quarta-feira, 5 de março de 2014

Dilma filosofando e a cultura do simulacro.

Se não fosse a presidenta da nação, até que seria engraçado. Antigamente era o político mineiro, Benedito Valadares, quem nos provia com as mais divertidas e infames piadas. Tanto que criou-se a expressão de espanto: "Será o Benedito?".Agora é Dilma. 

Para azar dos mineiros, também nascida nas alterosas, a presidenta Dilma vai criando uma coleção de sandices que dará matéria de trabalho e fará a glória de muitos humoristas por longo tempo. A mais recente foi a comparação entre Monet e Montesquieu. Não resisto em lhe fazer um apelo:

Dona Dilma! Por favor, se aquiete e deixe de nos pôr em situação de vexame internacional!
Montesquieu, dona Dilma, foi o filósofo iluminista que elaborou a teoria da separação dos poderes, coisa que seu partido e a senhora parecem desconhecer. Leia Montesquieu dona Dilma e aprenda que o poder executivo nas democracias está sujeito ao escrutínio do legislativo e do judiciário. Que os poderes são de igual importãncia e tem que ser independentes. Que um poder não pode interferir no outro, etc., etc.

Quanto a Monet, coitado, é rigorosamente inocente. Não fez nada para aparecer no discurso desconexo da gerentona "fake". Talvez tenha sido citado porque a dona queria demonstrar cultura e só se lembrou desses dois "europeus importantes".
Como tudo no discurso dela, mais uma vez trata-se apenas de aparência, mentira e enganação. Em suma um simulacro! 
Leia Baudrillard, dona Dilma. É outro "europeu importante".

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Editorial do Estadão:

Ao falar de improviso para plateias qualificadas, compostas por dirigentes e empresários europeus e brasileiros, Dilma mostrou mais uma vez todo o seu despreparo. Fosse ela uma funcionária de escalão inferior, teria levado um pito de sua chefia por expor o País ao ridículo, mas o estrago seria pequeno; como ela é a presidente, no entanto, o constrangimento é institucional, pois Dilma é a representante de todos os brasileiros – e não apenas daqueles que a bajulam e temem adverti-la sobre sua limitadíssima oratória...

...Em discurso a empresários, Dilma divagou, como se grande pensadora fosse, misturando Monet e Montesquieu – isto é, alhos e bugalhos. “Os homens não são virtuosos, ou seja, nós não podemos exigir da humanidade a virtude, porque ela não é virtuosa, mas alguns homens e algumas mulheres são, e por isso que as instituições têm que ser virtuosas. Se os homens e as mulheres são falhos, as instituições, nós temos que construí-las da melhor maneira possível, transformando… aliás isso é de um outro europeu, Montesquieu. É de um outro europeu muito importante, junto com Monet.”

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