assim nem o léxico, nem a sintaxe, dessa língua tão "sui generis". Vejamos o que vai vir.

domingo, 14 de agosto de 2016

Quando Lula será preso?

A questão agora não é se Lula vai ser ou não ser preso. A questão é quando é que o Lula será preso?

É inadmissível, depois de tudo que já ficou patente, depois que o próprio ministério público tenha dito que Lula é o chefe da quadrilha que assaltou a Petrobras, esse pelego sindicalista ainda permaneça imune às leis, que ainda se tenha tantos escrúpulos em fazê-lo pagar pelos crimes que cometeu.

A política é feita de símbolos. E não se governa uma nação sem política, portanto, não se governa sem uma simbologia; O PT sabe disso muito bem e manipulou esses símbolos em seu benefício, enquanto almejava o poder e principalmente depois que o alcançou.
Esse manejo visava até mesmo a perpetuação no poder. Teria conseguido, se não fossem os acasos, as pedras atiradas no seu caminho pelo destino e sua soberba e auto-confiança excessivas.

Pois o fim da era petista necessita de um símbolo. Tal como a queda do muro de Berlim foi o símbolo da derrocada do comunismo, a derrocada do petismo será simbolizada pela queda do Lula, ou melhor, pela sua prisão. Só assim ficará demonstrado à população brasileira que o crime de colarinho branco já não compensa. Isso é um ato civilizatório. Isso ensina às nova gerações, qual é o custo de não obedecer às regras estabelecidas por todos e para todos.

As prisões de José Dirceu e de Marcelo Odebrecht tem também o seu valor simbólico, mas nenhuma delas supera, pela mitologia criada em torno do personagem, a do Lula. Passada a questão técnica do impeachment, não há nada de mais importante, do ponto de vista simbólico, a acontecer nesse país.

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